Fiz, exatamente, do modo como deve ser feito. Hidratei o fubá ao ponto em que se agrega em pequenas bolotas quando revirado com uma ...

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Fiz, exatamente, do modo como deve ser feito. Hidratei o fubá ao ponto em que se agrega em pequenas bolotas quando revirado com uma colher. Também esperei o tempo necessário ao transporte para a cuscuzeira nem muito seco nem muito úmido. Experimentei o sal: “Perfeito”.

Na vastidão do tempo e do espaço, cada ação que empreendemos ecoa em todas as direções, como pedras lançadas em um lago tranquilo, cau...

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Na vastidão do tempo e do espaço, cada ação que empreendemos ecoa em todas as direções, como pedras lançadas em um lago tranquilo, causando ondulações que se propagam para além do nosso alcance imediato.

Eram os tumultuados e confusos anos 70... E eu lembro bem de uma miscelânea de imagens daquela época vomitada em preto e branco através...

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Eram os tumultuados e confusos anos 70... E eu lembro bem de uma miscelânea de imagens daquela época vomitada em preto e branco através do tubo de imagem da TV. Guerra do Vietnã, o Ira na Irlanda, John Lennon, um Papa que morria e um novo que sorria, mísseis apontados para o céu, bandeiras e discursos, o rebolado e a morte de Elvis Presley, ruas ocupadas e os cassetetes impondo uma “ordem”. Por outro lado, a mente captava ondas sonoras de uma caixinha mágica chamada rádio. Elas ainda repercutem nos meus ouvidos como se eu permanecesse nos agitados anos daquela década.

Nos primeiros dias aqui no Seminário Maior da Sagrada Família de Coimbra, onde resido no momento, deparei-me com Etty Hillesum e o se...

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Nos primeiros dias aqui no Seminário Maior da Sagrada Família de Coimbra, onde resido no momento, deparei-me com Etty Hillesum e o seu Diário, escrito entre 1941 e 1943, ano da sua morte em um campo de concentração, aos vinte e nove anos de idade. Na realidade, o primeiro registro ocorreu em 9 de março de 1941 e o último, em 13 de outubro de 1942. Encontrei-a por acaso, em um dos corredores do Seminário, mais precisamente, em uma das mesinhas antigas que compõem a decoração do ambiente,

Vez em quando me lembro da depressão de Francisco de Assis ao voltar da Terra Santa, quando deu com sua ordem religiosa burocratizada,...

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Vez em quando me lembro da depressão de Francisco de Assis ao voltar da Terra Santa, quando deu com sua ordem religiosa burocratizada, dotada de cofres-fortes e já longe do fundamental voto de pobreza que pretendera estabelecer.

Nessas andanças pelas veredas da literatura, minha última aventura foi afiar o cálamo para colocar no pergaminho as tragédias, as des...

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Nessas andanças pelas veredas da literatura, minha última aventura foi afiar o cálamo para colocar no pergaminho as tragédias, as desesperanças, o altruísmo e uma incansável força de viver, atributos de uma mocinha de programa. Dei a ela (à moçoila e não à obra) o nome de Aída. Aída? Por que este nome? A sugestão não me veio da ópera de Giuseppe Verdi, em que Aída era uma princesa etíope que fora capturada e levada ao Egito como escrava. Ali se apaixona pelo general Radamés, o que motiva o imbróglio e aquela confusão toda. Talvez tenha sim, ocorrido uma sugestão subliminar. Explico: lá em priscas eras, quando eu ainda cursava o Científico, Aída era a moça mais bonita de minha sala. Alta, magra, olhos de jabuticaba... linda. Só o nome me inspirou, no mais nada a ver com sua xará cuja história fui recolher pelos muros da vida.

Ouvimos constantemente que há uma crise no Brasil referente à proficiência leitora, haja vista os dados revelados por pesquisas, como ...

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Ouvimos constantemente que há uma crise no Brasil referente à proficiência leitora, haja vista os dados revelados por pesquisas, como Retratos da Leitura no Brasil. Para conferir os resultados da 5ª edição, sugiro fazer a consulta na internet, pois quero me deter à escola que, por excelência, lhe cabe o papel principal de agente letrador. Todavia, se investigarmos como o acesso aos livros é ofertado, sobretudo nas instituições públicas brasileiras, ver-se-á que a maioria não dispõe sequer de uma pequena biblioteca.

