M ovido pelo espírito de Natal, fui assistir a uma palestra do meu amigo e mestre, jornalista Hélio Zenaide, lá no Centro Espírita ...


Movido pelo espírito de Natal, fui assistir a uma palestra do meu amigo e mestre, jornalista Hélio Zenaide, lá no Centro Espírita Leopoldo Cirne. Hélio, hoje, anda meio isolado do mundo, por conta de um problema visual e também de locomoção. Caminha apoiado numa bengala, mas nunca deixa de, vez por outra, pegar um táxi e ir para o Centro, onde se tornou espírita diante de uma revelação a que assistiu, quando foi, para lá, guiado pela mão da filha Valéria.
Assim mesmo, ele ainda lê munido de uma boa lente. Todavia, uma coisa que não mudou nele é o rosto sem rugas, o impecável penteado do cabelo, o mesmo de sua mocidade. A voz mansa, de quem vive em paz com a consciência.
Mas, vamos ao objetivo da crônica, que é louvar Hélio Zenaide pela palestra que ouvi e me encantei. Quanta suavidade nas suas palavras. E sabe qual foi o tema? Jesus. Sim, ele fez uma síntese admirável da vida do Mestre, desde o seu nascimento numa humilde manjedoura, em companhia de animais domésticos, até à crucificação. A voz mansa de Hélio comoveu a todos os que o ouviram. A palavra corria mansa, a assistência ouvia-o num profundo silêncio. O brilhante jornalista de outrora, sem religião, era agora um autêntico discípulo da Boa Nova. Aí me lembrei daquela confissão de Paulo, o iluminado de Damasco: ”não sou eu quem vivo, é o Cristo que vive em mim.” Sim, o nosso cronista estava, ali, iluminado pela luz da manjedoura. Com a voz mansa, a vista sem enxergar direito, o nosso Hélio me encantou e me fez esquecer o mundo dos “papais noéis”, do consumismo dominador, da ganância e do materialismo estúpido.
Depois da mensagem, ele repôs o microfone no lugar, e sem ver nada ao seu redor, foi saindo da sala, apoiado na sua bengala, levando consigo a maior riqueza que um homem pode carregar: a consciência em paz consigo mesmo. E fico a imaginar o seu sonho, daquela noite, com Jesus abrindo-lhe o braço e o sorriso em gratidão.

E eis que a nossa Academia Paraibana de Letras abre as suas portas para a confraternização natalina. Fazia tempo que isso não se dava. Mas, ...


E eis que a nossa Academia Paraibana de Letras abre as suas portas para a confraternização natalina. Fazia tempo que isso não se dava. Mas, agora, com Damião na presidência, aquele encontro e reencontro dos imortais foi restaurado, estreitando cada vez mais os laços fraternais dos senhores acadêmicos, que não devem viver isolados, porquanto aquela instituição é uma família. E ao que foi, lá, anunciado, também estarão de volta, em breve, os tradicionais chás, que costumam reunir os imortais para bons batepapos e troca de ideias.
Mas, o local escolhido para esta festa de confraternização não foi a sede da Academia. O encontro se deu no restaurante “Casa do Bacalhau”, que fica lá em Manaíra, pertinho do mar, exatamente na casa onde viveu um dos seus ilustres confrades, o cronista Luiz Augusto Crispim, que foi, inclusive, muito lembrado na ocasião.
A verdade é que eu mal recebi o convite, comecei a sentir o gosto do bacalhau, que, imediatamente, me levou à Lisboa, desta vez sem avião...
Ao significativo evento acorreu grande parte dos imortais, que transformaram aquele restaurante num ambiente familiar. Todos irmanados num gostoso bate-papo, esquecidos das coisas ruins da vida, com exceção da política que só nos dá alegria... Será?
Três mulheres imortais estavam lá, nos seus belos vestidos e excelente astral: Ângela, com aquele olhar pesquisador, Mercedes, conhecida, poeticamente, por Pepita, e a adorável cronista Maria das Graças Santiago.
E eu fui agraciado pelo fato de ter sido Pepita a minha “amiga secreta”. Agraciado também pela companhia do meu arquiteto, escritor e filho caçula Germano, que chegou a discursar, saudando a entidade, pela louvável iniciativa de unir cada vez mais os imortais.
Confraternização é muito melhor do que o isolamento. Afinal somos humanos. Devemos sempre procurar fazer amigos e não inimigos. O ódio é doença, mas o amor é remédio. Abaixo Sartre, com o seu pessimismo, quando disse que “os outros são o inferno”. E, agora, que seria de nós sem os outros?
Mas a crônica está terminando. Os imortais conversaram como irmãos. Saímos do restaurante com saudade, e com um gostinho de bacalhau na boca. O bacalhau da imortalidade.

