“Ninguém, além de Deus, conhece o mistério dos céus e da terra.” (Alcorão, capítulo XXVII; Al-naml; versículo 65); “Ó fiéis, (...) as ...
Sexta-feira 13 na cultura árabe
Meus amigos leitores, as estimadas leitoras, já perguntaram a alguém de suas proximidades, caso essa criatura houvesse nascido bicho...
Qual o bicho?
“Você está perto da insulina”, advertiu-me a médica depois de correr as vistas pelo exame de sangue que me havia prescrito, dias ant...
Riso de Monalisa
Para meu pai Há vinte anos morreu o meu pai, Manoel, botafoguense de boa cepa. Com meu velho aprendi que ser botafoguense é um e...
Ninguém cala esse amor
Há vinte anos morreu o meu pai, Manoel, botafoguense de boa cepa.
Com meu velho aprendi que ser botafoguense é um estado de espírito. É um não precisar se envolver com as miudezas da patuleia.
Botafoguense não anda: paira. Até ontem, estávamos cada vez mais etéreos. Os adversários nos provocavam, dizendo que andávamos minguados e minguantes. Que nosso fim estava próximo. Enganaram-se, claro. Voltamos e calamos todo mundo, porque ninguém cala o amor - especialmente esse amor. Somos raros mesmo. Aliás, raríssimos. Uns
POEMAS DO LIVRO “A arte do Zero” (Editora Arribaçã – 2021) Quo Vadis Sou um devoto de pernas tortas, um desequilíbrio me p...
O Estalo da Palavra (XXIV)
(Editora Arribaçã – 2021)
Sou um devoto de pernas tortas, um desequilíbrio me preenche, uma crença na embriaguez (Um tom de cor que não percebem os olhos claustrofóbicos) Conforme os cartazes, não existo, uma impossibilidade me percorre como um sangue incolor
O extravio da vida de Osmundo era de fazer chorar. Comprava artigos de primeiríssima em lojas chiques. A mulher reclamava, afinal de co...
Desavença
Desde a juventude viciado no bozó, perdia e ganhava, mas se mantinha no luxo de finos tratos, unhas cuidadas, sapato da moda. Usava um anel de brilhante vermelho, se dizia formado em Direito, enganava donzelas, vivia seu carnaval privado. Na hora de arranjar uma esposa definitiva, deparou-se com Ritinha bonita de rosto, pobre de roupas. Foi sincera para com o futuro marido: não gosto de parecer o que não sou. Ele ficara fascinado pela sincera confissão da moça, logo informada como zeladora de bons costumes, católica firme, mulher que não lhe traria embaraço. Calado até passadas as núpcias: contou tudo a nu sobre suas fantasias traduzidas em consumo impulsivo.
Assim conviviam até que surgiram os filhotes. O gasto foi estreitando o espaço para a farra de Osmundo. Já iam no terceiro rebento quanto rebentou a ira do marido preterido em dar vazão à sua inclinação patológica. Levou roupas para remontagem, adquiriu sapatos novos no crediário (não usava cartão de crédito). Ritinha chorava de tristeza pela falta de compreensão do marido. Primeiro a família. Ele se enfatiotava como nos velhos tempos, saía em notívagas aventuras, rumo à jogatina incurável. Na Amaro Coutinho deixava rodos de dinheiro, tomava empréstimo, empenhava, se possível, até a roupa. Reinaugurou as sessões de bebedeira.
Enquanto berravam as crianças, Osmundo tocava e cantava no bar da esquina. Ritinha só fazia rezar. As contas do terço estragadas. Outras contas penduradas. A vida correndo aos sopapos.
Saudade, uma emoção tão profunda e complexa, que nos envolve como uma brisa suave, carregada de nostalgia e memórias. Essa pa...
A saudade é uma companheira constante
Essa palavra, tão singular em seu significado, evoca uma sensação de perda e de conexão, de ausência e de presença, que nos toca de maneira única e indelével.
Inexplicável!! Isso mesmo. Inexplicável faz jus ao título do filme que estreou nos cinemas. É imperdível também, porque sua hist...
Inexplicável
A vida nos oferece, a cada instante, uma multiplicidade de escolhas. Essas decisões definem nosso caminho, nossa jornada e revelam at...
Qual porta escolhemos?!…
“É preciso coragem para abrir nosso coração aos outros e expor nossa vulnerabilidade. Podemos parar de nos esconder e de temer que...
Sociedade homoafetada
Thupten Jipa
Para José Lins do Rego, nosso conterrâneo que deu voz à literatura praticada por autores do Nordeste, o alagoano Graciliano R...
Romance é tudo nesta vida
Genival Ribeiro, figura humana extraordinária, não foi o pioneiro da nossa propaganda nem fundou a Lord Publicidade. Genival pode ser vi...
Refrescando a memória
O termo “goliardo” deriva de Golias, pois, conforme o relato bíblico, até ser morto por Davi esse gigante era um modelo de inimigo da...
Maurice e os Goliardos
O que você pensaria se eu dissesse que tudo o que sentimos, olhamos, cheiramos e tocamos é falso? Todos fomos condicionados e dou...
A verdade oculta
Todos fomos condicionados e doutrinados desde o início de nossas vidas, a acreditar que o mundo em que vivemos tem uma realidade material absoluta. Aprendemos a ver o mundo como algo externo, independente e autônomo, onde a realidade é concreta e objetiva, e nossos cérebros, sentimentos e ideias não interferem em nada no que acontece lá fora.
Enrico Fubini, musicólogo italiano nascido em 1935, em seu livro Estética da Música , publicado em 2019, sustenta a tese: “O modo de ...
Música e historicidade
A leitura é uma forma de felicidade. É o diálogo que mantenho vivo com certos autores que me enche de prazer e me faz ser outra. Le...