À memória de meu filho Cauê , que amava João Pessoa. Para iniciar esta conversa, a cidade em questão é essa nossa capital das acáci...

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À memória de meu filho Cauê, que amava João Pessoa.

Para iniciar esta conversa, a cidade em questão é essa nossa capital das acácias que já teve diversos nomes até chegar ao atual, João Pessoa. O assunto hoje é ela. Já de pronto, confesso que não aprecio muito cidade com nome de gente. Esclareço que não sou um liberal da velha estirpe e muito menos um perrepista juramentado. Portanto essa minha discordância quanto ao nome de registro (o de batismo foi outro)

O menino perambulava pela Rua da Areia, escutando o vento rodopiando pelas silenciosas artérias urbanas da cidade baixa, a cidade com...

O menino perambulava pela Rua da Areia, escutando o vento rodopiando pelas silenciosas artérias urbanas da cidade baixa, a cidade como um aglomerado de casas que começava no Rio Sanhauá para se perder logo depois da Lagoa, para as bandas de Tambiá, com uma fila de residência em direção à Rua das Trincheiras e arredores, que parecia mais um sítio. Tomás Santa Rosa carregava na pele os resquícios dos ancestrais africanos e os vivia sem a aparência dos lordes que frequentavam as melhores escolas.

Abrir um sorriso para morrer é contraditório a quê? A quem? Nascemos chorando. Ninguém estará mais à espera de um parto, talvez de um...

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Abrir um sorriso para morrer é contraditório a quê? A quem? Nascemos chorando. Ninguém estará mais à espera de um parto, talvez de um partir e, provavelmente, a espera maior será a minha. Ninguém passa pela vida sem desejar a morte. Ninguém chega à morte sem querer a vida – por mais que tenha dor. O sofrimento é a purgação de toda alegria. A espera dói e opera. Faz uma ópera desconcertada. O renascimento ocorre no agora. Uma descrente me fez crer melhor.

Talvez a pergunta que se deva fazer seja: como pode alguém se tornar um dos maiores poetas de todos os tempos com apenas 18 anos (sua o...

Talvez a pergunta que se deva fazer seja: como pode alguém se tornar um dos maiores poetas de todos os tempos com apenas 18 anos (sua obra prima Une Saison en Enfer foi lançada em 1873), consignar uma intensa militância poética por cinco anos em Paris, e, depois, abandonar tudo para se tornar, inclusive, traficante de armas na África, sobreviver a amputação de uma perna, para, enfim, sucumbir vítima de um câncer?

Neste conto, Mercedes Cavalcanti enfatiza com perícia a força redentora da paixão. ( Antonio Carlos Secchin ) Sua infância trans...

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Neste conto, Mercedes Cavalcanti enfatiza com perícia a força redentora da paixão.
(Antonio Carlos Secchin)

Sua infância transcorrera sossegada. Contudo, justamente à época em que começava a experimentar as intensas transformações no corpo e na alma, perdera o pai.

O diálogo com a tradição poética, como se sabe, não é novidade entre os autores modernos brasileiros. Muitos deles buscaram no...

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O diálogo com a tradição poética, como se sabe, não é novidade entre os autores modernos brasileiros. Muitos deles buscaram no cultivo de moldes e temas medievais uma forma de dialogar com o passado. Além de cultivar o verso livre e os versos brancos, ligaram-se à tradição medieval através da poesia popular – a exemplo de Mário de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Ou praticaram, seja a forma fixa dos romances, com o metro heptassilábico e o esquema invariável de rimas pares e assonantes, seja os temas, metros e procedimentos estruturais típicos das cantigas trovadorescas – conforme atestam as obras de Onestaldo de Pennafort, Manuel Bandeira e Guilherme de Almeida.

Já que a vida é uma condição de energia que busca energia, não deveremos sentir dor antes de tudo iniciar nem depois que ela passar...

pessoa pensativa
Já que a vida é uma condição de energia que busca energia, não deveremos sentir dor antes de tudo iniciar nem depois que ela passar.

Todas as adversidades, problemas e obstáculos que encontramos nos caminhos árduos de nossa estrada nos fortalecem. Um pontapé nos dentes pode ser a melhor

A psicopatia, o ódio e o poder constituem três conceitos que, quando inter-relacionados, geram uma preocupação vital para compreende...

odio poder psicopatia
A psicopatia, o ódio e o poder constituem três conceitos que, quando inter-relacionados, geram uma preocupação vital para compreender algumas das brutalidades das relações humanas, tanto no nível individual quanto no coletivo. Cada um deles representa forças que moldam comportamentos, estruturam sistemas sociais e causam consequências que vão desde o domínio político até tragédias pessoais e históricas.

