Eusébio tinha obsessão pela língua portuguesa. Desde moço lia Eça, Rui, Camilo, que para ele eram os expoentes do idioma. A leitura dos...

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Eusébio tinha obsessão pela língua portuguesa. Desde moço lia Eça, Rui, Camilo, que para ele eram os expoentes do idioma. A leitura dos clássicos incutira-lhe a ideia de que o uso do vernáculo devia ser apurado e solene. Nada de plebeísmos, nada da vulgaridade com que os incultos o maltratam no dia a dia.

Para Eusébio uma silabada, uma concordância malfeita, um pronome mal colocado eram crimes de lesa-pátria. Certa vez recusou-se a assinar um documento

Stefan Zweig tinha predileção por eles. Aos vitoriosos, preferia os perdedores, maiores e menores, não importava. Por isso, biografou...

Stefan Zweig tinha predileção por eles. Aos vitoriosos, preferia os perdedores, maiores e menores, não importava. Por isso, biografou e perfilou de Maria Antonieta, a rainha guilhotinada, a Sebastião Castellio, personagem pouco conhecido que teve a coragem de enfrentar o todo-poderoso Calvino – e perdeu, claro. Nos livros desse austríaco triste que conheceu a glória e o exílio, os perdedores ganharam a compreensão e a admiração da posteridade, o que, no fim, não deixa de representar a melhor e mais definitiva vitória.

Na próxima quinta-feira (26), pela manhã, irei autografar meus dois livros: "Encontro com Consciências - Diálogo da unidade c...

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Na próxima quinta-feira (26), pela manhã, irei autografar meus dois livros: "Encontro com Consciências - Diálogo da unidade com a diversidade" (2004) e "Infinito Amor: a Síntese da Vida" (2019), em stand, no pátio do estacionamento do centro administrativo estadual. O evento integra a programação da Semana do Servidor, promovida pela Secretaria de Estado da Administração.

Gosto, sempre gostei de anotar. Passando as folhas de um caderno de 2006 encontro essa fineza de recomendação num manual de jornalismo...

raca preconceito discriminacao afrodescendente
Gosto, sempre gostei de anotar. Passando as folhas de um caderno de 2006 encontro essa fineza de recomendação num manual de jornalismo que evito classificar: “Não dizer negro, mas afrodescendente.”

Pergunto eu: a ofensa ao negro não será mais ostensiva? O afrodescendente esconde a cor ou o preconceito?

"Nasci Nasceu Cresceu Namorou Noivou Casou. Noite nupcial. As telhas viram tudo. Se as moças fossem telhas não se casariam."...

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"Nasci Nasceu Cresceu Namorou Noivou Casou. Noite nupcial. As telhas viram tudo. Se as moças fossem telhas não se casariam."
Anayde Beiriz

Esse poema foi um dos poucos que chegaram até nós da poetisa paraibana Anayde Beiriz. Foi engolida pelas turbulências da Revolução de 1930, movimento desencadeado quando seu noivo, o advogado João Dantas, assassinou João Pessoa, em 26.07.1930.

Nunca executara aquela cantiga do bom ouvir em planícies nem desertos. Porque o cantar já não lhe apetecia ou o uivo imenso de um lobo ...

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Nunca executara aquela cantiga do bom ouvir em planícies nem desertos. Porque o cantar já não lhe apetecia ou o uivo imenso de um lobo isolado em suas meditações impedia imitar o passarinho engaiolado perto do quarto. O quarto onde curtia dores martelando na bigorna de seus ferimentos. Tanto trabalhara no roçado, as mãos inchadas, os pés rachados, a face riscada de rugas pela inclemência do sol. Escutava, ao longe, a sanfona tocada pelo compadre, o fole puxando o forró que ficara famoso nos fins de semana.

Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro, não chores não, viu Eu voltarei pro meu sertão. Luiz Gonzaga e H...

sertao jacarei
Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro, não chores não, viu Eu voltarei pro meu sertão.
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

Está aí uma metáfora vigorosa que retrata a mágica transformação que se processa nas paisagens do semiárido nordestino quando o verão inclemente vai dando lugar às primeiras chuvas na estação das águas.

O panorama pintado em cor de pátina ou de um marrom mortiço, vai tomando vida e nem vão lá muitos dias para que o cenário vá se esverdeando num testemunho inconteste do milagre da vida. É o verde “daqueles olhos” se espalhando na plantação.

Uma drosophila melanogaster , a popular mosca da fruta, apela para o álcool como uma maneira de compensação a sua carência de sexo. J...