Os sete sites listados abaixo podem ser muito úteis no aprendizado da língua inglesa. Neles, você terá a oportunidade de ouvir tanto cançõe...


Os sete sites listados abaixo podem ser muito úteis no aprendizado da língua inglesa. Neles, você terá a oportunidade de ouvir tanto canções atuais quanto grandes clássicos, acompanhadas das respectivas letras, o que é uma excelente forma de fixar a pronúncia e de conhecer as expressões e as gírias mais comuns em idiomas estrangeiros.

N ão sei nem se me cabe, estar escrevendo, aqui, sobre o genial arquiteto Oscar Niemeyer, que acaba de sair deste mundo, onde deixo...


Não sei nem se me cabe, estar escrevendo, aqui, sobre o genial arquiteto Oscar Niemeyer, que acaba de sair deste mundo, onde deixou, entre tantas outras, uma fabulosa obra, em termos de arquitetura, no coração de nosso país, graças ao presidente Kubitschek, um inovador admirável.
Lembrar que o risonho e simpático presidente sempre foi um homem dos desafios, que adorava a convivência com as alturas. O mesmo dir-se-ia do genial arquiteto, conquanto tivesse muito medo de viajar de avião. Mas, seus olhos estavam sempre observando o vôo das nuvens, que tanto motivou a sua arquitetura. E, decerto, as nuvens gritavam para ele: “Vem pra cá, Mestre, que lhe ensinamos a voar”.
E sua imaginação começou a funcionar: afinal, a reta é mais bela do que a curva? Ele decidiu pela curva. A curva é feminina, a curva não é monótona, a curva dança. Uma árvore, por exemplo, apesar de imóvel, parece que está dançando um balé. Niemeyer, talvez, seja o maior arquiteto do mundo. Tão genial como um Villa Lobos, em cuja música, ele colocou o Brasil.
O tempo deu muito tempo de vida a Niemeyer. E ele soube aproveitar segundo a segundo, minuto a minuto, a sua estada aqui no mundo. E disse esta verdade: “o pior da velhice é quando ela mofa na ociosidade”. Ele foi todo dinamismo. Pelo seu gosto demorava ainda mais aqui no mundo. Daí esta sua confissão: ”Grande é a vida.”
Suas obras são a grande referência em termos de cultura e turismo. Há muitos anos, visitei algumas delas, um na velha Ouro Preto, e outra, chamada a cidade da Pampulha, em Minas Gerais. E fico orgulhoso em saber que o genial arquiteto está também presente aqui em João Pessoa, através de sua obra, graças ao empenho do governador Ricardo Coutinho e do prefeito Luciano Agra. A obra está no Planalto Cabo Branco, onde começa a nova João Pessoa.
Dizem que o genial arquiteto não acreditava em Deus. Que era comunista, logo ateu. Mas Deus acreditou e acredita nele. Tanto é assim que o criou. Ele continuará contemplando o bailado das nuvens, que tanto o inspirou em seu magnífico trabalho.

Dizem que Mozart compunha “música pronta”, que não corrigia, nem alterava as obras que concebia. Alguns acreditam que contava com inspiraçã...

oscar niemeyer

Dizem que Mozart compunha “música pronta”, que não corrigia, nem alterava as obras que concebia. Alguns acreditam que contava com inspiração mediúnica, tal a fluidez com que compunha. Niemeyer era assim. Num só rabisco seu, podia estar contido todo um projeto.

E eis-me num salão de beleza para o habitual corte de cabelo. Cabelo somente, porque a barba eu faço em casa. E esse eterno refazer de barb...


