Em minha visão particular, diria que Carlos era o exemplo de um homem feliz. Soube amar e ser amado. Além de nortear a existência por princ...

Em minha visão particular, diria que Carlos era o exemplo de um homem feliz. Soube amar e ser amado. Além de nortear a existência por princípios que deram sentido e densidade a todos os seus dias. Podia descobrir, no menor fato do cotidiano, um grande acontecimento e assim alimentar constantemente sua alegria de viver. Sem dúvida, encontrou “a paz do coração” que, segundo Platão, “é o paraíso dos homens”.

Do alto do tempo olho o mundo, imenso mundo de universos desdobrado em universos. O mundo é globalizado mas o longe ainda é longe. Meu T...

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Do alto do tempo olho o mundo, imenso mundo de universos desdobrado em universos. O mundo é globalizado mas o longe ainda é longe.

Meu Théo, de 13 anos, de malas prontas para ganhar o palco do mundo começando por si mesmo. Um pai, hoje de altura quase igual, ensinando a fazer barba, a dar nó na gravata. A mãe organizando a mudança em malinhas de mão e malões para várias estações.

Do livro a ser lançado sobre nossa juventude, extraí esse momento. Tratando dos jogos da primavera conto o mais incrível dia do esporte da...

Do livro a ser lançado sobre nossa juventude, extraí esse momento. Tratando dos jogos da primavera conto o mais incrível dia do esporte da Paraíba em todos os tempos. Começo com a apresentação de Rogeraldo Campina, que estava a zero em grana para assistir aos jogos. Tanto pediu ao técnico Remo, do time de basquete do colégio Getúlio Vargas, que foi inscrito como último reserva, já que atletas entravam de graça.

Sempre que o time ia a campo as torcidas de todas as escolas se uniam num grito só:" - Bota Campina, bota Campina". Porém o destino tecendo as trapaças da sorte fez com que na partida final o Getúlio Vargas enfrentasse o colégio Lins de Vasconcelos, franco favorito. Naquela noite a multidão rugia:"- Bota Campina". E deu-se que faltando um minuto para acabar o jogo (que estava empatado) todos os titulares já haviam sido expulsos e substituídos pelos reservas.

Um tributo a Walt Whitman e Vaughan Williams “O mar é para mim um milagre sem fim: os peixes nadando, as pedras, o movimento das onda...

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Um tributo a Walt Whitman e Vaughan Williams

“O mar é para mim um milagre sem fim: os peixes nadando, as pedras, o movimento das ondas, os navios que vão com homens dentro — existirão milagres mais estranhos?”... Com poucas palavras e muita poesia, Walt Whitman descreve os fabulosos mistérios desta maravilha aquática, a “sopa primordial”, que, segundo o biólogo Aleksandr Oparin, deu origem às formas de vida na Terra.

Perdón quando procuro teu perdão estou procurando um indulto para sandices e tolices que se agarram nos cabelos do mar mas a...

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Perdón
quando procuro teu perdão estou procurando um indulto para sandices e tolices que se agarram nos cabelos do mar mas a maresia corrói outros medos e as raízes de teus cabelos, mais profundas: não vem e vão, como as ondas do bessa : se mantêm firmes

Os governadores todos, eles todos, sem exceção, sabem perfeitamente que estão perdendo o tempo em querer modificar a natureza desse presid...

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Os governadores todos, eles todos, sem exceção, sabem perfeitamente que estão perdendo o tempo em querer modificar a natureza desse presidente que, num equívoco da maioria de cabeça feita pela Globo, o Brasil elegeu.

O erro já vinha de trás, quando o PT, na ambição de se manter colado na cadeira, guarnecido de meios para garantir sua política, lançou mão de uma mulher sem jogo de cintura, dura para sentar na cadeira mais demandada e

Não perco muito do meu latim com o futebol, há longo tempo. A bem da verdade, nunca fui um desses torcedores apaixonados a ponto da arenga...

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Não perco muito do meu latim com o futebol, há longo tempo. A bem da verdade, nunca fui um desses torcedores apaixonados a ponto da arenga em ambiente doméstico, ou público. Torço, moderadamente, por três times: o Santa Cruz do Recife, o Fluminense do Rio e o Modena de Pilar.

