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Quem fala? – insisti. Só disse que era de Matinhas, ouvi bem. Tento lembrar alguma amizade. Na minha memória, Matinhas do coronel Eufrásio das histórias de doutor Ramos, pai de Teócrito e Wills Leal. Matinhas de Artur Moura, desembargador saudoso que elevou sua terra, antigo distrito de Alagoa Nova, a culminâncias de civilidade e educação que, nos tempos atuais, um Almeida Prado de São Paulo ou de Santos está longe de alcançar, como se viu na cena de indigência moral de um desembargador no trato com a autoridade do guarda municipal. O guarda saindo com muito mais autoridade.

Colapso quântico Viajando no infinito, Desde os mais distantes evos. Seguem duas almas afins, Nascidas do Amor Primevo.

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Colapso quântico


Viajando no infinito,
Desde os mais distantes evos.
Seguem duas almas afins,
Nascidas do Amor Primevo.

O ano era 1979. Época de turbulências. Muitas mudanças na vida. A roda que não era gigante! O endereço era o edifício Gravatá, de onde dava...

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O ano era 1979. Época de turbulências. Muitas mudanças na vida. A roda que não era gigante! O endereço era o edifício Gravatá, de onde dava para ver o mar. As montanhas? De Sísifo. Muitas pedras a rolar. A música era Wild Horse, minha preferida dos Rolling Stones. E as noites de sexta-feira ferviam. Ah! Se o meu fusca vermelho falasse!

Allan Kardec no capítulo IX da segunda parte de O Livro dos Espíritos dedica cento e duas questões, da 456 à 557, ao estudo da “Intervenç...

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Allan Kardec no capítulo IX da segunda parte de O Livro dos Espíritos dedica cento e duas questões, da 456 à 557, ao estudo da “Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo”. Neste capítulo, o Codificador analisa a ação dos Espíritos no plano físico, que pode ocorrer de forma sutil, pela influência mental, ou claramente percebida nas diferentes manifestações mediúnicas, de efeitos físicos e intelectuais. A interferência dos desencarnados no plano físico pode, ainda, ser boa ou má, fugaz ou duradoura. Os Espíritos exercem também ação nos fenômenos da natureza.

Ele foi instruído a procurar um Teofre. Agenor lembrava-se dele, e embora sem ter maiores aproximações com o tal, sabia de seu predicado hu...

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Ele foi instruído a procurar um Teofre. Agenor lembrava-se dele, e embora sem ter maiores aproximações com o tal, sabia de seu predicado humilde. Numa volta pela rua, consultou um pequeno grupo de meninos, e um deles, de esguelha, deu uma rápida conferida na posição do sol e disse saber onde ele podia ser encontrado àquela hora. De posse do recado, saiu nas carreiras para o lugar tido em mente.

O som das ondas do mar acaricia o meu corpo como um leve afago, era o que estava precisando. Este dia que me faz voltar ao mar para sentir ...

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O som das ondas do mar acaricia o meu corpo como um leve afago, era o que estava precisando. Este dia que me faz voltar ao mar para sentir o afago, também me coloca no mundo real.

Já faz 14 anos que não tenho mais você aqui. O carinho e o amor ficaram em outra dimensão, em uma lembrança, num olhar solto na paisagem, num cheiro, ou no barulho de uma porta que não é aqui. Não tem ninguém para chegar, e como era bom ver você chegar… A música solitária no rádio do carro ainda toca e me toca. Agradeço tudo o que vivemos, tudo que construímos nas nossas almas.

A cristalização das tecnologias interativas no cotidiano das pessoas pode dar a sensação de riqueza, poder e suposta felicidade. É uma espé...

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A cristalização das tecnologias interativas no cotidiano das pessoas pode dar a sensação de riqueza, poder e suposta felicidade. É uma espécie de nirvana, sobretudo em países como o Brasil, conhecidos pela valorização exacerbada da diversão.

O sofrimento oriundo das adversidades é o que, no fim, pode engrandecer a vida. E engrandecendo-a, termina por elevar a biografia daqueles ...

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O sofrimento oriundo das adversidades é o que, no fim, pode engrandecer a vida. E engrandecendo-a, termina por elevar a biografia daqueles e daquelas que experimentam-lhe o gosto amargo em algum momento da existência. Este pensamento não é meu, diga-se logo, pois colhi-o no “Diário” de Josué Montello, na entrada datada de 6 de fevereiro de 1978, em que o escritor maranhense narra seu encontro em Paris com um Juscelino Kubitschek acabrunhado com o exílio que lhe fora imposto pelos militares.