E eis-me num salão de beleza para o habitual corte de cabelo. Cabelo somente, porque a barba eu faço em casa. E esse eterno refazer de barba diário é o meu Suplício de Sísifo. Ah, como invejo as mulheres por não terem barba para fazer, coisa com que nunca me acostumei. Faz muito tempo, me disseram que sangue de rato acaba a barba para sempre. Não tive coragem, ainda, de fazer a experiência. Mas confesso que a dica não é de se esquecer...
Mas deixemos a barba e vamos ao cabelo, que resolvi deixá-lo bem baixinho. E nessa especialidade, ninguém melhor do que meu cabeleireiro Josias, aqui do Salão de Beleza Center Bella, em Tambaú.
Fazer a barba nos leva a um momento de reflexão, e reflexão é de que estamos precisando. E refletir é parar um pouco para pensar na vida. Quer ver um excelente momento para a reflexão? É em pleno congestionamento no trânsito. Enquanto muitos ficam inquietos, buzinando, soltando palavrão, fazendo barulho, ouvindo forró vulgar, você medita ou ficando escutando aquela boa música.
Mas, Josias me tira da reflexão e cita trechos da Bíblia, sobretudo do Velho Testamento, inclusive os Salmos. Depois disso, passa a falar da seca que está atingindo a sua terra Riacho dos Cavalos, e o nordeste há tantas décadas... E a tristeza do meu cabeleireiro me comove. Cadê as águas que seriam transpostas do Rio São Francisco? E os nossos políticos que não agilizam esse projeto? Mas, Josias fica em silêncio. De sua boca de religioso não sai nenhuma critica, nenhum julgamento...
E não é só o livro sagrado que lhe traz serenidade. Ele também é perito no violão. Tanto é assim que, quando termina o serviço, corre para o instrumento, que, como a Bíblia, também lhe dá muita paz.
Olho-me no espelho, dou um sorriso – (nunca deixe de sorrir ao espelho), e pronto. Gosto do espelho por que ele não mente. Se exibe as nossas rugas, por outro, lado as estica com um belo sorriso. Deixo o espelho, saio da crônica, enquanto Josias com o seu violão e sua Bíblia, esquece, por alguns momentos, a tragédia sertaneja...

Não faz muito tempo, a revista Rolling Stone , dos Estados Unidos, relacionou os 100 melhores guitarristas da história. Como sempre acontec...


Não faz muito tempo, a revista Rolling Stone, dos Estados Unidos, relacionou os 100 melhores guitarristas da história. Como sempre acontece, é possível que haja injustiças e enganos. Aliás, alguns especialistas em música torceram o nariz, dizendo que a lista privilegia os norteamericanos, deixando de fora grandes grandes feras da Europa, principalmente do rock pesado.

S ou um homem que me acostumei a sempre me colocar no lugar do outro. Seria isso compaixão? Talvez sim. Afinal somos irmãos, queira...


Sou um homem que me acostumei a sempre me colocar no lugar do outro. Seria isso compaixão? Talvez sim. Afinal somos irmãos, queiramos ou não queiramos. E, consoante a lição de Jesus, temos a obrigação de amá-los, isto é, de compreendê-los.
Mas vamos à crônica de hoje. Há dias que venho pensando em Felipão, o novo técnico da Seleção Brasileira, que daqui a um ano em meio, estará sediando a Copa do Mundo, aqui no Brasil, o que não deixa de ser uma honra para o nosso país, cognominado o “País das Chuteiras”. O Brasil é tão das chuteiras, que, outro dia, conforme foi anunciado, a Academia Brasileira de Letras, a Casa de Machado de Assis, acaba de conferir uma medalha ao jogador Ronaldinho Gaúcho, que, se não é um homem de letras, já fez muitos gols de letras...
Retornando ao técnico Felipão, cuja foto está em todos os jornais, com um prestígio que nem o Ministro Joaquim Barbosa chega perto.
E o curioso é que Felipão sorria. Sorria diante de um grande problema, que é fazer o Brasil campeão dessa Copa. Se fosse eu, sim, se fosse eu, não dormiria mais, não comeria mais, não sorriria mais. Porque, aqui para nós, se o Brasil perder o título, em sua própria casa, como aconteceu na Copa de 50, o que será de Felipão?
Mas, ao que vi nos jornais, ele está um homem feliz da vida, com a obrigação de dar mais um título ao nosso país. Se ele ainda está dormindo, a mesma coisa está acontecendo com o povo. Ninguém está pensando em derrota. Afinal, ninguém esqueceu que já perdemos uma final de Copa, com o Uruguai, em pleno Maracanã lotado e vibrante. Um fato que até hoje é considerado a maior tragédia da história do futebol brasileiro. E eu nem me lembro quem era o técnico.
Mas Felipão está sorrindo no jornal, como se tivesse tirado na Mega Sena. Sorrindo à toa. E eu me colocando no lugar dele, fico pensando: só em aceitar ser técnico da Seleção mostrou que é um homem de peito. Agora é dizer para ele, num cochicho: se o Brasil estiver perdendo, já nos minutos finais, não se esqueça de dizer consigo mesmo: ”pernas pra que te quero? ” E corra, meu amigo, corra que uma multidão desvairada estará correndo atrás de si... Por isso, como bem intitulei bem a crônica, estou com pena de Felipão...

A bro o jornal para matar minha curiosidade, que nada mais é do que o apetite do conhecimento. E o conhecimento é que faz a sabedor...