Datam de 1980 meus últimos ingressos em estádios e, mesmo assim, por dever do ofício. Foi uma época na qual eu era solicitado a cobrir para “O Globo”

Saímos de Roma Itália afora, em direção à Toscana. A nossa viagem estava sendo muito agradável, circulando por estradas vicinais alter...

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Saímos de Roma Itália afora, em direção à Toscana. A nossa viagem estava sendo muito agradável, circulando por estradas vicinais alternando com as auto-estradas. Viajávamos ao som das músicas que havíamos comprado em Roma, na maior parte rock italiano dos anos ‘50 e ‘60. Lembro-me muito bem de Luglio, Legatta a un Granello di Sabbia , Roberta, Aprite le Finestre, Nella Vecchia Fattoria,

Flora a aurora lá fora, brilha o sol entre flautas e plumas. A acolher o orvalho que nos envolve, a colher o pensamento que nos move. O d...

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Flora a aurora lá fora, brilha o sol entre flautas e plumas. A acolher o orvalho que nos envolve, a colher o pensamento que nos move. O dia sopra o tempo a favor do vento, feito um rio a caminho do mar.

O bordado da água acalma a alma, anunciando o finzinho do friozinho que enche de ternura e agasalha nosso formidável inverno de incontidos versos campinenses.

Só assim será possível atravessar o azul com o doce perfume da primavera, quando se aproxima e renasce na tarde crescente do horizonte. Retrocede e segue o vento a enrugar a nuvem em fuga, enquanto sangram noturnos em rasgos de luz.

Borborema rainha, também alma minha e mar do meu olhar: bem ali, ao redor do Açude Velho, onde o silêncio cavalga pelo agreste das águas. Sagrada jornada desenha infinitas calçadas que compõem e regem esses afetuosos gestos em aconchegantes lares da cidade.

Sobre eles, um sincero e meigo olhar se faz abordar e brotar nos fabulosos arredores da Prata, entre as ruas Paraguai e Duque de Caxias, em meio a melhores e bem guardadas memórias que espelham e espalham a paisagem da infância. Lugar onde Lourdes construiu, ao lado do seu amado Franklin Araújo, seu ninho permanente de amor e vida.

Bem agora, nessa hora, me vejo voltando e envolto à sua formosa e elegante presença, por meio das mãos queridas de Maura Ramos, pela feliz lembrança de meus tios Onélia e Antônio Arruda ou pela fraterna convivência com Tarcísio, Germana, Marcílio, Fernanda, Neto, Luciana, Maurício, todos Araújo, e com meus primos Izabel, Anamélia e Marcos Arruda, em torno desses anos todos.

Reencontrar tão estimada Dona Lourdes é sempre estar de volta ao passado, onde é possível alcançar as belas janelas do coração. Porque desfolhar o tempo é renascer por dentro, assim, dessa maneira, desse jeito, tão próximo a cultivar preciosos jardins, como o faz, verdadeiramente, o encantado e extraordinário dedo de Deus.

99 anos de uma vida bem vivida. São e serão afetivos e efetivos anseios e ensejos para amar o sublime olhar dessa firme e maravilhosa, solidária e dadivosa figura humana, mulher, esposa, mãe, avó, bisavó e melhor amiga dos amigos queridos.

No auge de completar em vida o seu sublimado centenário, tão logo à vista, tão pertinho assim, ela é exemplo maior de amor à vida para todos nós. Isso sem contar, em segredo, que sou um dos seus maiores e orgulhosos fãs. Desde sempre, a vida inteira.

"AMANHÃ EU FAÇO", era o que estava escrito na plaquinha torta pendurada na parede do seu quarto. Foi um presente que ganhou quan...

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"AMANHÃ EU FAÇO", era o que estava escrito na plaquinha torta pendurada na parede do seu quarto. Foi um presente que ganhou quando era adolescente, mas até hoje ainda não agradeceu.

Sua tendência a “deixar pra depois”, começou ainda na barriga da mãe. Segundo o prontuário médico sua gestação foi de 44 semanas, fato inédito que intrigou e chocou a Sociedade Internacional de Obstetrícia. Houve acusações de erro médico, mas depois de muito estudo, exames e discussões acaloradas,

Escrever é um ato solitário, requer silêncio e meditação, entretanto ao final é prazeroso o produto desse isolamento, mesmo sabendo que sã...

