agosto 24, 2024
"Vou rezar para que a noite acabe Vou rezar para que a morte morra Vou rezar para que todos se salvem Vou reza...
"Vou rezar para que a noite acabe
Vou rezar para que a morte morra
Vou rezar para que todos se salvem
Vou rezar para que não haja a miséria"
(Vou rezar!)
E não prestaram atenção
No milagre dos pães....?
agosto 24, 2024
agosto 24, 2024
Na frase Eu vi minha mãe rezando , quem rezava? A mãe ou eu? Quem disser que é a mãe, cometerá um erro. Para se entender por quê, leia-...
Na frase Eu vi minha mãe rezando, quem rezava? A mãe ou eu? Quem disser que é a mãe, cometerá um erro. Para se entender por quê, leia-se o texto abaixo.
A frase é alteração de um verso da quinta trova de um longo poema de oito trovas, intitulado “Mãe”, de autoria do médico pernambucano Barreto Coutinho. O verso original dizia: “Uma vez vi-a rezando.” A trova, desgarrada do poema, tornou-se famosa com o primeiro verso alterado. Ei-la:
agosto 24, 2024
agosto 24, 2024
Em um dos seus mais belos sonetos, Camões inicia com um excepcional decassílabo, que atiça a curiosidade do leitor: “Mudam-se os tempos...
Em um dos seus mais belos sonetos, Camões inicia com um excepcional decassílabo, que atiça a curiosidade do leitor: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. No Brasil, parece que vivemos num universo paralelo, onde o tempo não passa e, por não passar, as vontades continuam as mesmas. Vivemos um tempo cediço, num atraso de dar dó, em que a pobreza se revela em todos os sentidos: da pobreza econômica, essencial para as mesquinharias de vidas ainda mais mesquinhas, à pobreza cultural, assomando nessa área, a miséria vernacular.
agosto 24, 2024
agosto 23, 2024
Na minha solitária mesa da padaria Bonfim ele identificou-se e pediu licença para sentar. Por que não? “- Eu sei que você não gosta de ...
Na minha solitária mesa da padaria Bonfim ele identificou-se e pediu licença para sentar. Por que não? “- Eu sei que você não gosta de políticos. Vários deputados já me disseram isso”.
agosto 23, 2024
agosto 23, 2024
Há postes acesos, luz amarela se esvaindo pelo chão das ruas recônditas. Gente sobrada da sociedade dos abastados, a...
Há postes acesos, luz amarela se esvaindo pelo chão das ruas recônditas. Gente sobrada da sociedade dos abastados, as mochilas nos recantos, fumaças em tiras flutuantes e se evolando pelas rachaduras das marquises. Naquele conglomerado de esquecimento, são marcados pelas rugas da pobreza em seus rostos com expressão de choro e de dor. Sobre as calçadas esburacadas procuram se esconder na noite.
agosto 23, 2024
agosto 23, 2024
Poemas em cenas de Agosto Agosto voltou, Com mar distraído. Coqueiros dançando, O verde provido. O céu emplumado, Em belo ve...
Poemas em cenas de Agosto
Agosto voltou,
Com mar distraído.
Coqueiros dançando,
O verde provido.
O céu emplumado,
Em belo vestido.
E quando o mar canta,
A onda balança.
O mundo se encanta,
E o azul me alcança.
agosto 23, 2024
agosto 23, 2024
Era um radinho pequeno, cabia na palma da mão. Compreio-o seminovo de um colega da quarta série do curso ginasial ministrado no Col...
Era um radinho pequeno, cabia na palma da mão. Compreio-o seminovo de um colega da quarta série do curso ginasial ministrado no Colégio Santa Júlia, bairro da Torre. Depois disso, nos viria o Liceu Paraibano. Aquele aparelhinho captava sinais em ondas médias e curtas antes que os de frequência modulada surgissem e se popularizassem. O meninote saudoso do interior, que então eu era, o teve por bom tempo na conta de um amigo inseparável. Um amigo com transistores e pilhas, posto que os de carne e osso ainda
agosto 23, 2024
agosto 22, 2024
Em um mundo marcado pela correria do dia a dia, muitas vezes nos esquecemos de um aspecto fundamental da nossa existência: a gratidã...
Em um mundo marcado pela correria do dia a dia, muitas vezes nos esquecemos de um aspecto fundamental da nossa existência: a gratidão.
Vivemos buscando conquistas, sonhando com novos desafios e almejando um futuro melhor.
agosto 22, 2024
agosto 22, 2024
Sábado, 17 de agosto de 2024, data que ficará marcada na história da Televisão, para não dizer no Brasil. O país amanheceu com a imp...