O livro Redenção de Agosto , de Carlos Newton Júnior, nos chega com inesquecível dedicatória. Conhecia o autor como estudios...

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O livro Redenção de Agosto, de Carlos Newton Júnior, nos chega com inesquecível dedicatória. Conhecia o autor como estudioso da obra do conterrâneo Ariano Suassuna, mas a poesia nos aproximou ainda mais.

Era uma caixa grande, que deixava antever os vinte e quatro lápis de todas as cores do arco-íris. Hoje, talvez, poucas crianças deem ...

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Era uma caixa grande, que deixava antever os vinte e quatro lápis de todas as cores do arco-íris. Hoje, talvez, poucas crianças deem importância a isso. No meio de tantos brinquedos “irados”, por que uma caixa de lápis?

Tive a sorte de por um breve tempo conviver com ele. Nosso primeiro encontro se deu em João P...

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Tive a sorte de por um breve tempo conviver com ele. Nosso primeiro encontro se deu em João Pessoa, onde Celso viera participar de um congresso. Deparei-me com uma figura branda, afável e bem-humorada. Sabendo da sua admiração por José Lins do Rego, convidei-o para conhecer no Pilar o Engenho Corredor.

  Uma carteira e seus sentidos às crianças de Realengo Observe essa carteira vazia – ociosa – desocupada. Entr...

 
Uma carteira e seus sentidos
às crianças de Realengo Observe essa carteira vazia – ociosa – desocupada. Entre na dimensão do absurdo – no que se contorce – e resvala, e desperta, e nos cala. Observe essa carteira vazia –ruidosa– maculada. Ventre da omissão confusa – que nos paralisa – e enoja, e perpassa , e retalha. Observe essa carteira vazia – poderosa – enfeitada. Lembre-se da profusão do sangue – que se dispersa – e tinge, e respinga, e nos entala. Observe essa carteira vazia – fervorosa – devotada. Sinta a celebração da loucura – que consente – e trucida, e cega, e nos abala. Observe essa carteira vazia – tenebrosa – malfadada. Sinta a emanação do ódio – que se alastra – e devora, e abraça, e nos trespassa. Observe essa carteira vazia – silenciosa – abandonada. Crente na devassidão do mundo – que surpreende – e ignora, e reproduz, e nos arrasa. Observe essa carteira vazia – deliciosa – delicada. Prenhe de ilusão confusa – que consente – e insinua, e seduz, e nos agarra. Observe essa carteira vazia – espaçosa – desejada. Ciente na criação do sonho – que compreende – e ama, e perdoa, e nos concede a graça.


 
O poema acima de mim
Se disser tudo, me restará a última mentira. Mas, rente ao chão, toda mentira resvala na inutilidade.


Estamos passando como o tempo, deslizando semelhante à água em recantos brumados, serenos e constantes. Nossos corpos não são mais ...

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Estamos passando como o tempo, deslizando semelhante à água em recantos brumados, serenos e constantes. Nossos corpos não são mais como há alguns anos, porque se esgotou a textura, a firmeza e os sonhos. Muitos deles se apagaram com o chegar de noites duras e críticas, nem sempre fáceis de encontrar soluções e que frequentemente batem em nossas portas.

Sexta-feira, 24 de janeiro de 1997: data em que pronunciei curta palestra na Sala Verde do Espaço Cultural "José Lins do Rego&qu...

radio tabajara paraiba
Sexta-feira, 24 de janeiro de 1997: data em que pronunciei curta palestra na Sala Verde do Espaço Cultural "José Lins do Rego", em João Pessoa, dentro das comemorações dos 60 anos de fundação da Rádio Tabajara AM. Não tenho fotos do evento, mas lembro que foi bem prestigiado. Por sorte minha, consegui recuperar o que rascunhei para ler na ocasião.