Terra, para universo Terra, para universo Na escuta? Universo, para terra Universo, para terra Câmbio! Universo, estou mais uma vez ...

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Terra, para universo Terra, para universo Na escuta? Universo, para terra Universo, para terra Câmbio!

Universo, estou mais uma vez aqui te pedindo para conspirar a meu favor.

Tu que estás na terra, mais uma vez, te respondo: sai da inércia, para que eu possa conspirar a teu favor. Se não tiveres a vontade pulsando em ti, nada poderei fazer.

Tem sido assim desde que ela começou sua vitoriosa carreira de cronista e escritora. Escrevendo para as mulheres e educando os homen...

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Tem sido assim desde que ela começou sua vitoriosa carreira de cronista e escritora. Escrevendo para as mulheres e educando os homens. Um compromisso que não poderia ser diferente, pois sua própria vida, independentemente da escrita, sempre marchou nessa direção: a afirmação e a valorização das prerrogativas femininas, a resistência e a boa rebeldia contra preconceitos arcaicos de província, e o saudável vanguardismo anunciador do que viria e teria de ser. Nela e em mais algumas poucas entre nós, 1968 e o que veio depois deixaram sementes férteis que não se perderam ao léu. Pelo contrário.

“Corro atrás dos sopros do zéfiro para me distrair. Mas o meu coração só aspira ao rosto Daquele que deu o Seu perfume aos ventos.”...

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“Corro atrás dos sopros do zéfiro para me distrair. Mas o meu coração só aspira ao rosto Daquele que deu o Seu perfume aos ventos.”
Provérbio sufi

Segundo a mitologia grega, Zeus, deus dos céus e pai dos deuses, terá concedido a superintendência dos ventos a Éolo, que vivia na ilha flutuante de Eólia, com Aurora, sua mulher, e os seus seis filhos e seis filhas, casados entre si. Quando Odisseu saiu da ilha, foi-lhe dado um odre

Título: O OLHAR DE HORNÉLIA Autor Claudia Sampaio

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Título: O OLHAR DE HORNÉLIA
Autor Claudia Sampaio

Leio em Glauco Morais, em sua coluna da última terça-feira: “A Paraíba vive historicamente seu melhor momento econômico, tendo as ...

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Leio em Glauco Morais, em sua coluna da última terça-feira:

“A Paraíba vive historicamente seu melhor momento econômico, tendo as indústrias do turismo e da construção civil como molas propulsoras do verificado desenvolvimento. Esses dois segmentos se entrelaçam numa conjunção de fatores que os permitem traçar diversos cenários futuros. (...) Outros segmentos, como os de alimentos e bebidas, entretenimento, lazer, também se irmanam com a construção civil, numa simbiose permanente de geração de empregos,

Durante muitos anos participei de um grupo de leitura no Jardim Botânico, cujo objetivo inicial foi o de lermos obras de compreensão ma...

Durante muitos anos participei de um grupo de leitura no Jardim Botânico, cujo objetivo inicial foi o de lermos obras de compreensão mais complexa como O som e a fúria de Faulkner, Ulisses de Joyce, A metamorfose de Kafka. Depois passamos aos clássicos: Dom Quixote, Fausto, Moby Dick, Madame Bovary, O retrato de Dorian Gray, Mrs. Dalloway, A montanha mágica, entre outros. Nós nos reuníamos uma vez por semana na casa do coordenador do grupo para a troca de leitura e as observações de cada um. O ritmo da leitura era irregular, uns liam mais rápido tínhamos que prestar atenção para não dar spoiler,

1 Fazer ouvidos de mercador Castro Lopes explicou essa expressão como corruptela de “fazer ouvidos de mau credor”, sem explicar como...

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Fazer ouvidos de mercador
Castro Lopes explicou essa expressão como corruptela de “fazer ouvidos de mau credor”, sem explicar como se deu a confusão entre “mau credor” e “mercador”, ou como se processaram as alterações fônicas (Cf. LOPES, Castro. Origens de anexins, prolóquios, locuções populares, siglas, etc. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1909, p.159 e ss.) João Ribeiro (apud NASCENTES, Antenor. Tesouro da Fraseologia Brasileira. 3.e. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986, s.v. Ouvido)

Faz tempo que estou para escrever sobre Solha … Vira e mexe, e não chega a hora. Talvez porque já se escreveu tanto sobre ele, que não ...

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Faz tempo que estou para escrever sobre Solha… Vira e mexe, e não chega a hora. Talvez porque já se escreveu tanto sobre ele, que não há mais o que dizer. E vem o receio de ser repetitivo, de falar algo que possa soar clichê, de não expressar novidade alguma. Mas que culpa teria, ou terei se há quase unanimidade sobre o que ele provoca no leitor?