No dia da votação para prefeito e vereador me dirigi à escola estadual na qual estão situadas a minha zona e seção eleitorais. Há muito não moro mais no bairro de Manaíra, mas preservei o local de votação como uma deferência aos tempos de adolescência e juventude, passados lá.
Esta aconteceu aqui mesmo em João Pessoa. No dia da votação para prefeito e vereador me dirigi à escola estadual na qual estão situadas...
Borboletas em Manaíra
No dia da votação para prefeito e vereador me dirigi à escola estadual na qual estão situadas a minha zona e seção eleitorais. Há muito não moro mais no bairro de Manaíra, mas preservei o local de votação como uma deferência aos tempos de adolescência e juventude, passados lá.
Não mais vi o vendedor de castanhas. Ele pontificava na calçada de um banco do centro, ao sol, muitas vezes, ou amparado numa generosa som...
Vendedor de castanhas
Eu era rapazote quando vi falar nisso pela primeira vez. A roda formara-se na calçada de seu Antônio Leal da Fonseca, na hora do pão-cer...
As posturas municipais
Vários anos atrás, quando fomos conhecer a Galeria dei Uffizi em Florença, notamos que na área interna havia pinturas que exaltavam as Vi...
Sentimento de gratidão
Nenhuma história que se faz no decorrer da vida tem maior importância do que outras já feitas, nem mais felizes, tristes ou significativas...
Tropeços
Quase todo centro espírita brasileiro tem um pequeno jornal, mural informativo ou boletim. Alguns imprimem em cores, outros fazem boletins...
O néctar do jornalismo espírita
Literatura se alimenta, sobretudo, de literatura. Todo teórico e crítico sabe disso. Todo escritor tem consciência desse fato, afinal de c...
O escritor, um leitor privilegiado
Quando passávamos pelas várzeas do Rio Paraíba e chegávamos à região do Brejo, num olhar às enseadas ou chãs onde existem plantações de cana...
As capelas dos engenhos
As capelas estão presentes nas construções de muitas cidades, desde os mais remotos tempos. Foi uma pequena capela de taipa erguida nas imediações do Rio Sanhauá que marcou a pacificação entre portugueses e índios, e o início da construção de nossa capital.
Na nascente civilização brasileira, em alguns Estados do Nordeste, cinco séculos atrás, pelas mãos de jesuítas e franciscanos, em povoações e pequenas aglomerações rurais que se formavam em torno dos engenhos, surgiam capelas como relevante símbolo do Cristianismo e da fé na adolescente cultura religiosa no novo Continente, que hoje, em certos lugares, ainda estão presentes no que restou destas edificações que foram surgindo no decorrer dos tempos.
As imagens do Engenho Pau d’Arco ganharam vida nas páginas do “EU” pela criatividade poética de Augusto dos Anjos, mesmo recordadas com nostalgia. Outras são encontradas nos romances telúricos de José Lins do Rego, com páginas de relevante valor estético de nossa literatura que falam desses ambientes das casas-grandes e das capelas dos engenhos. Lugares, onde existe uma força mítica misturada ao sabor da garapa de cana e do cheiro das frutas tropicais, perpetuados na palavra escrita, mesmo que o desleixo de alguns proprietários contribuiu na destruição de muitas delas.
Ainda existem resquícios de antigos engenhos ou fazendas de café no Brejo, com grossas paredes que sustentam no alto uma cruz, símbolo milenar da fé cristã, mesmo cobertas pelo melão-de-são-caetano. Muitas paisagens dos livros de José Lins ganham vida nas mentes e trazem emoção aos corações de visitantes ao contemplar esses ambientes centenários, em alguns casos, guardando suas antigas características.
Por volta de 1850, junto do primeiro engenho de Serraria, foi construída no sopé da elevação uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Boa Morte, originando-se, então, a cidade que se estendeu pelo cocuruto da serra, onde cinquenta anos depois iniciaram a construção do imponente monumento sede da Igreja do Sagrado Coração de Jesus.
