Uma chama que brilhava entre o céu e a terra

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Construído no século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II Filadelfo (amigo de infância de Alexandre, o Grande), pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido, o farol da ilha de Pharos perto da cidade egípcia de Alexandria, considerado uma das Maravilhas do Mundo Antigo, não era apenas um prodígio de engenharia, mas também um símbolo de poder e de autoridade.

António Rodrigues

julho 21, 2024

Há quem escarneça de Nietzsche por ele ter abraçado e beijado um cavalo que era espancado pelo cocheiro.

O episódio ocorreu em janeiro de 1889, em Turim, na Itália, quando o escritor saiu de um hotel e testemunhou o animal apanhar. Perturbado pela cena, Nietzsche correu até o cavalo e o abraçou com afeto, desabando a seguir num choro copioso. Seu comportamento foi atribuído a uma crise nervosa e é considerado como o início de sua "incapacitação mental".

E. Barros de Aguiar

julho 21, 2024

Não resisti ao apelo de quem pôs em livro o Café Alvear, o ponto de encontro perdido, aderindo a esta cidade ainda no tempo em que todas as pessoas se conheciam e fui ver, com o sol brando, o Ponto de Cem Réis em obra na nova versão de Cícero Lucena.

Gonzaga Rodrigues

julho 21, 2024

Continuando sobre Afrodite, temos vários aspectos dela que são pouco conhecidos. Muitos tratam os Deuses de um modo geral, independente do panteão, de forma muito superficial e por consequência vulgarizam e empobrecem a própria existência enquanto seres cheios de potencialidades.

Laura Berquó

julho 21, 2024

Em recente conversa informal entre o cronista Gil Messias, o pensador Mirabeau Dias, o crítico de artes e colecionador Clóvis Dias, e este autor, surgiram indagações sobre o movimento artístico e literário-político cognominado “Padaria Espiritual” que teve vida de 1892 a 1898, organizado por jovens intelectuais cearenses, idealistas ousados que pensavam em “mudar o mundo pela inovação na literatura, nos costumes e nas artes em geral”.

Modesto Siebra Coelho

julho 21, 2024

A violência é o uso intencional da força ou de um poder contra si, outra pessoa ou um grupo/comunidade, constituindo uma ameaça de ferimento, morte, dano mental, prejuízo ao desenvolvimento humano ou privação. Certos indivíduos praticam a violência sem perceberem os prejuízos para todos. Eles agem por meio de um julgamento de que o outro é uma ameaça e deve ser eliminado. A recusa ao diálogo, a falta de respeito e a tentativa de destruir uma autoridade através da crueldade banalizam aqueles que agem pelo ímpeto destrutivo e perverso. A incapacidade cognitiva desta patologia impede o reconhecimento da necessidade de racionalidade que não pode ser ignorada. Essa brutalidade irracional configura um problema estrutural que tem agravado as disparidades socioeconômicas, a marginalização social e a negligência das ações governamentais.

Klebber Maux Dias

julho 20, 2024

Saussure disse que o signo linguístico é constituído de significante (os sons) e de significado (o sentido) e que ambos são indissociáveis, como o verso e anverso de uma folha de papel. Quando escrevi, num conto incluído no livro A fama e a cama, editado pela Bom Texto, do Rio de Janeiro em 2003, a história de uma pobre mãe solteira que entrega a filha a um casal estranho por não poder sustentá-la, procurei um título adequado que designasse a mãe que perde o filho, à semelhança de “órfão”, que designa o filho que perde um dos pais. Como não encontrei um nome equivalente, dei ao conto o título de “Órfã de filha”, traduzido adequadamente por Olga Obry para o alemão como “Nach Tochter verwaist”, publicado no jornal vienense Die Presse.