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Uma drosophila melanogaster, a popular mosca da fruta, apela para o álcool como uma maneira de compensação a sua carência de sexo. Já as drosophilae que estão saciadas sexualmente passam ao largo da tigela de mingau adicionada de 15% de etanol. Esta é a conclusão a que chegou um grupo de cientistas, a partir de uma experiência feita com 2 grupos de moscas dessa espécie. O primeiro grupo copulou com moscas virgens; o segundo grupo foi sistematicamente rejeitado pelas moscas, agora, fecundadas. Observou-se, então, que o grupo de machos fecundadores tinha um nível alto de um hormônio no cérebro, que os cientistas denominaram de neuropeptídeo F (NPF); o grupo de machos rejeitados, por sua vez, tinha um nível baixo do NPF, buscando no mingau adicionado com etanol uma compensação,

O PRESENTE O pacote chegou de manhã. Nenhuma referência ao remetente. Abri-o, mecanicamente. Bem na frente, um bilhete: “Antes de...

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O PRESENTE

O pacote chegou de manhã. Nenhuma referência ao remetente. Abri-o, mecanicamente. Bem na frente, um bilhete: “Antes de morrer, ele me pediu para devolver as cartas que você lhe escreveu”. Nós nos conhecemos na quermesse. Era a primeira vez que aparecia na cidade. Vinha a trabalho, de passagem. Seus beijos, os únicos que experimentei na vida. Desse modo foi até a correspondência cessar, sem que ele voltasse uma vez sequer. Lembrei, com amargura, das últimas palavras que dissera a mim, num sussurro, por ocasião da despedida: “Talvez eu tenha encontrado quem procurava”. Toquei fogo no embrulho e fui tomar café.

Sempre que o STF decide qualquer questão com base no parágrafo 4º do artigo 60 da nossa Constituição é comum vermos os arreganhos de ...

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Sempre que o STF decide qualquer questão com base no parágrafo 4º do artigo 60 da nossa Constituição é comum vermos os arreganhos de ignorância de alguns parlamentares ameaçando modificar tais entendimentos através de uma PEC. O analfabetismo deles não compreende o que são cláusulas pétreas.

Meu amigo pensou em matar de inveja o casal da Pensilvânia de quem a menina mais velha foi hóspede no transcurso de um desses programa...

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Meu amigo pensou em matar de inveja o casal da Pensilvânia de quem a menina mais velha foi hóspede no transcurso de um desses programas de intercâmbio. A coisa funciona assim: você despacha a filha com visto de intercambista para os Estados Unidos, França, Inglaterra, Austrália, ou outro País onde isso exista, à escolha dela. Já ali, a garota pode estudar por 12, ou 24 meses, sob a proteção e o abrigo de uma família anfitriã, de pais temporários, a bem dizer. Em troca, ela cuidará de crianças, seus irmãos ocasionais, e ajudará nas tarefas domésticas.

Geralmente, quando se fala em invasão holandesa no Nordeste, nos remetemos sempre a Pernambuco. Porém, é inegável a participação de Pot...

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Geralmente, quando se fala em invasão holandesa no Nordeste, nos remetemos sempre a Pernambuco. Porém, é inegável a participação de Potiguaras paraibanos que se aliaram aos batavos. Costuma-se minimizar a influência dos holandeses na Paraíba, pelo "curto" período de 20 anos que aqui passaram.

Estou ainda para ler "História das Lutas com os Holandeses no Brasil" de Varhagen. Ficará como leitura para o recesso forense.

A luz brilhava no céu feito a ponta de um lápis marcando uma página de azul escuro. A luminosidade fazia uma longa curva. Os olhos mal ...

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A luz brilhava no céu feito a ponta de um lápis marcando uma página de azul escuro. A luminosidade fazia uma longa curva. Os olhos mal puderam perceber o rabisco do corpo celeste em deslocamento. Beleza celestial. De volta à terra e a pseudo normalidade, a visão era de uma paz tranquilizadora. Os espaços vazios entre as cidades assemelhavam-se como vácuos da loucura humana, um intervalo para apenas observar a calmaria, escutar o silêncio. Logo, as luzes artificiais ofuscarão o céu e impossibilitarão observar as infinitudes do espaço.

A deusa de róseos dedos põe cores no céu da Califórnia enquanto leio “I am” (Eu sou), de John Clare. Tristeza, solidão e o desejo de...

crepusculo arvores solidao paz
A deusa de róseos dedos põe cores no céu da Califórnia enquanto leio “I am” (Eu sou), de John Clare. Tristeza, solidão e o desejo de encontrar a paz são os temas desse rico poema, talvez o mais famoso de Clare, um romântico inglês do século dezenove que escreveu seus versos enquanto estava internado em um hospital psiquiátrico. As palavras pungentes me comovem e eu me deixo conduzir. Aprendi recentemente uma nova economia, a das lágrimas: entrego-as tão-somente como tributo aos que me iluminam. O mal que me fazem ou as dores do corpo não merecem receber a emoção líquida que habita os meus olhos. Evito ao máximo desperdiçá-la com autopiedade ou rancor.

