Será reaberto amanhã o museu que a Fundação Casa de José Américo consagra a seu patrono. Já era museu ou a inspirar esse ambiente antes de legitimado como fundação cultural concebida e oficializada pelo governo Burity e aberta ao público com representação do Brasil, liderada pelo presidente de então, o mineiro Aureliano Chaves, Clóvis Bezerra na gestão do estado.
O homem, assim como a maioria dos animais, tem dois instintos básicos: o da conservação da espécie e o da conservação do indivíduo. O primeiro, que é o instinto sexual, leva-o a acasalar-se, a constituir família, a ter prole. O segundo leva-o a procurar alimento para manter-se vivo.
Cilgin havia lido, não lembra bem se em Freud, que os sonhos são desejos não realizados. Mas, e os pesadelos? São também desejos não realizados? Mesmo os mais tenebrosos? Que estranho pensar assim. Era como se as pequenas tragédias pessoais que ocorrem em sonhos também fossem desejos não realizados.
O poeta Marco Valério Marcial (42-102) é quase desconhecido do grande público atual, à exceção dos que são da área de estudos clássicos, mais especificamente, conhecedores da literatura latina. Marcial, no entanto, é um dos mais importantes poetas de todos os tempos, por uma série de singularidades. Tendo saído de sua terra natal, Bílbilis, no sudeste da Espanha, Marcial foi tentar a vida em Roma. Ali chegando no ano 65, foi abrigado pelo filósofo, tragediógrafo e epigramista Sêneca,
Mãe Leca estava voltando de uma caminhada vespertina pela calçadinha do Manaíra e parou para atender uma ligação do PASM, onde trabalha. Um ladrão pilotando uma bicicleta deu um bote e levou seu celular. Alertadas pelos gritos dela, muitas pessoas correram em direção ao ladrão e devido ao engarrafamento que sempre se forma na avenida João Maurício no
lusco-fusco, conseguiram capturar o meliante que imediatamente jogou o celular de mãe Leca bem longe. Enquanto ela resgatava o aparelho, os transeuntes seguraram o ladrão para entregá-lo à polícia. Era muita gente atuando na contenção do marginal. Finalmente a polícia chegou e foi levando o bandido. E então deu-se o inusitado. O ladrão apalpou seus bolsos e... pasmem; começou a gritar: “- Ladrão, ladrão, roubaram meu celular”. Pois é, no meio daquele tumulto alguém “inadvertidamente” deve ter levado o celular do safado.
Praticava halterofilismo. Era neto de um campeão de luta livre. Sangue puro. Vencendo as discórdias da família que o queria numa rinha de paz, insistia em levantar a taça, qual galo de briga criado pelo tio, a fim de fortalecer o moral da raça. Eram pobres, humilhados, embora honestos.
O pequeno Theo, de quatro aninhos, gemeu de dor, mal o sol iluminava as águas de Boa Viagem. As pernas curtas e os passos miúdos o levaram à janela do apartamento de onde se pode divisar fatias do mar, brecha após brecha, entre os edifícios. Ali, se apoiou e chorou.
O pequeno Theo tinha, então, um coraçãozinho com agonias de adulto. E tinha vocabulário suficiente para frases de amor e saudades. “Uma flor para você, Bisinha”.
No coração pulsante de João Pessoa, onde as ruas contam histórias de desafios e superações, a triste realidade dos moradores de rua ecoa em meio às movimentadas avenidas. Para esses indivíduos, o sentimento de abandono é mais do que uma simples sensação - é uma luta diária pela sobrevivência, uma batalha contra a invisibilidade e a marginalização.
Os textos políticos do jurista e economista alemão Maximilian Karl Emil Weber (1864 — 1920) abordam as interações entre indivíduos na sociedade, destacando as atuações deles como fonte de informações para análises sociológicas. Seus conceitos de poder e dominação são fundamentais em sua teoria sociológica. Em seu livro "Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva" (1921), no volume 2, no capítulo 9, o autor explora temas relacionados à "sociologia da dominação".
“Tolerância nunca é demais” é uma máxima que nos leva a refletir sobre a importância de aceitar e respeitar as diferenças entre os seres humanos e todos os demais seres criados por Deus. O conceito de tolerância, originado do latim tolerare, significa suportar, permitir ou aceitar aquilo que é diferente ou contrário às próprias convicções. A tolerância integra o conceito de caridade, como registrado na questão 886 de O Livro dos Espíritos, através da palavra “indulgência” empregada pelo Espírito de Verdade ao responder a pergunta de Allan Kardec. Isso nos mostra que a tolerância vai além de apenas aceitar as diferenças, mas também implica compreender e perdoar as falhas e limitações dos outros.
Saudade no peito
É como fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentre fazendo furoPatativa do Assaré
E não é verdade mesmo? Saudade gosta de fazer furo. Vem como um florete afiado dar suas espetadas em nossas recordações. Foi o que me aconteceu dias atrás. Essa espada traiçoeira andou me ferindo, deixando um corte que teima em não cicatrizar.
Flocos brancos e roxos ladeiam o tapete vermelho feito de tinta sobre o cimento frio inanimado e de horas quentes dos meados do dia. Sobre os galhos perfilados, enfeite natural, a passagem tem um perfume sutil, dourados como tochas suavemente brilhantes ao serem tocados pelos raios do Sol no findar das tardes dos últimos dias do verão.
Esse foi o tema da Roda de Conversa para a qual fui convidada, pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba, em alusão ao Mês da Mulher. Uma alegria esse convite. Ainda mais, na companhia da atriz e educadora Zezita Matos, e da escritora e também professora, Patrícia Rosas. Na verdade, na sincronia de todas sermos professoras.
José era justo, piedoso, influente, verdadeiro no amor pelos outros, conhecedor da palavra de Deus, um homem bom e respeitoso. Da sua carpintaria a jovem Maria ele viu. Ela ia saltitando, uma terrina carregando. No poço pegaria um pouco d’água para o dia. Quando o olhar do moço notou, de soslaio, envergonhada lhe sorriu.
Desço pela rua principal de Serraria procurando, nas paredes das casas e nos rostos das pessoas, os resquícios de minha infância. Nos olhares, redescubro detalhes antigos, sempre revelados a cada retorno.