Já ouviram falar de Modesto, a cidade da Califórnia? Nunca estive lá, mas sou capaz de levá-los àquele aeroporto, à estação de trem, ...

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Já ouviram falar de Modesto, a cidade da Califórnia? Nunca estive lá, mas sou capaz de levá-los àquele aeroporto, à estação de trem, à Rua Ramona, ou à Estrada Paraíso, palco de formidáveis “rachas” entre felizes e despreocupados proprietários de carros fabricados no fim de 1950, começo dos anos 60.

A questão de gênero é assunto importante em qualquer lugar do mundo. Faz-se necessário planejar e sonhar um mundo diferente e mais ...

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A questão de gênero é assunto importante em qualquer lugar do mundo. Faz-se necessário planejar e sonhar um mundo diferente e mais justo onde homens e mulheres sejam felizes e mais autênticos consigo mesmos. Filhos e filhas devem ser criados de maneiras diferentes,

Envelhecer exige uma espécie de coragem peculiar. Não a coragem cinematográfica, heroica e ostensiva, mas aquela sutil e silenciosa, qu...

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Envelhecer exige uma espécie de coragem peculiar. Não a coragem cinematográfica, heroica e ostensiva, mas aquela sutil e silenciosa, que é a de continuar existindo quando a realidade insiste em mudar corpo, mente e cotidiano. Caminho sozinha por ruas semidesertas neste final de verão. E enquanto ando, faço promessas a mim mesma.

A reflexão sobre a verdadeira essência da caridade e do serviço ao próximo nos leva a um profundo entendimento sobre o papel que des...

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A reflexão sobre a verdadeira essência da caridade e do serviço ao próximo nos leva a um profundo entendimento sobre o papel que desempenhamos neste mundo.

Para mim o “fato” é insubstituível. Ele existe. Ponto. Fato! Odeio conversas fiadas, para não dizer mentirosas; interrompidas; d...

encarar realismo sinceridade fato

Para mim o “fato” é insubstituível. Ele existe. Ponto.
Fato!

Odeio conversas fiadas, para não dizer mentirosas; interrompidas; deixadas pela metade; mergulhadas no pavor da verdade e com despedidas apressadas; motivada pela fuga, para que o adágio da realidade não se cumpra; acompanhadas das corriqueiras frases: “depois conversamos” ou “assim que possível entrarei em contato”.
Odeio!

Éramos, os três, inseparáveis naqueles anos de faculdade. Eu e Arlindo da mesma cidade e Dos Coco, cearense. Este último. descera algum...

amizade nostalgia
Éramos, os três, inseparáveis naqueles anos de faculdade. Eu e Arlindo da mesma cidade e Dos Coco, cearense. Este último. descera algumas latitudes para estudar engenharia por aquelas bandas lá de baixo. Era um danado de inteligente. Mais para frente cada um de nós tomou seu rumo na vida. Fomos perdendo o contato, Eu, cuidando das minhas coisas. Arlindo das dele e Dos Coco também foi se afastando.

Em um invólucro, para proteger-me de mim e do mundo, sou incoerente: não quero tamanha proteção. Que o mundo me afete, mas não me fa...

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Em um invólucro, para proteger-me de mim e do mundo, sou incoerente: não quero tamanha proteção. Que o mundo me afete, mas não me faça perder o afeto. Talvez já seja um tanto tarde demais, mas ainda me resta um pouco de delicadeza. E eu vou entre contrações e descontrações. A cada dia me (re)parto na ávida busca pela unicidade. Antes, ser plural. Mas meu corpo se desencontra da minha alma.

Transpareço pelas esquinas e ruas como uma nuvem flutuante, ou um cão dono da própria vida que é atraído pelo cheiro da co...

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Transpareço pelas esquinas e ruas como uma nuvem flutuante, ou um cão dono da própria vida que é atraído pelo cheiro da comida, a abelha conectada pelo néctar das flores a sugar vida. A cidade velha me atrai. Faz mergulhar nas histórias. Em outros instantes me afoga nas vivências de anos partidos. Ela me agarra na revisita das marcas visíveis e conceituais das suas paredes e monumentos.

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primavera bach crepusculo natureza

Quando a Primavera troca a roupagem da terra, durante as noites, regando as flores com sua aragem, é tempo de reconstruir sonhos.