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K. MacKinnon
Tantas coisas me ocorrem diante da beleza agoniada dos versos escritos há mais de 150 anos. “Eu sou – mas o que eu sou ninguém sabe” e “mesmo os mais queridos, os que eu mais amei, são estranhos – mais estranhos que os demais” soam familiares a tantos humanos que anseiam por ser compreendidos. Conhecer o vasto e tortuoso território do coração alheio é ilusão que a realidade e a maturidade retiram. Não é apenas o poeta deprimido que se sente um estranho para os amados. Cá estamos nós todos carregando a solidão do ser e, à medida que envelhecemos, cada vez mais conscientes de que a riqueza dos fios entrelaçados que compõem o nosso espírito é captada superficialmente, como um novelo de muitas linhas que, visto de longe, permite identificar apenas um ajuntamento de cores e o formato redondo.

“Eu sou o autoconsumidor das minhas aflições” é um verso que gosto demasiado. Diz tanto sobre o hábito de cultivar e aprofundar as dores. Clare transita pelas flutuações da mente, expondo o tormento das sombras que surgem e desaparecem: agonias delirantes e sufocadas do que chamamos amor – esse tão ansiado sentimento que, mal se assenta à nossa mesa com seu cortejo de plumas e canções, não raro é convertido em chicote e espada. Prova máxima da nossa vocação para o paradoxo, o auto boicote ou a estupidez.

Ponho os versos mais sofridos de John Clare na conta da depressão do poeta. Assim como van Gogh e Virginia Woolf, Clare batalhava contra a própria mente. Transpôs tudo para versos impactantes (“no mar vivo dos sonhos despertos não há sentido da vida
crepusculo arvores solidao paz
G. Ritchie
ou alegrias”) e depositou suas esperanças em um futuro pós-morte, em que adormeceria docemente, como na infância, aconchegado nos braços de seu Deus, em cenários tecidos de sonho e jamais tocados pelas paixões humanas. Um lugar em que se deitaria, imperturbável, sentindo a grama abaixo do corpo, e tendo acima a abóbada do céu. Tal imagem me remete a outra cena criada por um escritor brilhante, Liev Tolstoi, em “Guerra e Paz”: a do príncipe Andrei caído no campo de batalha, sereno, contemplando o céu azul, pondo a existência em perspectiva, focado no que realmente importa.

Retiro da ordem e subverto o sentido de um verso para encerrar este texto: “E, ainda assim, eu sou e vivo”. Afasto as tristezas do poeta e celebro a minha própria vida, transbordando de gratidão por esse tempo curto em que experimento a alegria única de existir.

Eu sou. Eu vivo. Nas minhas veias ainda flui o sangue, meu rosto se ruboriza de prazer ou de vergonha, carrego experiências únicas. Eu sou um mundo semidesconhecido, um planeta inteiro de sonhos e tropeços, que gira como bailarino em uma galáxia imensa. Ao meu redor há tantos vizinhos. Neles percebo a vida pontuada por delícias, aflições e espantos. Não disfarço o encantamento. Nada pode ser mais fascinante que estar aqui, agora, testemunhando o teatro cósmico, pleno de som, fúria e flertes com a felicidade.

Propondo-se a uma arqueologia da noite, Helder nos conduz poeticamente a um mergulho no escuro de que nos constituímos e que é a próp...

poesia paraibana helder moura arqueologia noite
Propondo-se a uma arqueologia da noite, Helder nos conduz poeticamente a um mergulho no escuro de que nos constituímos e que é a própria luminosidade em sua força mais intensa. A noite remete à tragicidade própria da existência, à questão do nada, do abismo no qual estamos suspensos, como finitos que somos, mas do qual fugimos, perdidos na agitação incessante e superficial da vida pública, impessoal.

OS INFLUXOS PERENES DA VOCAÇÃO MÉDICA Toda carreira exige, é evidente, seja ela qual for, uma série de predicados daquele que pretend...

gregorio maranon medicina humanista dia medico
OS INFLUXOS PERENES DA VOCAÇÃO MÉDICA

Toda carreira exige, é evidente, seja ela qual for, uma série de predicados daquele que pretenda exercê-la, para dar cabal desempenho às suas obrigações. Mas a medicina é, sem a menor dúvida, a que reclama, mais do que qualquer outra, maior soma de predicados específicos para bem desempenhá-la. Além disso, o seu exercício implica em dedicação plena, abnegação, desprendimento e espírito de sacrifício. Ao demais, deverá ainda o médico possuir sólidos conhecimentos básicos, técnica apurada, apego à investigação científica e amor ao próximo.

