Da mesa na padaria Bonfim de onde observo a vida, vez por outra engreno conversa com outros solitários que também sofrem demais à falta de mais pessoas em suas casas ou apartamentos para compartilharem o dia a dia.
Moro escoteiro há muitos anos e tenho sentimentos bem peculiares. Sempre pensei que era único nessa forma de viver o dia a dia. Qual o...
Como sofre quem mora só
Da mesa na padaria Bonfim de onde observo a vida, vez por outra engreno conversa com outros solitários que também sofrem demais à falta de mais pessoas em suas casas ou apartamentos para compartilharem o dia a dia.
Não tenho medo de altura e nem de andar de avião, no entanto, diante de uma ameaça de incêndio ou de uma turbulência um pouco mais for...
É fogo!
Um gênio aquele meu colega de escola. Basta dizer que foi responsável pelo único desastre de avião ocorrido na cidadezinha onde moráv...
Inventor sem patente
A falsa tolerância é uma repressiva força ideológica, a fim de excluir, de dominar e manter um poder autoritário contra cidadãos destru...
Ação comunicativa e sua tolerância
A vida que me chama A vida que me chama de todas as maneiras A vida que me chama Insiste nas palmas no portão tal com...
Vida que me chama
A vida que me chama de todas as maneiras A vida que me chama Insiste nas palmas no portão tal como quando eu era criança e Aninha me chamava para brincar A vida que me chama fui à missa com o vestido de domingo, de estilo balão era de laise cor de rosa, todo lindo Que preguiça de ouvir o padre! olho comprido na saída no que estava do lado de fora
Por vezes amo tanto alguns escritores e compositores que os tenho como amigos. Tchaikovsky é um deles. No dia 6 de novembro passado...
Tchaikovsky: o inverno em sua beleza imensa e melancólica
— Você saiu mais cedo hoje? — Sim fui ao mar, era quase uma necessidade, entende? — Sim, entendo estas coisas são fáceis de entender...
Vou em busca das planícies
— Você saiu mais cedo hoje?
— Sim fui ao mar, era quase uma necessidade, entende?
— Sim, entendo estas coisas são fáceis de entender
— O que você procurava ao caminhar até ele?
A estrada abriu-se em um abraço da saudade e, ao mesmo tempo, sinalizou reencontros enquanto o dia ainda dormia durante o avanço pelo...
Abraço da saudade
Quando ela vem, tudo paralisa. A respiração se altera, sinto um pulsar diferente. Ela é digna de silêncio. Meus olhos são lavados. Uma ...
A beleza do belo
Descansar a vista em algo ou alguém, hoje em dia, tornou-se um privilégio. Estamos cada vez mais rodeados de excessos: poluição sonora, visual e, principalmente, pelas falsas belezas... Pessoas que se vangloriam por seus bens materiais e esquecem que aquilo que desperta interesse não é a pessoa, mas o objeto. Além dos vários sorrisos que nos são dados; entretanto, repletos de más intenções. Vai-se um preço, um valor sem valor. Beleza hipócrita que nos devora lentamente, até nos darmos conta de que estamos ficando feios.
Há horas nas quais me sinto faminto por beleza. Então, procuro nas plantas, nalgum livro, poema ou numa música. E isso me preenche e me descarrega de uma forma que me sinto uma pessoa melhor. Não que devamos fugir do que nos desagrada, mas que reconheçamos o que nos faz bem e traz o bom. Encarar o que nos ofende também é um exercício artesanal.
O belo não tem tempo certo para acontecer. Na verdade, a sua presença nos leva à outra dimensão, como sugere o poeta Affonso Romano de Sant’Anna:
Não devemos dizer que uma árvore não dará frutos, porque ainda não os vemos, ou que um pássaro pousado não voa. Que venha o belo! Mesmo que cause inveja, desdém, pois o belo sempre o será, enquanto o sentirmos, e ainda que não. Sei que é transcendente, permeado de som, cheiro, imagem. E que o poeta será poeta, ainda que não faça mais poemas. Em outras palavras, o amor borda.
Um lugar encantado. Uma praia poderia ser. Sentir a água dançando nos pés. Sentir um lábio trêmulo tocando noutro. E, mesmo que a transformação seja transposta na harmonia entre formas, cada traço representará resquício de seu contraste. Embelezar a vida com brutos tons e aos poucos retirar-lhes as sobras. Já estou começando a divagar. Estou com sintomas de taquicardia...
Alagoa Nova, 10 de junho de 1923. Nesta data nascia Carlos Augusto Romero , que se tornou um homem de bem. Grandioso nas suas...
Carlos Romero, 101 anos
A poesia começa assim Emprenhar-se de miudezas; deixando as mãos rendidas aos gestos costumeiros. E, quando a luz...
O Estalo da Palavra (I)
Emprenhar-se de miudezas; deixando as mãos rendidas aos gestos costumeiros. E, quando a luz se aperceber, desmembrada pelo estalo da palavra, jogar-se nos trilhos para salvar a flor.
Na crônica “Todo mundo pode errar um pouco”, publicada em “Um cartão de Paris”, Rubem Braga most...
''Pérolas''
A Moral Filosófica dos estoicos propõe que nossas opiniões atormentam mais do que as coisas em si, sendo formuladas pelas palavras que ...
O Vento sabe o meu nome
Tinha uns cinco anos - 1946, suponho - quando me veio a otite – muita dor nos ouvidos inchados - e o médico da Estrada de Ferro Soro...
Nada de sol e chuva para o moleque!
É um luxo. E sempre foi. Principalmente agora, nestes nossos tempos despudorados. Para alguns, tão importante e necessário quanto o si...
Privacidade
Um instante de desespero pode precipitar consequências devastadores que podem se estender indefinidamente. A impaciência não adianta ...