Confesso que o vídeo de Catherine (Kate Middleton) anunciando o início da quimioterapia e falando sobre o impacto do diagnóstico de câncer sobre ela, o marido e os filhos pequenos me fez pensativa.
Não se sabia se aquilo era um fórum, uma assembleia ou um bate-boca de desocupados. O certo é que lá estavam reunidos uns tipos estranhos ⏤ umas figuras! A primeira a falar foi Metáfora, que desde o início, contra a opinião de Metonímia, autointitulara-se chefe do grupo:
A desesperança dói e prejudica nossos rumos quase sempre que escolhemos sozinhos um caminho tortuoso, que se torna um entrave para novos planos e projetos, passíveis de execução entre o antes e o depois do infinito.
Decreto (para ser lido tomando-se água de coco à beira mar)
Atenção!
Está suspensa a transitoriedade das insignificâncias.
Não é permitida a inspirabilidade do óbvio.
É mandatório o afogamento das circunstâncias.
O status quo deverá ser limpo com papel higiênico.
Será suprimido do vocabulário o beijo sem língua.
No cardápio das quartas-feiras o prato principal será o ócio.
Que se nomeiem os filhos conforme o cricrilar dos grilos.
Cada bocejo deverá ser celebrado como profecia.
Assim escreveu Brás Cubas, personagem de Machado de Assis, em suas célebres memórias póstumas, sobre uma de suas amantes: “Marcela amou-me por quinze meses e onze contos de réis”. Pode haver frase mais atual? E é nessa atualidade que reside o gênio machadiano tornado clássico das letras brasileiras e universais, pois clássico é exatamente o livro que se mantém atual através do tempo. Quinze meses e onze contos de réis. O tempo e o preço de um amor fugaz, desde o início condenado à efemeridade e ao vultoso custo financeiro, como costuma acontecer, desde que o mundo é mundo, com relações desse tipo. Os amantes, no fundo, sabem que será assim, pois não se trata de amor verdadeiro e incondicional, e no entanto a ele se entregam com o ímpeto dos apaixonados e o desespero dos suicidas. Tudo para acabar na quarta-feira, como diz a canção, mas que seja eterno enquanto dure, como diz o poeta. Pois só dessa maneira terá valido cada minuto e cada tostão.
Permita-me o leitor o estrangeirismo no título desta crônica, mas é que a expressão fica mais sugestiva. Isso porque é o nome original de um filme que trata do dia seguinte a um fictício bombardeio atômico, e que aterrorizou muita gente na década de 1980 com a idéia pouco agradável da hecatombe nuclear. Pois é, no dia seguinte às eleições municipais parece que um ataque atômico é vivido por muita gente. São aquelas
Será reaberto amanhã o museu que a Fundação Casa de José Américo consagra a seu patrono. Já era museu ou a inspirar esse ambiente antes de legitimado como fundação cultural concebida e oficializada pelo governo Burity e aberta ao público com representação do Brasil, liderada pelo presidente de então, o mineiro Aureliano Chaves, Clóvis Bezerra na gestão do estado.
O homem, assim como a maioria dos animais, tem dois instintos básicos: o da conservação da espécie e o da conservação do indivíduo. O primeiro, que é o instinto sexual, leva-o a acasalar-se, a constituir família, a ter prole. O segundo leva-o a procurar alimento para manter-se vivo.
Cilgin havia lido, não lembra bem se em Freud, que os sonhos são desejos não realizados. Mas, e os pesadelos? São também desejos não realizados? Mesmo os mais tenebrosos? Que estranho pensar assim. Era como se as pequenas tragédias pessoais que ocorrem em sonhos também fossem desejos não realizados.
O poeta Marco Valério Marcial (42-102) é quase desconhecido do grande público atual, à exceção dos que são da área de estudos clássicos, mais especificamente, conhecedores da literatura latina. Marcial, no entanto, é um dos mais importantes poetas de todos os tempos, por uma série de singularidades. Tendo saído de sua terra natal, Bílbilis, no sudeste da Espanha, Marcial foi tentar a vida em Roma. Ali chegando no ano 65, foi abrigado pelo filósofo, tragediógrafo e epigramista Sêneca,
Mãe Leca estava voltando de uma caminhada vespertina pela calçadinha do Manaíra e parou para atender uma ligação do PASM, onde trabalha. Um ladrão pilotando uma bicicleta deu um bote e levou seu celular. Alertadas pelos gritos dela, muitas pessoas correram em direção ao ladrão e devido ao engarrafamento que sempre se forma na avenida João Maurício no
lusco-fusco, conseguiram capturar o meliante que imediatamente jogou o celular de mãe Leca bem longe. Enquanto ela resgatava o aparelho, os transeuntes seguraram o ladrão para entregá-lo à polícia. Era muita gente atuando na contenção do marginal. Finalmente a polícia chegou e foi levando o bandido. E então deu-se o inusitado. O ladrão apalpou seus bolsos e... pasmem; começou a gritar: “- Ladrão, ladrão, roubaram meu celular”. Pois é, no meio daquele tumulto alguém “inadvertidamente” deve ter levado o celular do safado.
Praticava halterofilismo. Era neto de um campeão de luta livre. Sangue puro. Vencendo as discórdias da família que o queria numa rinha de paz, insistia em levantar a taça, qual galo de briga criado pelo tio, a fim de fortalecer o moral da raça. Eram pobres, humilhados, embora honestos.
O pequeno Theo, de quatro aninhos, gemeu de dor, mal o sol iluminava as águas de Boa Viagem. As pernas curtas e os passos miúdos o levaram à janela do apartamento de onde se pode divisar fatias do mar, brecha após brecha, entre os edifícios. Ali, se apoiou e chorou.
O pequeno Theo tinha, então, um coraçãozinho com agonias de adulto. E tinha vocabulário suficiente para frases de amor e saudades. “Uma flor para você, Bisinha”.
No coração pulsante de João Pessoa, onde as ruas contam histórias de desafios e superações, a triste realidade dos moradores de rua ecoa em meio às movimentadas avenidas. Para esses indivíduos, o sentimento de abandono é mais do que uma simples sensação - é uma luta diária pela sobrevivência, uma batalha contra a invisibilidade e a marginalização.
Os textos políticos do jurista e economista alemão Maximilian Karl Emil Weber (1864 — 1920) abordam as interações entre indivíduos na sociedade, destacando as atuações deles como fonte de informações para análises sociológicas. Seus conceitos de poder e dominação são fundamentais em sua teoria sociológica. Em seu livro "Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva" (1921), no volume 2, no capítulo 9, o autor explora temas relacionados à "sociologia da dominação".