Apesar da sombra, mantenho o sorriso! Dá leveza à alma... Traz paz ao coração. Se você olhar com atenção para as estrelas, verá: nem toda...

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Apesar da sombra, mantenho o sorriso! Dá leveza à alma... Traz paz ao coração.

Se você olhar com atenção para as estrelas, verá: nem todas elas estão apagadas. Sempre há um rastro de luz, em meio à toda escuridão…

Quer saber!? Fundamental mesmo é ser; é se sentir feliz!

Em uma das suas palestras, Ariano Suassuna, em tom de chiste, disse que a Grécia não inventou a tragédia . No máximo, continuou ele, a Gréc...

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Em uma das suas palestras, Ariano Suassuna, em tom de chiste, disse que a Grécia não inventou a tragédia. No máximo, continuou ele, a Grécia inventou a tragédia grega. Claro que um homem com a erudição de Ariano, que foi professor de estética, disse isto para fazer uma das tantas provocações, o que era peculiar nas suas conversas. De minha parte, prefiro afirmar que foi uma blague, porque se ele tiver dito a sério, é um caso único de alguém estar certo e errado, ao mesmo tempo.

Vou contar umas histórias sobre um amigo meu. Ele é bem desastrado, no sentido mais literal da palavra. É uma marca registrada dessa figura...

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Vou contar umas histórias sobre um amigo meu. Ele é bem desastrado, no sentido mais literal da palavra. É uma marca registrada dessa figura, que considero um cara legal. Ele já foi capaz de jogar o telefone celular pela janela do carro enquanto fazia uma ligação e tentava, ao mesmo tempo, ao volante, dobrar uma esquina (à época ainda não era infração de trânsito). E fez a proeza de arremessar para o alto uma faca de cortar carne, daquelas bem grandinhas, enquanto lavava a louça. De olhos vidrados, acompanhou a trajetória de subida e descida da arma branca com a ponta para baixo que, por sorte, não o atingiu. Passou raspando, foi por pouco que o pé direito não ganhou uma nova cicatriz.

Os manuais de redação dizem que escrever bem é evitar lugares-comuns. Nada compromete mais o estilo do que o uso de expressões batidas, do ...

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Os manuais de redação dizem que escrever bem é evitar lugares-comuns. Nada compromete mais o estilo do que o uso de expressões batidas, do arroz de festa linguístico que nada acrescenta à expressão. Mas não é fácil fugir ao clichê. O leitor terá notado que acabei de usar um – “arroz de festa”. E por que é tão difícil escapar dessas fórmulas?

Minha primeira professora foi Gracilda. Dona Gracilda, por respeito. Não havia descortesia para com a mestra, naqueles anos de civilidade a...

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Minha primeira professora foi Gracilda. Dona Gracilda, por respeito. Não havia descortesia para com a mestra, naqueles anos de civilidade aguçada. Ao contrário, a considerávamos segunda mãe. Chegava alegre à sala de aula. Repositório de garatujas, soletramento, tabuada cantada.

Quando comecei a conviver com minha esposa, há quarenta anos, ela residia em Arara. e eu em João Pessoa, numa distância de 155 km. Nossos e...

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Quando comecei a conviver com minha esposa, há quarenta anos, ela residia em Arara. e eu em João Pessoa, numa distância de 155 km. Nossos encontros eram nos finais de semana, mas, entre um sábado e outro, eu lhe mandava duas cartas pelos Correios, porque o contato por telefone era difícil. Afinal, em Arara existia apenas um posto telefônico para atender a toda população, exceto algumas famílias que tinham linha telefônica particular.

Foi uma confusão das grandes. O fotógrafo, um dia antes de entrar em gozo de férias, trocou a foto do beijo no chão do Brasil dado por João...


Foi uma confusão das grandes. O fotógrafo, um dia antes de entrar em gozo de férias, trocou a foto do beijo no chão do Brasil dado por João Paulo II, minutos depois de sair da aeronave, naqueles idos de 1980. Aquilo que O Globo exibiu na edição do dia seguinte, era o flagrante de um beijo anterior, no Panamá, não lembro bem. Afinal, o Papa era o mesmo e chão é chão.