Sábado, 17 de agosto de 2024, data que ficará marcada na história da Televisão, para não dizer no Brasil. O país amanheceu com a impactante notícia da morte de Sílvio Santos.
agosto 22, 2024
agosto 22, 2024
Carlinhos foi falar com Deus assim sem mais e nem menos. Como dizem, bateu com as dez. Morte bem morrida na birosca de Toninho Malvade...
Carlinhos foi falar com Deus assim sem mais e nem menos. Como dizem, bateu com as dez. Morte bem morrida na birosca de Toninho Malvadeza. Estava ele lá tomando das suas e jogando conversa fora quando emborcou sobre a mesa e deu com a cara num prato de cuscuz com nacos de bode que acabara de pedir. Nem deu tempo de provar o pitéu que Dalvinha lhe servira. Parou de respirar e sua história de vida acabou ali.
agosto 22, 2024
agosto 21, 2024
Palavras de fundo Assombra-me um vazio no peito É noite, noite Brisa carícia De onde estou não vejo estrelas. Eu as sei,...
Palavras de fundo
Assombra-me um vazio no peito
É noite, noite
Brisa carícia
De onde estou não vejo estrelas.
Eu as sei, mas não as vejo.
O perfume forte da dama da noite
chega pelo ar.
A realidade é opressora
agosto 21, 2024
agosto 21, 2024
O editorial de Le Figaro , de hoje, dia 21 de agosto de 2024, intitula-se Jeu des dupes , algo como Jogo de burlas. Título bem sint...
O editorial de Le Figaro, de hoje, dia 21 de agosto de 2024, intitula-se Jeu des dupes, algo como Jogo de burlas. Título bem sintomático, que revela a situação atual da França, presa a um “teatro de sombras chinesas” (théâtre d’ombres chinoises) que, se não tivesse em jogo o futuro do país, poderia ser interessante e divertido. Mas não é. As sombras só mostram a situação obscura em que a Gália de Astérix se encontra afundada, situação que não era nova, mas que foi revelada com a decisão tresloucada da antecipação das eleições legislativas do último mês de julho.
agosto 21, 2024
agosto 21, 2024
O amor como a poesia nos repõe o olhar, sedento pela crueza revestida de um leve cozimento - cicatriz a ser a lembrança. Não quero te...
O amor como a poesia nos repõe o olhar, sedento pela crueza revestida de um leve cozimento - cicatriz a ser a lembrança. Não quero ter filhos para ser pai do mundo. Sem pretensão de ser Deus. Não quero que ninguém seja órfão em sua dor. Por isso estou sempre a gestar. Paro às vezes para parir. Sofro as contrações da vida e nalgumas madrugadas pus meu choro à prova. Fui aprovado. Já diziam: “a noite é curada com a lágrima”. É mais fácil acreditar nos precipícios lacrimais do que no sorriso fácil.
agosto 21, 2024
agosto 20, 2024
Quando o professor Milton Marques Júnior retornou de Coimbra, onde passou oito meses na companhia de sua esposa Alcione, cuidei dos p...
Quando o professor
Milton Marques Júnior retornou de Coimbra, onde passou oito meses na companhia de sua esposa Alcione, cuidei dos preparativos para seu reencontro com o tamarindo por ele plantado nos jardins da Academia Paraibana de Letras.
agosto 20, 2024
agosto 20, 2024
Certamente em função do tema que desenvolve – uma versão de como se teria urdido o mito de Jesus Cristo –, Waldemar Solha ope...
Certamente em função do tema que desenvolve – uma versão de como se teria urdido o mito de Jesus Cristo –, Waldemar Solha opera com alguns dos recursos que inauguraram a vertente dialógica da literatura. O presente trabalho se propõe a apontar alguns desses recursos, ligados ao diálogo socrático e à sátira menipeia, observando-lhes a pertinência linguística, em função do plano temático, e a possível eficácia literária.
agosto 20, 2024
agosto 20, 2024
A escolha da ordem das palavras numa frase define uma intenção e um sentido. Daí que, ao dar título a esta conferência, optamos não p...
A escolha da ordem das palavras numa frase define uma intenção e um sentido. Daí que, ao dar título a esta conferência, optamos não por “Gilberto Freyre e a Paraíba”, mas “A Paraíba de Gilberto Freyre”. Com a preposição "de" queremos denotar posse ou pertencimento. Deste modo, a relação de afeição se explicita já na primeira frase. Como na passagem famosa do poema de San Juan de la Cruz:
agosto 20, 2024