Nada contra e tudo a favor daqueles que professam outros credos, mas preciso confessar que, para mim, Jesus É o Exemplo Irretocável...

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Nada contra e tudo a favor daqueles que professam outros credos, mas preciso confessar que, para mim, Jesus É o Exemplo Irretocável que devo me esforçar por seguir nas mínimas coisas.

Ao escrever, deve-se em princípio fugir do óbvio. Nada irrita mais o leitor do que...

obviedade cliche escrita cansativa
Ao escrever, deve-se em princípio fugir do óbvio. Nada irrita mais o leitor do que se deparar com informações que ele já conhece ou pode facilmente deduzir. Elas parece que estão no texto para “encher linguiça” e completar o número de linhas.

Qual é o maior pecado que devemos temer ao longo de nossa caminhada escaldante, mas que, por vezes, se torna gélida de emoções? A cert...

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Qual é o maior pecado que devemos temer ao longo de nossa caminhada escaldante, mas que, por vezes, se torna gélida de emoções? A certeza. Ela é a grande inimiga da união entre os povos, o veneno silencioso que sufoca a tolerância e apaga a chama dos nossos atos mais dignos.

A ausência de saúde emocional nas famílias contemporâneas é um fenômeno que envolve fatores culturais ou econômicos, impactando diretam...

carencia afetiva familiar ausencia emocional
A ausência de saúde emocional nas famílias contemporâneas é um fenômeno que envolve fatores culturais ou econômicos, impactando diretamente o bem-estar e o desenvolvimento das relações afetivas vitais entre pais, filhos e irmãos. Esse distanciamento emocional também é perceptível nas interações sociais no ambiente de trabalho, e entre matrimônios desestruturados.

O dia estava cinzento, nuvens espessas encobriam o céu. O navio Beagle deslizava pelo oceano, carregando provisões, mapas e pensamento...

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O dia estava cinzento, nuvens espessas encobriam o céu. O navio Beagle deslizava pelo oceano, carregando provisões, mapas e pensamentos inquietos. Charles Darwin observava o horizonte. Ao seu lado, estavam o capitão Robert FitzRoy, metódico e analítico, e o geólogo Adam Sedgwick, de espírito contemplativo.

Essa era uma morte anunciada. Afinal, o poeta de 87 anos estava enfermo desde 2017. Só não se imaginou que seria numa terça-feira d...

affonso romano
Essa era uma morte anunciada. Afinal, o poeta de 87 anos estava enfermo desde 2017. Só não se imaginou que seria numa terça-feira de carnaval e a uma distância de pouco mais de um mês da partida de sua mulher, a também escritora Marina Colassanti. Duas perdas imensas para a cultura brasileira, cuja cena vem se esvaziando a olhos vistos dos grandes nomes que a preencheram a partir da segunda metade do século passado. Agora sem Affonso Romano de Sant’Anna, pode-se perguntar quem é o maior poeta brasileiro vivo.

Sofro de memória curta para certas coisas. Inclusive, para livros inteiros, muitos deles desbravados na hora, de forma ardente, e, mais...

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Sofro de memória curta para certas coisas. Inclusive, para livros inteiros, muitos deles desbravados na hora, de forma ardente, e, mais à frente, esquecidos, ainda que me deixem algum rescaldo de nebulosa procedência. Quantas achegas às lições da vida são colhidas remota ou presentemente de alguma leitura!

Nadja Fernandes e a sua família entraram na nossa vida quando vieram morar na nossa praça Caldas Brandão, no aprazível bairro do Tambiá...

Nadja Fernandes e a sua família entraram na nossa vida quando vieram morar na nossa praça Caldas Brandão, no aprazível bairro do Tambiá.

Os Yazidis, uma das minorias religiosas mais enigmáticas do Oriente Médio, pertencem etnicamente ao mesmo grupo do povo curdo. Ao l...

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Os Yazidis, uma das minorias religiosas mais enigmáticas do Oriente Médio, pertencem etnicamente ao mesmo grupo do povo curdo. Ao longo dos séculos, conseguiram preservar sua religião distinta, o Yazidismo (também chamado de Sharfadin), o que, em determinados períodos, os tornou alvo de intensa perseguição na região.

O cristianismo, em seu início, era bem diferente do catolicismo de hoje, em matéria de fé. Não se cogitava, nos primórdios da era crist...

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O cristianismo, em seu início, era bem diferente do catolicismo de hoje, em matéria de fé. Não se cogitava, nos primórdios da era cristã, da Santíssima Trindade, “mistério” que só mais de três séculos depois da morte de Cristo passou a fazer parte da religião católica.