A Rádio Tabajara da Paraíba foi fundada como um órgão do Governo do Estado, no dia 25 de janeiro de 1937, pelo governador Argemiro de Figueiredo. É, assim, a 17ª emissora de rádio mais antiga do Brasil e, além disso, a mais antiga do Estado da Paraíba. Em 2024, a emissora migrou para a frequência modulada (FM), ganhando o prefixo ZYR-632 e a frequência de 103.9 MHz. Naquela época, nas circunstâncias em que estava a emissora, a ideia seria transformá-la em rádio escola, atrelada ao SINRED (Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa), como afiliada da Rádio MEC do Rio de Janeiro, adotando o slogan "Cultura e Informação". Atualmente, em sua essência, penso que a emissora paraibana se mantém nessa linha, embora não pertencendo ao SINRED, nem sendo afiliada à Rádio MEC-RJ:

NO FUNDO DO OLHO MÁGICO

Nasci em João Pessoa, em 1949, mas "abri os olhos" em Alagoa Grande, onde meus pais moravam e trabalhavam. Só voltei à capital aos 6 anos, para continuar os estudos. Meu primeiro contato com a Tabajara, sem compreender direito o que estava ocorrendo ao meu redor, foi em 1954, em Alagoa Grande, naquele agosto em que
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o povo chorava o suicídio de Vargas. Nossa convivência vem de muitos anos. Nunca deixei de escutar a rádio preferida do meu avô, José Souto, e do meu pai, Mário Batista. Vovô ligado nas notícias; papai encantado com a música popular brasileira.

Sou do tempo do olho mágico. Ficava horas e horas procurando ver o locutor, os radiatores, os cantores, as orquestras, lá no fundo do olho mágico, que na minha fantasia de criança seria o palco iluminado dos artistas da voz. Muitas vezes, talvez embalado pela emoção, conseguia “captar” imagens. Aprendi a enxergar o mundo através da Tabajara.

Alagoa Grande ainda hoje é um buraco. Com o rádio, conquistei um espaço de liberdade que as crianças de lá não tinham. Ele era o periscópio com o qual eu via as coisas acontecendo, por cima das muralhas verdes que cercavam a minha cidade. Se para alguns a palavra escrita era a única maneira de viajar sem sair do canto, eu, que também gostava dos livros, descobri muito cedo linguagem mais envolvente: a linguagem do rádio.

radio tabajara paraiba
Fui "despachado" de trem para João Pessoa. Sabe quem estava me esperando na estação? A Tabajara, com a música "Cerejeira Rosa", na voz de Carlos Galhardo. Aquela que diz: “A cerejeira não é rosa mais/ ficou tão triste com o adeus..."

No retiro de Miramar, mais fazenda do que bairro novo, se contava a dedo o número de casas. Decidi conhecer a cidade. E nas idas de bonde ao centro, percebi que a Tabajara era muito mais que uma simples emissora de rádio. Era uma espécie de coreto ou clube social, o ponto de encontro de todas as classes. E não exagero se
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comparo o casarão da Rua da Palmeira ao Cassino da Urca, à Rádio Nacional. Imagine-se o Cassino da Urca, que a gente "frequentava" nas páginas de "O Cruzeiro", em noite maior, com tudo a que tinha direito, e veja-se a Rádio Nacional dos auditórios repletos. Assim era a Tabajara. Pascoal Carrilho, mistura de Carlos Machado, Ari Barroso e Almirante. Gilberto Patrício, Jaci Cavalcanti, Polari Filho. Penha Maria, a nossa "Sapoti". Eclipse é o Blecaute pau de arara. Parrá, simbiose de Jackson do Pandeiro e Moreira da Silva. Biu Ramos dando de dez a zero em todos os outros, em todos os tempos, com o seu "Salão de Debates", Ipojuca Pontes fazendo "Luzes de Cinema". G.O. Belli, a própria sensibilidade musical. Francisco Ramalho, uma das melhores vozes que já ouvi no rádio, esbanjando categoria no “Júri Musical Popular". Paulo Pontes, usina de ideias, entusiasmando o insuperável Adalberto Barreto, literalmente o dono do circo. Nathanael Alves redigindo o informativo para Paulo Rosendo. Marconi Altamirando com aquela voz de nobre italiano na Etiópia.
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A máscara de papangu e os sacos de confete e serpentina que recebi das mãos de Agamenon Lopes, no "Girafolia". O LP do programa "Música e Alegria Kolynos", que ganhei em sorteio no dia do meu aniversário, onde Estevam Sangirardi anunciava o "estouro" dos quatro cabeludos de Liverpool. A grã-finagem de Tambiá, Trincheiras, João Machado e o proletariado da Torre, Cruz das Armas e Ilha do Bispo vendo e ouvindo a Tabajara, todos aplaudindo, sempre aplaudindo. O governador, como Vargas na Agência Nacional, mandando recados aos adversários e fazendo proclamações ao povo. A Tabajara era o poder e a glória.