Abro o jornal para matar minha curiosidade, que nada mais é do que o apetite do conhecimento. E o conhecimento é que faz a sabedoria. Muitas notícias, muitas fotos. Notícias alegres e notícias tristes. Afinal, como dizia um meu irmão, o jornal é o mundo em forma de papel. Embora, meu filho Germano venha me dizendo que a janela para o mundo agora é o seu iPad...
Mas vamos à leitura. Em meio a tantas notícias, eis que vejo uma que me entristece. Não foi a prisão de José Dirceu (quem diria, um homem tão bem posto....) Não foi a vitória do Fluminense carioca, que tanto alegrou o amigo jornalista Abelardinho Jurema. Não foi a posse da desembargadora Fátima na presidência de nossa suprema corte de justiça. Não, leitor, foi a notícia da revitalização da ala infantil, que se tornou um excelente espaço para as crianças portadoras de câncer, internadas no Hospital Napoleão Laureano. Um ala cheia de brinquedos, bolas, bonecas, carrinhos, todas dessas coisas que alegram as crianças. Que as fazem esquecer a terrível doença que a levaram para aquele triste mundo, que é um hospital. Imagino elas sorrindo diante dos brinquedos, gritando de alegria.
Muito humanitária essa idéia deste projeto chamado “Casa da Criança”, que contou com a participação voluntária da arquiteta Sandra Moura e mais 45 colegas.
É preciso lembrar que a alegria, o bom ânimo, o entusiasmo pela vida, caracterizam o espírito infantil. Ninguém respeita mais a vida do que a criança. Daí Jesus, certa vez, ter dito: “Vinde a mim as criançinhas, pois delas é o Reino do Céu. Admirável simbolismo do Mestre. A criança é entusiasmo constante, e a palavra “entusiasmo”, etimologicamente, significa “Deus em nós ”.
As crianças cancerosas do Hospital Napoleão Laureano, agora dispõem de um espaço para brincar, sorrir, gritar, vibrar de entusiasmo diante os brinquedinhos à sua disposição, no novo espaço. Elas vão sorrir, não num jardim, não na área de lazer ou na varanda de um edifício luxuoso, mas num hospital. Estou ouvindo seus gritinhos de contentamento, esquecidas do terrível mal que as levaram para ali.
Bem aventurado aquele que teve tão humanitária idéia, que muito me comoveu. Decerto, o espírito do grande missionário paraibano, Napoleão Laureano está muito feliz.

Sites com visual simples, que vão direto ao ponto a que se propõem, costumam ser mais atrativos. O Pronunciator é assim. Escolha no menu o...


Sites com visual simples, que vão direto ao ponto a que se propõem, costumam ser mais atrativos. O Pronunciator é assim. Escolha no menu o idioma que você fala e a língua que quer aprender. Clique Ok e, assim, você terá acesso a uma infinidade de lições e exercícios para fixar o aprendizado no idioma escolhido.

L uz, mais luz! Assim pediu Goethe, em seu leito, poucos momentos antes de deixar este mundo. Ora, mas luz lembra o sol. Decerto, n...


Luz, mais luz! Assim pediu Goethe, em seu leito, poucos momentos antes de deixar este mundo. Ora, mas luz lembra o sol. Decerto, na sua Frankfurt, naquele momento em que o grande escritor se despedia da vida terrena, dominava um rigoroso e frio inverno.
A propósito de luz e sol, andei, agora mesmo, puxando, ao acaso, dois livros para reler, e os que me caem às mãos são: “A Parahyba e seus problemas”, do nosso José Américo; e “Caminhos cheios de sol” de Peryllo Doliveira, ambos merecendo uma reedição.
Enquanto Peryllo entoa um hino ao sol, José Américo, no seu livro, entre outros problemas, cita o da seca, que continua castigando o nosso sertão. Até parece que se trata de um problema sem solução. É muito triste ver nas fotos dos jornais o gado esquálido, morrendo de sede, os açudes secando, o sertão se acabando, se desertificando. Bem disse o nosso Euclides da Cunha que o sertanejo é antes de tudo um forte. Pois, apesar da seca que o ameaça, há muitos anos, ele não arreda o pé de sua terra, que virou brasa.
E, aqui para nós, falaram tanto na possibilidade de trazer as águas do São Francisco para minorar a seca nordestina, e pronto. A obra não sai do papel e o silêncio é absoluto. Mas, o que mais admiro é a resistência do sertanejo. O diabo é que eu gosto muito de sol, de luz, de calor. Gosto de sol e gosto de mar. Daí eu achar lindo o nome de uma certa pousada, que se chama “Solemar”.
Apesar de nascer num lugar frio como o de Alagoa Nova, sou um apaixonado pelo sol. E a chuva , cronista? Sim, também gosto dela. Ler com chuva, dormir com chuva, refletir e sonhar com chuva também é belo. No entanto, na minha infância, minha mãe estava sempre dizendo: ”Saia dessa chuva, menino”. Ela nunca disse: “Saia do sol”. O sol nos leva ao divertimento, a chuva à introspecção. Meu médico, outro dia, me recomendou: “todos precisamos tomar um pequeno banho de sol diário”. Ora, mas banho lembra água...
Minha Alaurinda, já disse, como violinista, que só suporta o sol da pauta. O outro sol ela só aguenta com muito creme no rosto.
Mas deixem-me me deliciar com este “Caminho cheio de sol”, do nosso Peryllo. Todavia, o bom mesmo foi o banho de sol que tome,i ainda há pouco, aqui no meu jardim.