Prezados leitores, antes de darmos prosseguimento com a nossa série sobre o perfil da sociedade da antiga Paróquia de Nossa Senhora das...

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Prezados leitores, antes de darmos prosseguimento com a nossa série sobre o perfil da sociedade da antiga Paróquia de Nossa Senhora das Neves, antiga Parahyba, atual cidade de João Pessoa, com base no Livro de Registros de Batizados do ano de 1833, precisamos trazer algumas correções referentes à publicação anterior com as contribuições de Padre Vitor Pereira, sacerdote Greco Católica-Melquita, Doutor em Direito pela UERJ e meu confrade do Instituto dos Advogados Brasileiros.

A Francisco Gil Messias O que é ser avô? Quais os encargos e privilégios de exercer, digamos, a “avoíce”? Ser guiado pelos netos, ...

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A Francisco Gil Messias

O que é ser avô? Quais os encargos e privilégios de exercer, digamos, a “avoíce”? Ser guiado pelos netos, tê-los como a sua nova aurora e, assim, remoçar e renascer em cada um deles. Renascer, menos por persistir como continuidade genética, mas por encontrar neles a sua própria vida, no novo rebento que ali floresce, cujo alicerce é a sedutora inocência, despertada pela doçura do amor e de

Nunca me arrependi do que fiz, só me arrependo do que não fiz. Entre os piores arrependimentos da minha vida coloco em destaque nunca ...

Nunca me arrependi do que fiz, só me arrependo do que não fiz. Entre os piores arrependimentos da minha vida coloco em destaque nunca ter ido me consultar com o Professor Zartur. Sempre que eu descia pela rua Santo Elias e via aquela casa situada à esquerda logo depois da Justiça do Trabalho com dezenas de animais empalhados expostos nas paredes no terraço batia uma vontade enorme de procurar o taxidermista que realizava aquele macabro trabalho, até que um dia me disseram tratar-se da casa do professor Zartur, famoso por prever o futuro, inclusive mantendo um programa de rádio nas madrugadas pessoenses.

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Boate do Elite, Cabo Branco, Manaíra, Bessa, Última Sessão, Inglaterra, UFPB, Mulher e Literatura, Feminismo, Escrita Feminina, Poesia, Brechós, Livrarias, Carnavais, Muriçocas do Miramar, Cafuçus, CoisadeMulher, Hotel Globo, parir, vida, morte, despedidas, Florais de Bach, Harold Pinter - The Caretaker, Anayde Beiriz, Sonhos de Verão, Tragédia, Cinema, cervejas, Baixo Tambaú, filhos, maternidade, amores, traições, términos de relação, casamentos, Anos 70, 80, 90, 2000. Perder pai, mãe, filho, irmão, marido, ex-marido. Arte. Vestidos. Comidas. Vinhos”. Essa seria uma colcha de retalho resumida do nosso cenário de amizade.

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Vitória Lima
Vitória Lima, professora, poeta, amante do carnaval e fundadora do bloco Muriçocas do Miramar, e eu fazemos parte de um grupo de amigas, o CoisadeMulher, que começou nos tempos de e-mail, e hoje estamos em whatsapp. Ali, a gente canta, dança, discute política, poesia, aquarelas, fantasias, comportamento, vida das mulheres, viagens, receitas de todas as comidas e dicas de serviços domésticos. Isso já acontece há mais de 20 anos. Nos reunimos nos aniversários. No final do ano. Nos afagamos. Nos ajudamos quando estamos frágil ou doentes. Ou lépidas e faceiras. E assim caminham os dias.

No último dia 19/02, as amigas Rosário Bezerril, Alba Fernandes, e Thais Gualberto (filha de Vitória), e mais nós outras, nos reunimos no Brechó Volver (de propriedade de Rosário) para homenagear Vitória, numa chamada “Quarta Feira de Lenha”: pela sua trajetória carnavalesca, mas não só. O lugar ofereceu uma exposição de fotos do Carnaval das Muriçocas, slides (eu e a minha coleção de pierrôs, arlequins e colombinas); máscaras do artista Antônio Vinagre, flauta de Fernando Pintassilgo e convidados, e mais comidinhas da Casa Caratelli. Vitória pintou os cabelos de laranja para brindar à vida, recitou algum dos seus belos poemas, recebeu abraços, e passou batom. Tudo isso com uma faixa bordada pelas organizadoras que dizia em purpurina: Vitória do Miramar!

