O livro As flores do mal (Les fleurs du mal), de 1857, revolucionou a literatura francesa, deixando para trás o Romantismo. Seus poemas, muitas vezes, crus e realistas dariam ao flâneur Charles Baudelaire o status, nada lisonjeiro de início, de “poeta maldito”. Apesar da estranheza com que os seus poemas foram recebidos, em meio ao que se pode chamar de poesia sem halo e poeta sem auréola, como o próprio Baudelaire se definiu, encontra-se uma pérola, aparentemente das mais singelas, um hino a uma determinada Francisca — Franciscae Meae Laudes. Integrando a parte Spleen et idéal,
Antigamente existiam dois tipos de produtos; os verdadeiros e os falsos. Relógios, equipamentos eletrônicos, comida e bebida...o que estava à venda podia ser encontrado por dois preços diferentes, sendo que o caro era sinônimo de boa origem e o barato sugeria fortemente algum grau de falsificação.
Escrever não é uma tarefa fácil. Em linhas gerais, podemos dizer que o escritor é o artista que se expressa por meio da escrita, ou seja, da arte literária, que para nós é a mais sublime das artes, criando e recriando textos, compondo ou estudando escritos históricos, técnicos e artísticos. Assim, leva-nos a enxergar, como expressão maior, o ideal de registro e beleza das obras humanas. Sem a escrita, não teríamos arquivos de nada na história da humanidade.
Já observou? Há momentos assim. Instantes de paz e quietude que surgem sem explicação. É quando mais percebemos que a vida vale a pena. Uma rede, uma varanda, um raio de sol, um cheiro de chuva, o que quer que for então já nos basta.
Gosto quando isso me acontece. Quando os aborrecimentos desaparecem e são substituídos pelo simples prazer de existir. Quando o contato com o lençol, a voz de alguém, um perfume, uma brisa leve
Para Genilda Azeredo e Antônio Morais, Lu Damasceno, Edvânea e Medianeira
Desde que ouvi a atriz Cláudia Abreu estrear o seu monólogo – “Virginia – Um inventário íntimo”, que leio sobre o espetáculo, assisti à sua live de estreia, e acompanhei o percurso desse seu trabalho. Até que o Inventário chegou ao Recife. Logo me acoleguei com amigas para irmos ao Teatro do Parque (que eu não conhecia e fiquei maravilhada com aquele jardim, o teto de engrenagens expostas, pinturas lindas nas paredes e ladrilhos hidráulicos na entrada). O endereço na Rua do Hospício foi um ato falho, talvez, já que iríamos assistir a momentos do último mergulho de uma escritora que viveu atordoada pelas vozes outras e tirou a própria vida – Virginia Woolf!
Você entra no Instagram e tem todo tipo de postagem e propaganda de serviços de coach: que te ensinam a seduzir um homem, que te ensinam a sentir prazer, que te ensinam como você deve se sentir após uma determinada idade, etc etc. O filão agora é as 40+. Parece que virou a chave dos 40 e já temos a sentença: "sua menopausa está logo ali e seus óvulos velhos. Você precisa congelar seus óvulos. Você precisa consumir isso ou aquilo."
Viver a vida na leveza significa desfrutar de cada momento, sem se prender a preocupações excessivas ou negatividade. Aqui estão algumas dicas para viver de forma mais leve:
1
Pratique gratidão: Aprecie as coisas boas da vida, por menores que sejam. Agradecer pelos momentos positivos ajuda a manter uma perspectiva mais positiva.
2
Desapegue do passado: Deixe de lado mágoas, ressentimentos e arrependimentos. Aprenda com os erros, mas não se prenda a eles. Concentre-se no presente e no futuro.
3
Simplifique: Livre-se do excesso de coisas materiais, compromissos e tarefas desnecessárias. Crie espaço para o que realmente importa em sua vida e simplifique sua rotina.
4
Cuide de si mesmo: Faça exercícios físicos, coma de forma saudável e garanta um sono adequado. Priorize seu bem-estar físico e mental.
5
Pratique o desapego emocional: Não se deixe levar pela opinião dos outros e não se apegue a padrões externos de sucesso ou felicidade. Busque sua própria autenticidade e siga o que faz você feliz.