Acontece que a caixa com a telinha cheia de imagens em movimento começou a ter espaço privilegiado nos lares, seduzindo corações e mentes. O que os ouvidos não podiam ver deslumbrava os olhos em escala cada vez maior e mais nítida. O radinho foi deixando de ser a única companhia. Nascida quando o rádio era todo-poderoso, a Tabajara soube ser poderosa, com pompa e circunstância. Porém, como que cumprindo o ciclo natural da vida, foi perdendo o elã. Não era mais mídia política para o governo nem difusora de educação e cultura. Fechou-se para o entretenimento. O governador João Agripino morrendo de amores pela moderninha e udenista Arapuan de Otinaldo e já tramando controle social mais engenhoso, via Secretaria Extraordinária.

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Rino Visani (centro) EPC
Os músicos (por onde anda o maestro Rino Visani?) fazendo as despedidas. Os artistas espalhados pelos birôs da burocracia. A ordem era sobreviver com as próprias rendas. Então, uma estrutura típica de repartição pública se viu obrigada a competir no mercado. Fracassou. Esgotou-se em 1992. Oficialmente.

Agora a Tabajara é uma coisa meio híbrida; com o passivo e a folha salarial absorvidos pelo Estado e enfrentando muitas reclamações trabalhistas, é empresa em liquidação ainda não liquidada e autarquia criada por lei, ainda não instalada. Confusão jurídica do ponto de vista institucional e ultrapassada sob o aspecto tecnológico, a Tabajara mantém, em virtude de impasses administrativos que ainda não puderam ser removidos, uma programação colcha de retalhos, sem traço identificador, apesar dos avanços dos últimos dois anos, notadamente no horário das 06h às 14h, de segunda a sexta-feira.

Na verdade, a Tabajara não pôde ainda definir a sua segmentação porque não tem conseguido superar obstáculos de há muito enraizados no seu cotidiano, em decorrência da ação nefasta do corporativismo, que, embora agonizante, ainda incomoda. Tudo resultado de anos e anos de desapreço generalizado, omissões e equívocos.

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Sede da Rádio Tabajara (demolida) EPC (PB)
Transformaram a vistosa professorinha da minha infância numa imensa "bola de neve", por ironia do destino, largada nas minhas mãos, exatamente no instante em que me vejo em cena, no fundo do olho mágico.

Repensar a Rádio Tabajara, reestruturá-la administrativamente, aumentar sua potência, melhorar a qualidade de áudio e atualizar os seus equipamentos – eis o desafio. Para mim, que estou com a mão na massa em tempos de Real, não vejo outra saída a não ser a sua transformação em Rádio Escola, no sentido de ser mesmo sala de aula, laboratório para formação de novos profissionais, produtora e difusora de programas educativos e culturais.

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Flashes históricos da Rádio Tabajara EPC (PB)
É por aí que as coisas podem ficar mais fáceis na captação dos chamados “apoios culturais” do setor privado e na formalização de parcerias com órgãos públicos interessados na educação popular. Qual o outro objetivo de uma emissora oficial, senão a promoção humana e social da sua audiência? O que não faz o menor sentido é uma rádio com problemas estruturais tremendos, até pelo fato de ser uma repartição pública com defeitos que não podem ser corrigidos do dia para a noite, insistir em conquistar espaços no sofisticado mercado publicitário, que exige criatividade, eficiência, organização, audácia e muita agilidade.

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Rádio Escola, a Tabajara pode solucionar mais tranquilamente seus problemas adotando como princípio básico a relação custo-benefício. Rádio Escola, a Tabajara poderá ter padrões de qualidade mais rígidos. Rádio Escola, a Tabajara poderá transformar em rotina permanente a atualização tecnológica e a reciclagem do seu pessoal. Rádio Escola, a Tabajara cumprirá o seu verdadeiro papel, que é o de ser instrumento de governo voltado para a promoção humana e social dos seus ouvintes, para a “oxigenação” do meio profissional e para a elevação crítica dos paraibanos.