Em 1954, a Primavera festejou o amanhecer com as roseiras, os cajueiros, as mangueiras, os ipês, os flamboyants e os mulungus floridos ao redor da casa. A cada ano, as floradas se renovavam, até no meu entardecer.

A função da publicidade não é apenas vender. É despertar em nós recônditos impulsos, criando necessidades até então inexis...

rivalidade infancia escola comercial antigo
A função da publicidade não é apenas vender. É despertar em nós recônditos impulsos, criando necessidades até então inexistentes ou, pelo menos, ignoradas. O comercial age um pouco como a droga, que o indivíduo propenso ao vício despreza enquanto não conhece. Depois de tê-la experimentado, não consegue mais viver sem ela.

POEMAS DO LIVRO “O ORNITORRINCO DO PAU OCO” (Editora Cousa – 2018) EU ME APRESENTO Há que se entender ou não o ornitorrinco d...

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POEMAS DO LIVRO “O ORNITORRINCO DO PAU OCO”
(Editora Cousa – 2018)

EU ME APRESENTO

Há que se entender ou não o ornitorrinco do pau oco?

Eu, por exemplo, vivo em busca de algum autoentendimento. Só recentemente, relendo uma definição do Breviário da decomposição de Emil Cioran, é que me descobri um pessimista entusiasmado.

O espírito do tempo eventualmente demonstra uma apatia quando não tomamos as rédeas de nossas vidas. Aquela sensação de enxugar gel...

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O espírito do tempo eventualmente demonstra uma apatia quando não tomamos as rédeas de nossas vidas. Aquela sensação de enxugar gelo, decorrente das escolhas estressantes e exaustivas, nos faz adoecer no lugar de sentir a real emoção saudável que uma vida deve proporcionar.

O uso inadequado da tecnologia contra o bem comum e a exploração perversa do sistema econômico na vida das pessoas estão destruindo pr...

pertencimento desigualdade literatura valores morais
O uso inadequado da tecnologia contra o bem comum e a exploração perversa do sistema econômico na vida das pessoas estão destruindo princípios morais, levando à exclusão, discriminação e acentuando a competição destrutiva entre os cidadãos. A ausência de autocuidado resulta na desvalorização da dignidade humana em grande parte das pessoas. Diante dessa violência, é necessário examinar os efeitos desumanizadores que eliminam o significado da existência e do pertencimento.

Não é qualquer um que tem amigos há mais de meio século. Amigos de verdade, digo, e não meros conhecidos de ocasião, de conveniência, ...

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Não é qualquer um que tem amigos há mais de meio século. Amigos de verdade, digo, e não meros conhecidos de ocasião, de conveniência, de mesa de bar ou de chapéu, como diria Machado de Assis. Amigos para o que der e vier, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, semelhante a um casamento feliz e longevo. Amigos, uma meia dúzia, no máximo, feitos ao acaso (ou não), ao puro sabor das circunstâncias, e que jamais poderiam prever a rara longevidade da amizade, esse tesouro que ilumina nossas vidas, não raro mais que os próprios parentes de cada um.

As lembranças e os sabores não precisam morrer para outros nascerem. O espaço da memória é infinito. Juliana Ulyssea . Quero vive...

literatura cordel infancia leituras
As lembranças e os sabores não precisam morrer para outros nascerem. O espaço da memória é infinito.
Juliana Ulyssea. Quero viver para sempre.

Na infância, duas pessoas foram fundamentais na minha formação literária, minha mãe e Chicuta. Minha mãe costumava contar histórias para que o sono chegasse. Menina traquina e fujona, só ficava quieta quando estava ouvindo histórias. Lembro-me bem de três dessas histórias que embalaram minhas noites insones – João e Maria, Maria Borralheira e A menina dos cabelos verdes que, em Câmara Cascudo aparece com o título de A Madrasta. Anos mais tarde,

Reencontro um livro de que me desfiz não sei como. Estou só, a casa no primeiro sono, a solidão da noite e o peso dos anos levando-me...

leitura palmeira guimaraes saudades recordacoes
Reencontro um livro de que me desfiz não sei como. Estou só, a casa no primeiro sono, a solidão da noite e o peso dos anos levando-me juntos a recorrer à brochura encontrada por acidente num sebo pouco frequentado da Visconde de Pelotas. Ia a caminho da ótica, tombei numa saliência da calçada, indo bater entre as estantes do sebo. Deram-me água, retomei o fôlego e me vi com o olhar num livro de Palmeira, “O habitante do amanhã”.