6
Aceite o que não pode mudar: Nem tudo está sob nosso controle. Aprenda a aceitar as circunstâncias que não podem ser alteradas e direcione sua energia para o que está ao seu alcance.
7
Cultive relacionamentos saudáveis: Cerque-se de pessoas que te apoiam, respeitam e valorizam. Evite relações tóxicas e busque conexões significativas.
8
Aproveite a natureza: Passar tempo ao ar livre, desfrutando da natureza, pode trazer uma sensação de calma e renovação.
9
Pratique o perdão: Perdoe a si mesmo e aos outros. Carregar ressentimentos apenas prejudica sua própria paz de espírito.
10
Aprecie os pequenos prazeres: Encontre alegria nas coisas simples da vida, como um bom livro, uma conversa animada com um amigo, um banho relaxante ou um pôr do sol bonito.
Lembrando que a busca pela leveza é um processo contínuo, e cada pessoa encontra seu próprio caminho. Experimente diferentes práticas e descubra o que funciona melhor para você.
Se meus queridos leitores e leitoras pensam que alguma vez na vida já tinham visto um sujeito machista é porque não conheceram o Navarro. Esse sim, sempre se achou o macho dos machos; macho alfa, de origem, raiz como se diz mais modernamente. Já a esposa, Matilde, criatura de pouco parecer, educada, e como de era de se esperar, submissa ao maridão.
Foi no teu setembrante que me outonei. Primaverei. Submeti-me a uma fidelidade que determinou o teu mundo, mas sem escravizá-lo. Não fui eu o fator de ilusão. A lógica é simples. A emoção é o complexo. Não há conflito naquele que põe o amor como regente. Nele tornei-me religioso. Outono é tempo de queda. Neste, o solo é adubado. Primavera é tempo ressurreto. Na morte o fruto se desprende em sementes. Num tempo em que as cigarras cantavam e trocavam as carcaças, eu ficava sob a terra gerando meu canto. Neste solo, espinhos cravaram meus pés. Meu caminho inflamado...
A vida é o maior presente que recebemos ao nascer, um dom precioso concedido por Deus. Cada instante que vivemos é uma oportunidade única de crescimento, aprendizado e evolução. A valorização da vida passa pelo reconhecimento de sua singularidade e pelo entendimento de que cada pessoa tem um papel fundamental no grande plano da Criação. Viver com alegria é uma escolha que devemos fazer diariamente, pois, ao abraçar a vida com entusiasmo,
O pensador Tarcísio Burity escreveu uma frase lapidar em um catálogo editado em sua gestão de governador: “Não acredito em democracia sem imprensa livre”.
É domingo e ele vai à casa de um tio. Não gosta de visitas familiares, mas nem sempre é possível evitar. Para aumentar o desconforto, o fato de desprezar tais encontros já é motivo de culposos sentimentos – e o menino sofre duas vezes. Primeiro consigo mesmo, devido a essa intolerância aparentemente inexplicável e injusta – sobretudo injusta; depois pela ocasião mesma do encontro, confusão de afagos e venenosas ironias. E sempre o mau jeito, ou o pejo, de revelar ao menos por indícios o amor.
“Sem poesia não há salvação”, escreveu Mario Quintana. Sem dúvida, uma das pessoas que têm plena consciência desta sabedoria é Jorge Elias Neto, que vem há muito se dedicando à poesia. Neste O ornitorrinco do pau oco, traz-nos ele uma coletânea de seus primeiros quatro livros publicados e poemas inéditos. Segundo Carlos Nejar, o poema de Jorge Elias Neto é “feito de chispas”, o que é uma observação perfeitamente correta. Mas também de sua composição fazem parte – como Nejar também nota – o sonho, assim como o lirismo e, claro, a condição humana de um modo geral.
Há uma frase atribuída ao renomado psicanalista austríaco Sigmund Freud que diz o seguinte: "Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo". Embora sua autoria seja discutida — há quem sustente que a frase é da ensaísta canadense Lise Bourbeau —, é certo que a declaração atinge em cheio quem tem mania de fofocar.