O primeiro advogado “carioca” — assim entendido como o bacharelado e licenciado por Coimbra — foi o português judeu Jorge Fernandes da ...

rio antigo
O primeiro advogado “carioca” — assim entendido como o bacharelado e licenciado por Coimbra — foi o português judeu Jorge Fernandes da Fonseca, que concluiu seus estudos em 1603, aos 18 anos. Em 1613 ele já residia na cidade do Rio de Janeiro, tendo se casado com Beatriz da Costa Homem, filha do Capitão Aleixo Manoel Albernaz, o Velho, um dos que lutaram na expulsão dos franceses, em 1567, com Estácio de Sá.

O balão se eleva no céu denso de fumaça. Por um momento se confunde com os outros fogos, mas ...

sao joao quadrilha bom humor
O balão se eleva no céu denso de fumaça. Por um momento se confunde com os outros fogos, mas logo segue vitorioso ao empuxo do vento. Seu brilho, contrastando com as sombras em volta, é uma imagem de triunfo e esperança.

    Pólos Para Gabriel Meu pai vestia uma pele de sonhos amarrotados. Tardava horas campeando pequenos nadas. Grande ...

poesia capixaba jorge elias neto
 
 
Pólos
Para Gabriel Meu pai vestia uma pele de sonhos amarrotados. Tardava horas campeando pequenos nadas. Grande colecionador de figurinhas, trazia colada nos olhos sua fortuna de desejos.


Eventualmente, ouço vozes que comentam como alguns indivíduos tiveram sorte em suas vidas, mas que suas próprias não ganharam oport...

picasso mandela balzac historia de vida
Eventualmente, ouço vozes que comentam como alguns indivíduos tiveram sorte em suas vidas, mas que suas próprias não ganharam oportunidades semelhantes. Lembro de muitos casos que negam essa verdade sem noção.

A valiosa contribuição psicográfica do Apóstolo do Bem, Divaldo Franco , rendeu frutos sazonados com a produção de esclarecedores t...

livros divaldo franco espiritismo
A valiosa contribuição psicográfica do Apóstolo do Bem, Divaldo Franco, rendeu frutos sazonados com a produção de esclarecedores textos de natureza psicológica redigidos pela Veneranda Joanna de Ângelis.

São 16 volumes que integram a denominada Série Psicológica, iniciando-se com o tocante Jesus e a atualidade e culminando com o expressivo Psicologia da gratidão.

Era para ter vindo antes, mas antes tarde do que nunca. Finalmente, a Academia Brasileira de Letras abriu seus sonolentos olhos para en...

adelia prado
Era para ter vindo antes, mas antes tarde do que nunca. Finalmente, a Academia Brasileira de Letras abriu seus sonolentos olhos para enxergar a obra da mineira Adélia Prado, para muitos a maior poeta viva do Brasil. Ela não é nenhuma estreante e já tem em torno de vinte livros publicados, todos bem acolhidos pela crítica e pelo público. Já era, portanto, para a ABL ter lhe premiado antes, muito antes. Mas essas coisas da vida literária são assim mesmo, sabemos. Há muitas interferências extraliterárias nas decisões das instituições culturais e é por isso que um Jorge Luís Borges e um Philip Roth, por exemplo, morreram sem ganhar o Nobel, enquanto outros, menores, embolsaram o grande prêmio. Que fazer?

A vida nos traz lições simples que preparam a nossa alma para responsabilidades maiores que nos vão sendo atribuídas gradativamente, à ...

A vida nos traz lições simples que preparam a nossa alma para responsabilidades maiores que nos vão sendo atribuídas gradativamente, à medida em que passamos em cada prova.

      Um Blues e Seus Azuis Queria ser um acorde Perfeito Maior E ecoar além das nuvens E mergulhar no mar E reverberar...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Um Blues e Seus Azuis
Queria ser um acorde Perfeito Maior E ecoar além das nuvens E mergulhar no mar E reverberar pelas montanhas Queria ser uma nota Musical tão triste Quanto uma lágrima Que se perdeu da face

Quase não alcanço o final da subida da Rua da República, rua traçada por B. Rohan e cenário da melhor crônica que nos legou Luiz Ferrei...

cronica joao pessoa nostalgia paraiba
Quase não alcanço o final da subida da Rua da República, rua traçada por B. Rohan e cenário da melhor crônica que nos legou Luiz Ferreira, um cultor eciano da escrita que dirigiu A União na fase de instalação no Distrito. Não lembro o título e só o narrador a recontaria, se é que não fosse um conto dos russos. Perdeu-se na efemeridade do jornal. Foi ele um lavrador bem-sucedido da literatura a retalho deixada por rigor perfeccionista fora do livro. O que não foi nem tem sido diferente com Martinho Moreira Franco, que tanto nos alertava para cada gol de placa de Ferreira, comportando-se, ele também, com a
cronica joao pessoa nostalgia paraiba
Google Imagens
mesma desconfiança do seu talento e, no final de contas, da aceitação do seu grande número de leitores, sobretudo dos colegas de ofício.

Eu gostaria de ter o dom da palavra para dar a certas narrativas a intensidade que merecem. Mas, quanto mais são intensas, parece q...

nostalgia mae caligrafia analfabetismo
Eu gostaria de ter o dom da palavra para dar a certas narrativas a intensidade que merecem. Mas, quanto mais são intensas, parece que as palavras fogem e fica o sentimento em um compartimento especial do coração.