Vou-me embora para Ouro Velho, não é que lá tenha rei, nem mulher que já não quero, nem cama que escolherei. Vou-me embora para Ouro Velho!...

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Vou-me embora para Ouro Velho, não é que lá tenha rei, nem mulher que já não quero, nem cama que escolherei. Vou-me embora para Ouro Velho!... É que até o meado da semana (já não se sabe hoje) Ouro Velho vacilava entre as quatro das nossas 223 cidades onde os venenos letais da globalização não haviam ainda soprado.

Manhã Flamam tâmaras: amoras afloram. Pólen Silenciosas rosas germinam crepúsculos.

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Manhã

Flamam tâmaras:
amoras
afloram.


Pólen

Silenciosas rosas
germinam
crepúsculos.

Numa noite de lua cheia alguém me chamou a atenção para o espetáculo esplendoroso que ela estava proporcionando. Fui à varanda e fiquei des...

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Numa noite de lua cheia alguém me chamou a atenção para o espetáculo esplendoroso que ela estava proporcionando. Fui à varanda e fiquei deslumbrado com a sua beleza fascinante no céu, exibindo toda a sua majestade.

Nunca havia ganhado um presente desse... Nem sabia que o nome com que fui batizado seria um pentassílabo. De poesia, no sentido técnico-for...

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Nunca havia ganhado um presente desse... Nem sabia que o nome com que fui batizado seria um pentassílabo. De poesia, no sentido técnico-formal, entendo pouco. Mas a sinto muito. Na música acontece o mesmo, com algumas pessoas, que são capazes de se extasiar apenas ouvindo-a, sem noção alguma de como foi escrita. Entendem-na por outros canais.

Hoje é o Dia do Homem. Ontem foi também. E anteontem. Também é o dia da mulher, do professor, do orgulho LGBT, do médico, do índio, do ...

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Hoje é o Dia do Homem.
Ontem foi também. E anteontem.

Também é o dia da mulher, do professor, do orgulho LGBT, do médico,
do índio, do negro, do gordo e do magro, do ator, do garçom, do pedreiro,
da enfermeira, do agricultor, da caminhoneira, do dançarino de can can...
Porque eu aprendi que homem é tudo isso.
E mais um monte de coisa.

De como o magro é continuação do gordo A Stan Laurel e Oliver Hardy o magro no gordo existe como uma roupa existe no cabide.

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De como o magro é continuação do gordo
A Stan Laurel e Oliver Hardy

o magro
no gordo existe
como uma roupa
existe no cabide.

O bom escritor é aquele que sugere mais do que diz. O que esconde suas ideias nas entrelinhas e deixa o leitor mergulhar para ir buscar os ...

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O bom escritor é aquele que sugere mais do que diz. O que esconde suas ideias nas entrelinhas e deixa o leitor mergulhar para ir buscar os sentidos escondidos pela estrutura aparente. Na poesia, pelas suas qualidades intrínsecas, como a concisão e a elipse, a sugestão é mais recorrente do que na prosa, o que não significa que o prosador – contista, novelista ou romancista – se exima de sua utilização. Constato um dos belos exemplos de sugestão em poesia, justamente, em uma estrofe do poema “Tristezas de um Quarto Minguante”, de Augusto dos Anjos, cujos elementos descritivos e narrativos o aproximam da prosa.

Na tarde desta quinta-feira,16 de julho de 2020, foi lançado o livro “Espelhos de papel”, produzido pela Gráfica e Editora A União. Trata-s...

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Na tarde desta quinta-feira,16 de julho de 2020, foi lançado o livro “Espelhos de papel”, produzido pela Gráfica e Editora A União. Trata-se de uma seleção de alguns textos de autoria de escritores paraibanos que atualmente colaboram com o centenário jornal.

O problema da indisciplina na escola estava sério, por isso o diretor convocou uma reunião dos professores com os pais dos alunos. Ultimame...

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O problema da indisciplina na escola estava sério, por isso o diretor convocou uma reunião dos professores com os pais dos alunos. Ultimamente houvera episódios graves – um deles envolvendo o professor Astrogildo (por sinal, um dos mais detestados da escola). Ele se dirigira a uma aluna e, diante da turma, dissera que ela não tinha futuro; era bagunceira demais para esperar coisa boa da vida. A menina saiu da classe chorando e foi para casa mais cedo.