Dizem que mentir é uma arte. Quem tem talento consegue firmar uma mentira sem causar a menor desconfiança no interlocutor.


Dizem que mentir é uma arte. Quem tem talento consegue firmar uma mentira sem causar a menor desconfiança no interlocutor.

Pinturas e desenhos feitos das formas mais variadas e nos lugares mais inusitados, como em um simples e minúsculo palito de fósforo, sempre...


Pinturas e desenhos feitos das formas mais variadas e nos lugares mais inusitados, como em um simples e minúsculo palito de fósforo, sempre impressionam. A inédita arte de Alexandre Farto, conhecido como Vhils, se inclui adequadamente nesse contexto.

A  poetisa Cecília Meireles, no seu poema “Leilão de Jardim”, pôs à venda o seu rico jardim, fonte permanente de suas inspirações. ...


poetisa Cecília Meireles, no seu poema “Leilão de Jardim”, pôs à venda o seu rico jardim, fonte permanente de suas inspirações. Não sei se alguém chegou a comprar o pequeno paraíso da poetiza. Poetiza, sim, e jamais “poeta”, como costumam chamar determinados críticos.
Mas vamos ao poema, que começa assim: “Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos?” E me vem a interrogação, por que diabo ela colocou à venda o seu jardim? Aqui, no edifício onde moro, há um jardim que, além de ser aguado, todos os dias, também recebe dos que passam pela calçada, um olhar de admiração, a começar pelas crianças, que chegam a puxar o braço das mães, chamando-as para a contemplação daquele recanto poético. Ah, leitor, como faz bem à alma dedicar alguns minutos a um jardim, a um bosque, a um mar, a um céu estrelado, a uma noite de luar! E nesse contemplar, muitos problemas são suavizados. Não esqueçamos que Jesus nos deu aquela lição para “olhar os lírios do campo”...
Nos poucos instantes que demoro o olhar no jardim de meu prédio, quantas coisas me maravilham. Ora vejam só aquela fila de formigas caminhando em direção de seu buraco residencial... Quanta ordem. Nenhuma se atreve a passar na frente da outra. As formigas, numa disciplina admirável, vão carregando, em silêncio, folhas que arrancaram de algum lugar. E fazem muito bem. Retiro o olhar daquelas admiráveis trabalhadoras, pois quem acaba de chegar ao cenário é a senhora lagartixa, que, vez por outra, balança a cabeça como a dizer na sua mudez: “Que beleza de espetáculo!” Mas o que encanta mesmo são estas borboletas no seu balé mudo. Como sabem beijar as flores e delas extrair o precioso suco. Os pássaros também participam daquele paraíso.
Mas o sol está esquentando muito, querendo também participar daquele momento poético e terapêutico. E as crianças que passam na calçada, puxando as mães pela saia, a dizer: “espie mãe. que beleza”. Mas a velha está com a cabeça tão cheia de problemas que só faz dizer ao filho curioso: ”Vem, menino, que já estou atrasada”.
Esquece que a pressa é inimiga da reflexão, da contemplação...

Em alguns idiomas estrangeiros, muitas situações ou características de uma pessoa (que necessitam de frases quilométricas para ser explicad...


Em alguns idiomas estrangeiros, muitas situações ou características de uma pessoa (que necessitam de frases quilométricas para ser explicadas em português) são resumidas em uma única palavra. Veja abaixo 5 desses termos simples, diretos e arrebatadores.

Leia essas frases e medite um pouco sobre o que você mesmo pode fazer para levantar sua auto-estima e levar a vida com serenidade e persev...



Leia essas frases e medite um pouco sobre o que você mesmo pode fazer para levantar sua auto-estima e levar a vida com serenidade e perseverança.