José Augusto Carvalho

julho 20, 2024

A expressão é de Eça de Queirós, vinda da boca do Raposão, o personagem Teodorico Raposo, de A Relíquia. Ao sentir-se impelido ao ócio luxurioso, vinha-lhe a expressão que sintetizava as ações que se seguiriam – “Caramba, vou fartar o bandulho!”. Ela veio-me à cabeça, olhando os livros expostos na Livraria Bertrand, aqui em Coimbra. Os olhos bateram de relance em um dos títulos e depois retornaram para a certificação do que haviam captado: A quinta dos animais.

Milton Marques Júnior

julho 20, 2024

 

 

Roteiro de ilusão

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Sou devota da beleza são as águas em que meu olhar se espelha é o poder de me divertir olhando o céu e ler um poema com perfume desenhar no ar um rosto marcado Tem dias que me sinto culpada por escrever coisas belas Para o querer não há ouro que pague nem sentido que renegue

Cristina Siqueira

julho 19, 2024

Poderia começar explorando a imagem de uma senhora hoje casada com um dos mais importantes e poderosos políticos brasileiros que anteriormente fora esposa do bandido objeto deste escrito. Não o farei mesmo porque ela em nada contribuiu para os fatos narrados a seguir. Vamos lá.

Marcos Pires

julho 19, 2024

O horário de verão muda algumas práticas para quem não o vivencia em suas práxis, caso aqui do Nordeste que no desalinho ao horário da capital Brasília responde a uma nova rotina bancária e outras questões como a execução de concursos, prazos nacionais na resolução de questões junto a justiça e tudo o que rege a máquina pública no âmbito federal. Sem buscar explicações ou mesmo discutir onde e o porquê ele deva ser realizado, lembro que há uns treze ou catorze anos tivemos que reajustar os ponteiros, adiantando-os em uma hora pela última vez.

Thomas Bruno Oliveira

julho 19, 2024

Fiz, exatamente, do modo como deve ser feito. Hidratei o fubá ao ponto em que se agrega em pequenas bolotas quando revirado com uma colher. Também esperei o tempo necessário ao transporte para a cuscuzeira nem muito seco nem muito úmido. Experimentei o sal: “Perfeito”.

Frutuoso Chaves

julho 19, 2024

Na vastidão do tempo e do espaço, cada ação que empreendemos ecoa em todas as direções, como pedras lançadas em um lago tranquilo, causando ondulações que se propagam para além do nosso alcance imediato.

Helio Costa

julho 18, 2024

Eram os tumultuados e confusos anos 70... E eu lembro bem de uma miscelânea de imagens daquela época vomitada em preto e branco através do tubo de imagem da TV. Guerra do Vietnã, o Ira na Irlanda, John Lennon, um Papa que morria e um novo que sorria, mísseis apontados para o céu, bandeiras e discursos, o rebolado e a morte de Elvis Presley, ruas ocupadas e os cassetetes impondo uma “ordem”. Por outro lado, a mente captava ondas sonoras de uma caixinha mágica chamada rádio. Elas ainda repercutem nos meus ouvidos como se eu permanecesse nos agitados anos daquela década.

Clóvis Roberto

julho 18, 2024

Nos primeiros dias aqui no Seminário Maior da Sagrada Família de Coimbra, onde resido no momento, deparei-me com Etty Hillesum e o seu Diário, escrito entre 1941 e 1943, ano da sua morte em um campo de concentração, aos vinte e nove anos de idade. Na realidade, o primeiro registro ocorreu em 9 de março de 1941 e o último, em 13 de outubro de 1942. Encontrei-a por acaso, em um dos corredores do Seminário, mais precisamente, em uma das mesinhas antigas que compõem a decoração do ambiente,

Alcione Albertim

julho 18, 2024

Vez em quando me lembro da depressão de Francisco de Assis ao voltar da Terra Santa, quando deu com sua ordem religiosa burocratizada, dotada de cofres-fortes e já longe do fundamental voto de pobreza que pretendera estabelecer.

W. J. Solha

julho 17, 2024