Roço o dedo à procura do telefone de João Batista Simões, nesta passagem de ano e, sem que possa me queixar, surge Gil Messias no site de Romero inconformado com o tempo que levamos para vencer uma avenida de légua das muitas que dão nome à nova cidade litorânea sem atinar com o que lhe devemos e mesmo quem foi.
Isso me faz lembrar o ex-presidente da nossa Academia de Letras, Wellington Aguiar quando, em seu estilo belicoso, sugeriu a quem dá nome às ruas consultar o Instituto Histórico antes de levar a proposição a plenário. “Ainda que as injunções ou conveniências políticas passem por cima do juízo histórico.”
Lauro Pires Xavier
@ccclauropiresxavier
@ccclauropiresxavier
Sobra razão a Gil Messias quando entende com o mundo todo que pouco acrescentaria à glória de Augusto a rua da mais longa extensão emparedada entre cânions de arranha-céus. Mas há poucos Augustos no seu universo de merecimentos. Uma ruazinha não ofende quando tem o que lembrar. Às vezes uma rua é pouco para vultos do tamanho de uma cidade inteira, a antiga João Pessoa, quando rua, estátua ou monumento tentem representar um Walfredo Guedes Pereira. A ladeira que lhe deram entre o Ponto de Cem Réis e a Genaral Osório é um naco. Salva-o até agora a memória enraizada de três ou mais gerações.
João Batista Simões
@hlaureano.org.br
@hlaureano.org.br
A estátua não acrescenta nada a Augusto; a que ergueram a José Américo, um busto ao lado da casa, foge a sua postura natural. Mas não será por isso que iremos invalidar o que egípcios, gregos e romanos faziam de melhor. Aqui pertinho, beirando o riacho de Ingá, grita um colosso de pedra na sua desesperada necessidade de expressão. Quem era? O que diz? Era uma expressão já humana.