Quando perambulando pelos canaviais de Serraria, contemplo a paisagem dos morros pouco além de nossas cabeças, parecendo estar junto das nuvens, e vendo os velhos engenhos de fogo apagado, lembro-me da importância dos pequenos monumentos religiosos erguidos como proposta de símbolo da solidariedade e da confiança no transcendental. Cada capela com sua simplicidade arquitetônica guarda o registro daqueles que ajudaram na construção da civilização do açúcar e do café, em cujo ambiente circundam esplendor invisível.
Nas regiões do Vale do Rio Paraíba e no Brejo, com o tempo, muitos engenhos e fazendas, lugares onde também se cultivava algodão e criava-se gado, desapareceram, levando de reboque as capelas. Seus novos donos, na maioria, não se deram conta da importância dos monumentos que marcam a riqueza histórica da região e o passado das famílias.
Nem todos se dão conta de que a arte é o meio mais cauteloso para fugirmos do mundo opressor e por meio dela nos vincularmos à vida. Semeia um gozo de liberdade quando estabelecemos uma relação genuína com esses antigos ambientes, e também com a natureza que os rodeia.
As capelas não são apenas adornos ao ambiente em redor das casas-grandes e dos engenhos, mas surgiram como sinais das visões místicas dos antepassados, e deixam os lugares mais belos.
O episódio nº 12 da Pauta Cultural entra no ar na ALCR TV com atualidades do mundo cultural participação dos autores, leitores e telespe...
Pauta Cultural (Ep. 12)
Nesta pauta destaque para:
O lançamento do livro de contos dos escritores Sonia Zagheto e Claudio Chinaski, “A Página em Branco dos Teus Olhos”
O lançamento do livro "Nobelina" - poesias de Cibelle Laurentino,
Curso gratuito on line, promovido pela UFABC - “Ler e Escrever Poesia – um percurso” – com 80 horas de duração (cursos.ufabc.edu.br)
Resumos comentados sobre os textos:
“O tema do déspota nos romances hispano-americanos” – da professora Ester Abreu (ES)
“A chamado do Brasil - de Gonzaga Rodrigues
“A noite do corta-jaca no palácio presidencial” - de Flávio Ramalho de Brito
Além dos comentários dos leitores Fernando Melo, Abelardo Jurema Filho e Rosa Aguiar
O episódio desta Pauta Cultural foi ilustrado com obras do artista plástico paraibano Flávio Tavares.
O célebre conto (ou novela) “ Cândido ou O Otimismo ”, de Voltaire, termina com o personagem que dá nome à obra afirmando, conclusivo, “.....
Cultivar nosso jardim
O Físico e Astrônomo Carl Sagan (1934 - 1996) afirmou que se o tivessem interrogado sobre qual lugar desejaria ter conhecido, ...
A escolha de Carl Sagan
Os historiadores da música popular do Brasil costumam designar como “Época de Ouro” o período que se estende do final da década de 1920 at...
O amor ilusório de Lamartine Babo
Pousada no píncaro da torre da Igreja do Carmo uma pombinha mesclada em branco e cinza. Animada em saracotear as penas, beliscando-s...
Meiga ameaça
Nunca imaginei que, de repente, Iraci viesse influir com tanta evidência nas minhas considerações de experiência pessoal no trato com os m...
Tudo como tem de ser
Quando a conheci - num instante para toda a vida - não deu para ver melhor seu rosto ou detalhes de suas feições. Ia com pressa, com alguma coisa a buscar, a fazer, sem dar ou sem ter chance ou lembrança de passar outra imagem da vida.
Azuis em tons claros e escuros, colchões de brancos, estrelas e luzes, pássaros que nadam e peixes que voam. Mundos espelhados, imensidões ...
Em céus e mares
Aprender de vibração Aprender de vibração é uma ação permanente sentir o hálito imanente da primeira criação atinge esta co...
A alegria veemente
Aprender de vibração é uma ação permanente sentir o hálito imanente da primeira criação atinge esta condição que sabe vibroturgia quem com este estudo alia outros divinos saberes, encantamentos, dizeres, sabe fazer profecia.