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Vitória Lima @pb.gov.br
Conheci Vitória Lima no início dos anos 70. Acompanho a sua trajetória desde em que rodopiava em saias na Boate do Elite. Desde então, tenho sido testemunha e companheira de estudos, de conversas, de poemas, das tristezas, dos desmoronamentos, das escaladas das montanhas do cotidiano, na navegação dos mares das reflexões da vida, do aqui e do alhures. Pouco tempo depois, Vitória foi minha professora de Literatura Inglesa (com quem estudei Shakespeare, Harold Pinter, D. H. Lawrence, T. S Eliot); depois estudos de Mulher e Literatura (isso já na Especialização, onde fui apresentada ao conto, marco desse registro, “The Yellow Wallpaper”, de Charlote Perkin Gilman) e também, “To Room Nineteen”, de Doris Lessing, entre tantos outros títulos icônicos. Alguns anos mais, e Vitória seria minha co-orientadora na minha dissertação de Mestrado, sobre o silêncio feminino numa peça do movimento pós-guerra britânico, “Angry Young Man”. E por conta da Universidade e do Mulher e Literatura nos rodeamos de amigas comuns e hoje temos um grupo de queridas amigas dos escritos, das mulheres, e da vida também, as “Meninas Viajantes”.

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Birmingham
Georgi Kalaydzhiev
Mas foi na vida que, ficamos mais amigas e solidárias. Fomos vizinhas no Cabo Branco, eu recém-casada e ela no segundo casamento; trocávamos figurinhas das nossas experiências fora do Brasil, ela nos States, e depois na Inglaterra, e eu também na Inglaterra, a compartilhar o gosto pelo chá e pela paisagem do countryside por entre Warwick e Birmingham, e pela língua inglesa. E claro, nossas noites por entre os bares do Baixo Tambaú. Até que veio “As Muriçocas”, e aí dividimos fantasias, cerveja, frevo, as amigas comuns, e a descida ao pé do trio de Fuba. Muitos Carnavais brincamos.

Fiz o discurso em homenagem à Vitória, quando ela recebeu o Título de Cidadã Pessoense, oferecido pelo então vereador Julio Rafael (In Memoriam), meu companheiro. Como também fiz uma apresentação oral do seu livro, Fúcsia (Linha D´Água, 2007), “ Uma Loas sobre Fúcsia”. Anteriormente, ela também lançou, Anos Bissextos (A União, 1997). Hoje publicamos crônicas no jornal A União. Sempre atenta aos acontecimentos culturais da cidade, Vitória está sempre a prestigiar os artistas da terra nos seus escritos.

Vivi junto à amiga querida, duas experiências extremas na vida. Uma de vida, o nascimento da sua filha, a quadrinista, Thais Gualberto. Cheguei à sua casa e como tudo estava fechado, arrodeei, e
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Thais Gualberto e Vitória Lima
@vitoria.lima
quando cheguei à porta dos fundos, ouvi os gemidos das contrações. Vitória estava em trabalho de parto, acompanhada do marido Antônio Gualberto, da parteira e médico, pois tinha se preparado para ter a sua filha em casa, no acalanto do silêncio e da música escolhida. Fiquei quieta, junto mais Mocinha, a doméstica trabalhadora da casa, e assim respiramos juntas, arfamos juntas, fizemos força juntas, para finalmente ouvir o primeiro choro de Thais, e o nosso – não o primeiro, claro!

A outra experiência marcante foi de morte. A morte prematura e trágica do seu querido primogênito, Rodrigo Rocha. Eu havia estado com Rodrigo na véspera, e quando recebi a notícia, foi um desfalecimento. Junto com as amigas todas, compartilhamos desse processo de luto sofrido e que foi longo longo longo. Sei que a perda de um filho não tem prazo de validade. E até hoje cantarolo My Sweet Lord, uma música preferida minha, e soube depois que, de Rodrigo também.

Parabéns, todos, querida Vitória. Sei que envelhecer não está sendo fácil; a saúde, as limitações, o afastamento das ribaltas tantas da sua vida rica e diversa, mas sei também que, com a sua taça de vinho na sua varanda, com os brincos de pérola da sua trepadeira, você segue forte e atenta. Brincando o Carnaval.

Na Quarta de Fogo, mais uma vez estavas a postos na tua casa referência. E Viva a Vida!

Título: O FILHO QUE EU QUERIA TER Autora Gisele Fortes

dica leitura gisele fortes
Título: O FILHO QUE EU QUERIA TER
Autora Gisele Fortes

Não estou entre os que veem no uso largo da Internet, para entretenimento, uma forma viciante de alienação, um jeito de se isolar do...

presente passado nostalgia rede social
Não estou entre os que veem no uso largo da Internet, para entretenimento, uma forma viciante de alienação, um jeito de se isolar do mundo. Aliás, duvido de que, em outro momento da nossa existência, mesmo naquele dos olhos nos olhos, tenhamos sido tão próximos dos amigos que fizemos e daqueles dos quais prefiramos a distância.