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Escrever é um ato solitário, requer silêncio e meditação, entretanto ao final é prazeroso o produto desse isolamento, mesmo sabendo que são poucos os leitores. Somos leitores de nós mesmos, manuseadores de nossos próprios livros.

Uma vez Ariano Suassuna falou que se dava por satisfeito sabendo que seus livros tinham sido lidos por uma pessoa. Dizia isso para demonstrar quanto apreço tinha pelos livros,

1 - Eu, candidato pelo PT? Jamais seria eleito para o governo do estado, Derly: O que a oposição argumentaria para o povo, depois de cont...

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- Eu, candidato pelo PT? Jamais seria eleito para o governo do estado, Derly: O que a oposição argumentaria para o povo, depois de contar que fui à casa do José Américo de Almeida dizer a ele que A Bagaceira, tido como o romance que livrou a literatura brasileira da inglesa, foi feita em cima do Hamlet, e que ele foi o autor intelectual da morte de João Pessoa, e que escrevi um livro com a tese de que Jesus nunca existiu, e que perdi tudo que tinha e o que não tinha num longa-metragem chamado “O Salário da Morte”?: “É doido!”

A História revela que nenhuma teoria científica nasceu completa. Por mais bem elaborada que tenha sido é submetida a revisões periódicas ...

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A História revela que nenhuma teoria científica nasceu completa. Por mais bem elaborada que tenha sido é submetida a revisões periódicas ou revogada totalmente. Neste aspecto, é costume dizer que, em Ciência, não há o “sempre” nem o “jamais”. Percebemos, no entanto, que se há assuntos facilmente resolvidos pelos estudos científicos, tal não ocorre com outros. Entre estes, o tema evolução se enquadra perfeitamente,

1 O individualismo é a verdadeira religião universal. Como o indivíduo não se liga a grupos, credos, partidos, não exclui ninguém; está s...

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O individualismo é a verdadeira religião universal. Como o indivíduo não se liga a grupos, credos, partidos, não exclui ninguém; está sempre aberto a todos. Mas o individualismo, ressalte-se, é diferente do egoísmo. O egoísta tende a recusar os outros. O individualista, não.

Reconheço que é um tema delicado. Corre-se o risco de parecer elitista, tal como ocorre em qualquer análise que aponte males – ou problema...

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Reconheço que é um tema delicado. Corre-se o risco de parecer elitista, tal como ocorre em qualquer análise que aponte males – ou problemas — decorrentes da massificação em qualquer setor da vida social. Para muitos, talvez a maioria, a massa tornou-se um valor por si mesma, depositária de virtudes absolutas e imune a quaisquer críticas. Decorrência provável do apreço cada vez maior – no mundo ocidental — à democracia generalizada, também esta convertida em valor por si mesma. Não vamos entrar nessa discussão por falta de espaço, de preparo e de ânimo. Mas é claro que vejo – ou intuo – as dificuldades advindas da absolutização do que talvez seja – ou deva ser – apenas relativo.

Quebrei uma ponta do dente da frente. Primeiro, foi o susto e depois, ao olhar no espelho, enxerguei um buraco negro do tamanho do mundo. ...

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Quebrei uma ponta do dente da frente. Primeiro, foi o susto e depois, ao olhar no espelho, enxerguei um buraco negro do tamanho do mundo. Não havia nada a fazer às 23 horas de uma sexta-feira. Mesmo tendo a melhor dentista e amiga, nunca a incomodaria em tal horário.

Pesarosa, fui dormir. Mas, todos conhecem os pensamentos ruins que surgem nas madrugadas. Comigo não foi diferente. Imaginava que o dente quebrado não teria como ser consertado, teria que fazer um implante. A causa provavelmente era a velhice, que fatalmente enfraquecia os ossos. Ou era deficiência de uma das vitaminas A, B, C, D, ou E... sei lá. Era falta de cálcio. Porque não tomei leite, que detesto, ou comi peixes, brócolis, agrião, acelga?