Sempre me perguntei o porquê de minha mãe não querer aprender a ler. Creio que, hoje, depois de tanto tempo que a perdi,

É admissível e até necessário que a linguagem específica da tecnologia, da ciência ou de uma profissão, como a dos computadores, por e...

lingua portuguesa colonialismo cultural
É admissível e até necessário que a linguagem específica da tecnologia, da ciência ou de uma profissão, como a dos computadores, por exemplo, mantenha o uso de empréstimos (como deletar), ou de estrangeirismos (como download, shift, etc.), até porque sua universalidade os torna cômodos. Mas a existência de equivalentes semânticos no nosso léxico deveria inibir o uso ou o abuso desses recursos linguísticos ou metalinguísticos estranhos ao nosso idioma,

O desenvolvimento da humanidade se deu pelos conflitos entre modos diferentes de organizar a vida social e de se apropriar dos recurs...

dignidade diversidade cultural
O desenvolvimento da humanidade se deu pelos conflitos entre modos diferentes de organizar a vida social e de se apropriar dos recursos naturais e transformá-los, também de conceber a realidade e expressá-la. Neste último processo, a História registra as transformações por que passam as culturas e as características que as unem e as diferenciam. A cultura é um produto coletivo da vida humana e está em constante transformação por ser um fenômeno da interação social e é necessária a percepção da identidade, dos costumes, das crenças e dos hábitos de cada comunidade, nação ou povo. Marilena de Souza Chauí (1941), filósofa e escritora brasileira, em seu livro Convite à Filosofia afirma:

Em 2006, juntamente com a jornalista Yolanda Limeira, organizamos o livro Memórias rendilhadas: vozes femininas (João Pessoa: Editor...

memorias rendilhadas neide medeiros literatura leitura
Em 2006, juntamente com a jornalista Yolanda Limeira, organizamos o livro Memórias rendilhadas: vozes femininas (João Pessoa: Editora Universitária/UFPB). O título foi inspirado em um bonito texto da poeta alagoana Arriete Vilela, Alma enrodilhada, alma rendilhada. Quinze paraibanas escreveram textos em forma de crônicas que falavam de suas primeiras experiências com a leitura. O livro foi muito bem recebido pela crítica e com quatro meses estava esgotado, infelizmente não foi mais reeditado. Em 2008, foi selecionado pela SEC/PB para constar no acervo das bibliotecas públicas da Paraíba. Teve lançamento em

Meu querido Davi Lucena, saudações Conimbrigenses. Começo abrindo um parêntesis, para me referir a uma reclamação bem-humorada do n...

coimbra lingua gramatica
Meu querido Davi Lucena, saudações Conimbrigenses.

Começo abrindo um parêntesis, para me referir a uma reclamação bem-humorada do nosso amigo comum, o escritor Hélder Moura, que me disse eu ter abandonado o coimbrão, para abraçar o conimbrigense. Estou apenas sendo fiel a esta milenar cidade, de origem romana, Conímbriga, cujas ruínas se encontram em Condeixa-a-velha, a 18 km de onde nos encontramos.

      DO MEU SÃO JOÃO Eu tenho uma fogueira acesa dentro do coração. Enquanto ela queima, trago à memória Imagens de...

poesia paraibana marineuma oliveira
 
 
 
DO MEU SÃO JOÃO
Eu tenho uma fogueira acesa dentro do coração. Enquanto ela queima, trago à memória Imagens de um tempo em que se acreditava nos poderes das simpatias das noites de São João.

"Vi ontem um bicho na imundície do pátio catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa não examinava nem cheirava...

pobreza miseria mendigo fome
"Vi ontem um bicho na imundície do pátio catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa não examinava nem cheirava: engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem".

Já lá se vão mais de 70 anos desde que Manuel Bandeira produziu essa obra prima sobre a miséria humana e a situação só piorou.

Eu estava saindo do supermercado e no estacionamento um quase cadáver ambulante aproximou-se. Segurava um papelão rasgado ao meio onde só apareciam as palavras "com fome". Desnecessário. Aliás, até o cartaz era desnecessário porque a face encovada do ainda ser humano já gritava sua agonia.

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Manuel Bandeira
Recordei do poema de Manuel Bandeira e naquele momento decidi que não seria por minha omissão que ele iria disputar com animais o lixo que nossa abundância produz. Contrariando uma prática que nem sabia existir em mim (mas que naquele momento mostrou toda a sua crueldade) não virei o rosto nem me escondi na tela do celular para não ver o que todos precisamos ver. Desci, comprei uma refeição no self-service da loja e dei ao mendigo. Ele afastou-se e eu procurei segui-lo para ver se ia jogar fora, porque na minha crença “essa cambada só quer dinheiro para encher a cara de cana”. Nada disso. Por trás da mureta estavam uma mulher e duas crianças a quem ele entregou a comida. Nem provou, voltou ao estacionamento para pedir mais ajuda.

Dei partida no carro e logo à frente encontrei uma venezuelana com seu vestido colorido esmolando no sinal luminoso.
pobreza miseria mendigo fome
Bill Wegener
Na calçada 4 crianças esperavam por ela. Tive coragem suficiente para olhar aqueles pares de olhos esbugalhados. Eram os olhos da fome.

Envergonhado segui em frente, atordoado pela incapacidade humana de resolver algo tão básico. É emocionante ouvir as pessoas dizerem que a fome não pode esperar. E é verdade. Mas o que poderemos fazer sobre isso para além de esperarmos soluções dos poderes que por mais bem intencionados sejam, não estancam o crescimento da fome ao redor do mundo? As ONGs que cuidam do “problema” não me mostram resultados perceptíveis a não ser belos comerciais e a única iniciativa que me emocionava porque visível, voou nas ASAS da corrupção.