Felizmente o governador José Maranhão, seguindo o seu antecessor Antônio Mariz, apoia e respeita a Tabajara. Na realidade, o governador, talvez por ser homem de rádio, promove o renascimento da emissora, ao obter a concessão da FM e a duplicação da potência da AM, que disporá, inclusive, de "sistema diretivo" capaz de conduzir nosso sinal para o interior do estado, fazendo com que a Tabajara chegue a todas as cidades da Paraíba com som local de boa qualidade.

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José Maranhão e Petrônio Souto Acervo do autor
Ele também trata de divulgar a Paraíba no exterior, interligando a Tabajara, via satélite, com a Voz da América e a BBC de Londres. O governo da austeridade e do desenvolvimento zela pelo nosso patrimônio. Substitui equipamentos obsoletos por novidades de última geração. Firma acordo de cooperação técnica com a Radiobrás. Abre as portas da Tabajara para organismos preocupados com a educação de massa, como os Ministérios da Educação e da Saúde; a UFPB; o Ibama; o INCRA; a Emater; o Procon; as Curadorias do Ministério Público; o SENAC; a Unicef; a Pastoral da Criança; os Alcoólicos, Fumantes e Neuróticos Anônimos; entre outros.

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José Maranhão Câmara Estadual PB
Determina neutralidade nas eleições de 1996, gesto raro que ficará na lembrança dos que fazem a Tabajara de hoje. Combate os ociosos, a despeito das consequências pessoais, dos obstáculos, dos perigos e das pressões. E o que é mais importante: prestigia quem realmente trabalha. Em resumo, o governador José Maranhão conserva e fortalece este valioso patrimônio histórico e cultural da Paraíba, emissora que tem tradição na radiofonia brasileira e por isso recebe o carinho de todos aqueles que amam o rádio.

Após o agradável retorno nostálgico ao olho mágico da infância, desejo apenas encontrar, nas minhas andanças por esse interior afora, pessoas anônimas como eu, que, através da Tabajara, tiveram a chance de enxergar além das serras e da ignorância do seu sítio, ampliando assim os horizontes da humanidade, a partir da pequenina aldeia.

Ex-diretores da Rádio Tabajara EPC

Político gosta de sorrir. Pelo menos, publicamente. Gosta de parecer simpático. Acredita que isso lhe rende votos. O eleitor, pensa el...

jose americo almeida
Político gosta de sorrir. Pelo menos, publicamente. Gosta de parecer simpático. Acredita que isso lhe rende votos. O eleitor, pensa ele ou ela, não gosta de cara feia, ou seja, séria. O eleitor gosta de ser enganado, em outras palavras. Por sorrisos falsos e, pior ainda, por falsas palavras. Assim tem sido no Brasil e no mundo, principalmente a partir da segunda metade do século passado, após o advento da televisão e dos marqueteiros profissionais.

O filho de Yi Jiefang era um estudante chinês de botânica que pretendia recuperar desertos, mas, infelizmente, no ano 2000, morreu num...

mudar mundo evolucao acao humanidade
O filho de Yi Jiefang era um estudante chinês de botânica que pretendia recuperar desertos, mas, infelizmente, no ano 2000, morreu num acidente ocorrido no Japão. Aos sessenta anos, Yi Jiefang decidiu que iria realizar o sonho do filho, usando o valor que recebeu do seguro de vida, e mais o dinheiro que obteve com a venda de sua própria casa. Usou o valor para comprar mudas e insumos e se dedicar, durante mais de vinte anos, a plantar milhões de árvores no noroeste da China. Insistiu com sua tarefa por vinte anos, até que o deserto virasse uma floresta. Sua empreitada solitária virou um projeto que depois recebeu doações e a colaboração de voluntários.

Veio a insônia, talvez o receio de me entregar aos fundões da noite, e acendi a luz da varanda como a procurar companhia. Num cantin...

tiao lucena leitura perdicao
Veio a insônia, talvez o receio de me entregar aos fundões da noite, e acendi a luz da varanda como a procurar companhia. Num cantinho ao lado da cadeira vegeta uma pilha de livros à espera de leitura. Entre eles — os demais que não se queixem — o Ulysses da professora Bernardina da Silveira, já que não fui adiante, por mais que se exigisse de um leitor de romances, o de James Joyce na tradução do grande Houaiss.