A vida é complexa e cheia de experiências, aprendizados e interações que moldam não apenas quem somos, mas também como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. Ao longo da nossa vida, somos expostos a uma infinidade de conhecimentos: da matemática que nos ensina a lógica e a razão, à geografia que nos conecta a diferentes culturas; das ciências que desvendam os mistérios da natureza à filosofia que nos instiga a questionar nossa própria existência. Essas disciplinas nos dotam de ferramentas
Vi de relance as torres da velha cidade por um novo ângulo. Perdidas do alto, de lado, ainda assim imponentes, a catedral, a igreja, as paredes erguidas há séculos. Um pedaço de árvore, um naco de poste, telhados disformes e o céu nublado completavam a cena. A desorganização das construções ainda assim em tom poético. Um segundo para olhar e capturar a imagem na retina. Um instante para guardar num clique e na mente o cenário. Mais um segundo para amar a terra, a velha Parahyba.
Sempre fui afeito à palavra. Desde criança, gostava de refletir acerca de seus significados, questionava sobre o meu desconhecimento acerca do nosso vernáculo, a língua portuguesa. Intui-a, pois, tal qual Clarice Lispector, de que a palavra seria/é a minha quarta dimensão e o “meu domínio sobre o mundo” – pelo menos o meu mundo. Tudo que é linguagem e expressão me fascina. Gosto de ler textos em palavras e textos em pessoas.
Nos momentos de aflição, quando esgotam-se as alternativas, o melhor que podemos fazer, quando ainda nos restam alguns resquícios de fé, é recorrermos aos santos. Foi o que fiz neste fim de semana que se foi. Nas linhas seguintes vou tentar revelar qual o santo a quem recorri e os motivos pelos quais fui suplicar sua ajuda.
Estou chocada. Imensamente chocada com a notícia de mais um suicídio. Mais uma jovem mulher de nossa cidade pôs fim à vida. Conhecida por muitas de nós de Campina grande, mãe de coleguinhas de nossos netos e netas, amiga e colega de escola de nossas filhas. Como diz uma de minhas filhas “pelo amorrrrrr” que é que tá acontecendo com esse “ novomundo,” minha gente! Vocês, colegas de “antigamente,” devem estar se sentindo assim como eu: chocada e impressionada, pois “as coisas no nosso tempo” eram muito mais difíceis e a gente aguentava o tranco. Hoje estamos vendo mulheres jovens, lindas, aparentando terem uma vida boa, filhos lindos e de repente uma notícia bombástica dessa.
No homem que cultiva a terra está a sabedoria da espiritualidade que os monastérios antigos descobriram. A terra como santuário mudando o sentido da vida. Dessa sabedoria vem o símbolo da resistência e da perseverança que continua a revelar caminhos silenciosos, mesmo que a terra esturricada atrofie os pés dos caminhantes que passam levantando poeira.
⏤ Qual o número da sua poltrona? – pergunta-me uma loura educada, sotaque gaúcho, em pé no pórtico de um túnel por onde vou descer até o avião. Não propriamente um túnel, uma espécie de, e nada me parece tão adequado a figurar o meu suplício.
Os reis egípcios refletiam profundamente sobre a vida e a morte, considerando seu papel sagrado, legitimado por uma extensa rede de templos e sacerdotes. Deuses originalmente distintos eram venerados em diferentes cidades, mas, com o tempo, suas histórias se entrelaçaram em uma narrativa unificada, simbolizando tanto a fusão do
Moral e Sociedade, publicada em 1973, é uma obra de coautoria do filósofo e escritor francês Roger Garaudy (1913 - 2012), que exemplifica sua abordagem crítica e seu interesse pelas falhas das sociedades contemporâneas, especialmente em questões relacionadas à ética, justiça e solidariedade. O livro aborda temas centrais como a crise moral e a alienação social, a crítica ao materialismo e ao consumismo, a moral como um projeto coletivo, a solidariedade e a responsabilidade, a visão humanista e o papel do cristianismo, bem como uma reflexão crítica sobre a modernidade.
A frase acima não é minha. Vi-a outro dia estampada numa camiseta e gostei. Fiquei refletindo: taí uma coisa para se pensar, uma coisa aparentemente simples mas plena de implicações, uma coisa que pode até ser um programa de vida, já pensou? Pois é. Ir embora mais cedo. Não da vida, claro, que a vida é tudo, condição de tudo o mais, mas do resto – ou, pelo menos, de boa parte. De eventos, por exemplo,
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sejam eles quais forem. E a nossa vida atualmente é toda ocupada por eventos mil, de manhã à noite, numa sucessão de acontecimentos geralmente dispensáveis – ou pouco importantes. Miudezas. Mundanidades. Vaidades. Imagine-se, pois, o tempo ganho para outras coisas mais úteis ou prazerosas com o simples fato de ir embora mais cedo.
No dia 26 de janeiro de 2025, um evento incomum e intrigante ocorreu na costa de Tenerife, nas Ilhas Canárias: um peixe diabo negro, uma criatura das profundezas abissais, foi encontrado na superfície, em um acontecimento raro que surpreendeu cientistas e curiosos de todo o mundo. A espécie, habituada à densa escuridão dos oceanos, dificilmente é encontrada viva, ainda mais tão distante de seu habitat.
No místico coração da Índia ergue-se majestosamente o enigmático Templo de Sree Padmanabhaswamy, que representa um tesouro vivo de lendas e mistérios que cativam a imaginação de todos aqueles que têm a ventura de o contemplar.
Há pequeníssimas coisas que dispensam autoria mas que terminam trazendo do borralho de nossas vaidades a parte que temos com elas. São autorias que não vão além do autor e que justificam aquelas memórias saudadas por Flávio Sátiro em ensaio circunstancial como “a história por dentro”, ou seja, o depoimento narrado sem pretensões historiográficas, como quem abraça ou acarinha um álbum nem sempre fotográfico de instantes incrivelmente memoráveis, que nunca nos largam e que os de fora jamais se darão pela significação deles. Os que nos alimentam para a vida toda, mesmo repousados ou colados lá no fundo da consciência e por um nada sobem à tona.
Até meados da primeira década do século 20, a palavra carro não tinha, na Paraíba, o significado que comumente tem hoje. Carros eram cabriolés e caleches, de duas e de quatro rodas, puxados por cavalos e que pertenciam a pessoas abastadas. A administração estadual também possuía os seus veículos. Em outubro de 1903, o presidente José Peregrino comunicava à Assembleia que o carro do palácio encontrava-se “bastante estragado e reclamando frequentes concertos que exigem não pequena despeza [...] fiz encomenda de um outro que no decurso deste mez deverá chegar da
O tempo hoje é velocidade. É preciso acelerar para entrar no ritmo da vida atual. A mutação constante da linguagem tecnológica me desorienta, será que essas mudanças são sempre necessárias? Elas são cada vez mais rápidas, o presente hoje é um tempo fugaz, tempo-instante, os segundos valem fortunas na bolsa de valores.