No livro O futuro do ódio (2008), o psiquiatra e psicanalista belga Jean-Pierre Lebrun (1945) analisa o embrutecimento humano e o dese...

raiva desespero inveja
No livro O futuro do ódio (2008), o psiquiatra e psicanalista belga Jean-Pierre Lebrun (1945) analisa o embrutecimento humano e o desejo ao crime. Sobre o tema, o autor afirma:

“O ódio está lá, na vida cotidiana, nas cóleras, na violência, na agressividade, claro, mas também nos enganos,

Na redação de A União, onde repousei minhas esperanças de repórter, Carlos Aranha se revelou guru para jovens, dando-nos o prazer ...

carlos aranha jornalismo paraibano tropicalismo
Na redação de A União, onde repousei minhas esperanças de repórter, Carlos Aranha se revelou guru para jovens, dando-nos o prazer de ouvir sua conversa. Alegrávamos com o que saia de sua boca. Alguns não eram do meio, mas outros aspiravam seguir a profissão de jornalista.

Em meio à turbulência e caos de uma guerra, é necessário lembrar daquilo que muitas vezes passa despercebido: as famílias que estão p...

guerra humanidade destruicao
Em meio à turbulência e caos de uma guerra, é necessário lembrar daquilo que muitas vezes passa despercebido: as famílias que estão por trás dos "lados" envolvidos nesse conflito. É fácil olhar para um campo de batalha e ver apenas os vencedores e perdedores, mas a realidade é muito mais complexa.

Josué Montello dizia que escrever para jornal exig...

cronica literatura brasileirahumor
Josué Montello dizia que escrever para jornal exige sobretudo disciplina. Não apenas a disciplina de se sentar semanalmente diante do computador e produzir o texto, mas o exercício diário de observar os fatos, as pessoas, e atentar no ritmo tumultuário da vida. Pois jornal é instante, urgência, celebração contraditória do hoje. O mesmo pode se dizer dos blogs e portais coletivos cujos colaboradores (a grande maioria no exercício da crônica) prolongam e às vezes revigoram essa vertente jornalística.

Com o passar do tempo construímos nossos lares e relações humanas, temperando com expressões populares baseadas em acontecimentos curio...

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Com o passar do tempo construímos nossos lares e relações humanas, temperando com expressões populares baseadas em acontecimentos curiosos, que carregam muita história e verdades. Nosso folclore mostrou caminhos que levaram à literatura e modificou o comportamento do povo, desenhando estradas baseadas em vidas doloridas e marcantes, ao ponto de expressões curiosas se tornarem de uso muito frequente.

A filosofia de Leibniz é de discussão problemática, uma vez que grande parte de sua obra é fragmentária, faltando-lhe, muitas vezes,...

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A filosofia de Leibniz é de discussão problemática, uma vez que grande parte de sua obra é fragmentária, faltando-lhe, muitas vezes, o devido cuidado de um processo de revisão, que poderia eliminar do corpo de sua obra certas inconsistências e incongruências. De outra banda, Leibniz aceita a lógica aristotélica de sujeito-predicado, o que, de certo modo, confundiu, para o público em geral, o sentido de seus estudos sobre a lógica matemática, tendo boa parte de sua obra produzida nesse campo vindo à tona somente no início do século XX. Uma de suas concepções

Neste 12 de outubro de 2023 o escritor Fernando Sabino, se vivo fosse, estaria completando cem anos de nascimento. Em condições norm...

fernando sabino zelia cardoso mello livro
Neste 12 de outubro de 2023 o escritor Fernando Sabino, se vivo fosse, estaria completando cem anos de nascimento. Em condições normais, imagino que a data talvez viesse a ser não apenas lembrada mas também celebrada nos meios culturais brasileiros, dada a importância do mineiro nas letras nacionais. Acontece que, como bem sabem alguns, as condições desse centenário não são propriamente “normais”, dada a catástrofe literária que se abateu sobre o autor com a publicação, em 1991, de seu livro Zélia,
fernando sabino zelia cardoso mello livro
uma paixão (Editora Record, Rio de Janeiro, 1991), cujo imaginoso subtítulo era “Romance da figura mais surpreendente de nossa vida política nos últimos tempos”. Essa figura, que na verdade não tinha nem tem nada de romanesca, é a ex-ministra da Economia no governo de Fernando Collor, Zélia Cardoso de Mello, de triste memória, ressalte-se.

      Coisa estranha é o amor Quando te falava que teu corpo não era o mais importante que nossos sentimentos eram mais valio...

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Coisa estranha é o amor Quando te falava que teu corpo não era o mais importante que nossos sentimentos eram mais valiosos Não acreditavas. Querias ser forte, jovem e viril Ainda não entendias de amor platônico Do amor que existe, que é correspondido mas que o corpo pode ser irrelevante.