Quem a pede é meu amigo Cleanto Gomes Pereira e, com ele, muitos outros paraibanos zelosos para com a memória de Augusto dos Anjos, poeta nosso e do Brasil. E não é uma ponte qualquer, mas uma que ainda será feita, e que se anuncia festivamente – esperançosamente -, como solução definitiva para a ligação entre os municípios de Cabedelo, Santa Rita e Lucena. Chamam-na atualmente, à falta de outro nome, de Ponte do Futuro, o que, na melhor das hipóteses, é uma obviedade, já que ela ainda não existe no presente. Quando de fato existir – e torcemos para que exista, um dia – deixará de ser “do futuro” e então essa denominação perderá a razão de ser. E para que isso não ocorra é que Cleanto e tantos outros pedem que a tal ponte se chame desde já Augusto dos Anjos, um nome para a eternidade, ou seja, para além do simples futuro.
Tudo passa e também se renova no transcorrer dos dias, mas é fundamental manter-nos sempre operosos e úteis na construção da felicidade dos outros, como forma de edificar o próprio sucesso. Enquanto preparamos e nutrimos a nossa bem-aventurança, devemos contribuir para a alegria do próximo.
Indicam-me a farmácia de manipulação “que fica defronte o jornal O Norte”. Indicação de três dias atrás. Como gostei! Reparei na menina que me falou assim e não a vi com idade para fazer de um jornal fechado há mais de quinze anos um ponto de referência. Menina recepcionista se muito nos seus 18 aninhos.
Quando se faz uma lista com os principais compositores da música erudita do Brasil, nascidos no século passado, é indispensável que na relação apareçam os nomes de Camargo Guarnieri, Cláudio Santoro, Edino Krieger, Guerra Peixe, Marlos Nobre, Radamés Gnattali, Osvaldo Lacerda, Gilberto Mendes, Alceo Bocchino, Almeida Prado e o do paraibano José Siqueira que, para o musicólogo Vasco Mariz, “foi um dos nossos melhores compositores orquestrais”.
É sempre uma grata surpresa quando nos deparamos com certas pessoas que espontaneamente esboçam um sorriso para nos cumprimentar com um “bom dia”, um “boa tarde”, pelos caminhos desta vida em que a indiferença cresce com o tamanho das cidades. Curiosamente, nas pequenas urbes, interioranas, as pessoas ainda se cortejam nos encontros descomprometidos, sobretudo ao acaso, não raro em saudações com semblante irradiado de bom humor.
As gramáticas, na parte de sintaxe, omitem quatro problemas sintáticos que podem determinar reprovação em concursos e em vestibulares. Um desses problemas é a hendíade.
“Pra que casa cercada por muralha
Se a cova é cercada pelo pranto
Se pra Deus todos têm do mesmo tanto
Tanto faz a fortuna ou a migalha
Pra que roupa de marca se a mortalha
Não requer estilista na costura
Se o cadáver que a veste não procura
Nem saber se a costura ficou boa
Família é onde encontras com o melhor e o pior dos outros e, principalmente, de ti mesmo"
(Zé Adalberto)
É no convívio com as pessoas que te foram “impostas” pela natividade que experimentas as mais doloridas tristezas; inveja e raiva; crueza; decepções e desilusões, já que esperas uma primavera de sentimentos e atitudes como companheirismo, fidelidade, carinho, consideração, partilha e não a inversão no agir que torna a convivência inexplicavelmente dolorida.
Para Diva Monteiro, Fernando Aquino, Heloísa Rodrigues, Jacklena Montenegro, Jacqueline de Moraes, Lindalva Sarmento e Maria Luíza Cavalcanti.
Nas Metamorfoses, o poeta Ovídio narra, entre outros, o mito de Faetonte (Livro I, versos 746-778; Livro II, versos 1-400). O jovem Faetonte, insultado pelo amigo Épafo, filho de Io e Júpiter, resolve tirar a limpo a dúvida de ser ou não filho de Febo, o deus condutor do Carro do Sol, “luz pública do mundo imenso” (lux inmensi publica mundi, Livro II, verso 35).
No último final de semana a leitura e releitura de um pequeno livro de pouco mais de oitenta páginas fez-me pensar nos clássicos da literatura. Estive por minutos sentado no sofá, com o livro no colo, a refletir sobre o que estabelece que um livro seja considerado um clássico da arte literária. Clássico ou canônico como queiram, a adjetivar obras validadas como de qualidade superior, consensuais, de domínio universal.
Se somente sobrar a esperança em 2025 já estará de muito bom tamanho. Relembrando as guerras onde envolvem-se atualmente muitas das potências nucleares que poderão usar a qualquer momento seus estoques de bombas antes que o prazo de validade dos seus atuais líderes vença, não se pode deixar de lado o incentivo que o mundo dito civilizado dá à China para “retomar” Taiwam ao permitir que a Rússia continue avançando em terras da Ucrânia enquanto assistimos passivamente aos massacres que se seguem nas terras por onde Cristo andou.
É claro que você ainda não desarmou sua árvore, aquela na qual dependurou enfeites e luzes. Fará isso, por tradição, no 6 de janeiro, dia dos Reis Magos e tempo de encerramento dos festejos natalinos.
Se eu tivesse a percepção da poeta Adélia Prado, talvez dissesse que este tipo de dia é como um suspiro de Deus, uma pequena pausa na maquinaria da existência para nos lembrar do que é essencial. Ou talvez, seja a impermanência desse sentimento que realça a simplicidade de vivê-lo, tornando-o tão especial.
A vida é, sem dúvida, um presente valioso que muitas vezes tomamos como garantido. Em meio à correria do dia a dia, é fácil se perder nas reclamações e nas insatisfações.
Começo esse meu depoimento dizendo que Seu Chico era meu pai e Dona Iracema, minha mãe. Pois ela, neste final de ano, por pouco, um pouquinho mesmo não me deixou órfão sem ninguém para me proteger e me ensinar a trilhar os bons caminhos. Que mês triste o de dezembro, quando dia após dia fui, perdendo um ente querido. Primeiro se foram meus irmãos Vigilante, Sivuca e Trovão, Depois meu pai e em seguida mais quatro dessa prole infeliz: Bernadete, Ceminha, Damião e Cachoeira. Escapamos: Gracinha, Tadeu e eu, caçula dessa ninhada e como já disse, minha mãe que também não foi à degola. Sou o Miúdo.
Ojai, Califórnia. Um lugar onde o sol nascente pinta as montanhas de um vermelho hipnótico. O escritor e filósofo Jiddu Krishnamurti viveu e morreu aqui. Ele escreveu, pensou, falou — não sobre respostas, mas sobre perguntas. Não sobre conforto, mas sobre desconstrução. Sempre me intrigou esse tipo de mente, a que se recusa a se enraizar.