Na Teoria da História, a narrativa de Aristóteles e sua “Poética” está pronta para o embate ao lado dos poetas. O filósofo grego afirmava: “a poesia é mais filosófica e profunda que a história, pois, enquanto a história trata do que aconteceu, a poesia trata do que pode acontecer”.
O que você pensaria se eu dissesse que tudo o que sentimos, olhamos, cheiramos e tocamos é falso?
Todos fomos condicionados e doutrinados desde o início de nossas vidas, a acreditar que o mundo em que vivemos tem uma realidade material absoluta. Aprendemos a ver o mundo como algo externo, independente e autônomo, onde a realidade é concreta e objetiva, e nossos cérebros, sentimentos e ideias não interferem em nada no que acontece lá fora.
O livre-arbítrio é a capacidade de escolher nossas próprias ações sem sermos condicionados por causas externas ou coações. Ao menos esse é o conceito debatido em diversas áreas, como a filosofia, a religião, psicologia, ética e a ciência.
Já que a vida é uma condição de energia que busca energia, não deveremos sentir dor antes de tudo iniciar nem depois que ela passar.
Todas as adversidades, problemas e obstáculos que encontramos nos caminhos árduos de nossa estrada nos fortalecem. Um pontapé nos dentes pode ser a melhor
Morre lentamente quem não respeita seus sonhos latentes, coloridos e esfuziantes de intensa emoção, que podem ser frequentes. Quem não vira a mesa nem desiste da mesma vidinha insossa de ontem não vive a oportunidade de estar em outro lugar. Fica plantado por sua exclusiva decisão. Perde a chance de colher um fruto doce e glorioso, de comer uma bela refeição servida a quatro mãos, de gente que o ama.
Fé, dúvida, razão e religião. Nesta tetralogia, os quatro termos são simultaneamente complementares e antagônicos. A fé traz em si a incerteza que provém da dúvida, e desse modo fazemos da crença em Deus um desafio, utilizando também o cálculo racional para justificar o que permanece marcado pelo que ele ultrapassa.
Não se pode querer ser Deus. Ninguém é melhor que o outro na terra. Ou somente bom. Ou somente mal. Aceitar nossas humanidades é, ainda, o caminho correto para fazer melhor uso delas.
Cada um alcança a verdade que consegue suportar, caso saia vivo da empreitada em que se envolveu. Em certas situações, algumas habilidades guardadas mais ao fundo de nossa alma afloram porque recebemos agitação suficiente para transbordar determinadas atitudes. Esse instante sublime desencadeia pensamentos e oportunidades que até então achávamos não ser de interesse pessoal.
Algumas pessoas tem a capacidade de ler os outros sem que esses percebam que seus atos entregaram suas personalidades através do olhar dado ao afeto, ódio, medo, ou quem sabe, através de suas almas.
O filósofo Sócrates nos disse para ter cuidado com o vazio de uma vida ocupada. Para isso, recomendou que você não deve se preocupar com os outros, porque o mundo está cheio de outros.
Bem aventurados os corajosos de plantão que seguem incontidos na emoção de uma nova experiência lúdica ou fugaz, para suas vidas, restando-lhes apenas enfileirar uma delas, na vez, oportunizada pela insistência.
Na ausência de um momento saudável regado à saúde, família, amigos e um lar, desenhamos uma história com muitos instantes em um vazio criado para ser preenchido a partir das possibilidades mais secas. Alguns questionam: lutar para quê? Para tudo. Lutar pela vida ainda presente.
O espírito do tempo eventualmente demonstra uma apatia quando não tomamos as rédeas de nossas vidas. Aquela sensação de enxugar gelo, decorrente das escolhas estressantes e exaustivas, nos faz adoecer no lugar de sentir a real emoção saudável que uma vida deve proporcionar.
Há uma palavra em coreano in-yun, que quer dizer providência ou destino. Ela se refere especificamente a relacionamentos entre pessoas, que talvez venha do budismo e da reencarnação.
Há uma frase atribuída ao renomado psicanalista austríaco Sigmund Freud que diz o seguinte: "Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo". Embora sua autoria seja discutida — há quem sustente que a frase é da ensaísta canadense Lise Bourbeau —, é certo que a declaração atinge em cheio quem tem mania de fofocar.
Em cada época de nossa existência, sempre tentaram explicar o funcionamento do cérebro por meio de metáforas extraídas da tecnologia mais atualizada do momento. É famosa a descrição feita por Platão, que comparou a psique humana a uma biga puxada por dois cavalos: um deles representa a razão; o outro representa o desejo.
Os telefones celulares oferecem dopamina digital ao longo de 24 horas, 7 dias por semana, aos indivíduos conectados com seus interesses, apenas, e alheios ao que acontece ao seu redor. Vivemos em uma época de acesso sem precedentes a estímulos de alta recompensa e muita dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo e redes sociais.
A variedade e a potência desses estímulos são impressionantes. E todos somos vulneráveis ao consumo excessivo e à compulsão ao utilizar as redes sociais. E qualquer pessoa pode desenvolver um vício desses.
Na era moderna, é fácil perceber o problema. Sabemos muito bem que os celulares, a internet e as mídias digitais são drogas potentes cujas baterias podem ser recarregadas todas as noites.
As redes ativam os mesmos circuitos que as drogas tradicionais, como o álcool, a cocaína e os comprimidos sintéticos. Elas liberam dopamina (nosso neurotransmissor de prazer) no sistema de recompensa do cérebro.
Quanto mais dopa mais viciante é a experiência. E a consequência disso é o que chamamos de custos irrecuperáveis de tempo, saúde, dinheiro... uma lista amarga que surpreende os especialistas à busca de soluções.
A doutora Anna Lembke, psiquiatra e professora da Escola de Medicina da Universidade Stanford, em seu livro Nação dopamina, explora as novas e empolgantes descobertas científicas que explicam porque a procura incansável do prazer gera mais sofrimento do que felicidade. Ela mostra que o caminho para manter a dopa sob controle é encontrar contentamento nas pequenas coisas e buscar conexão com as pessoas queridas.
Como prova disso, Dra. Anna compartilhou diversas experiências vividas por seus pacientes, em trechos que são histórias fascinantes de sofrimento e redenção. Os relatos trazem esperança de que é possível transformar nossas vidas e encontrar o segredo do equilíbrio, combinando a ciência do desejo com a sabedoria da recuperação.
"Navios não afundam por causa da água que está no seu entorno, mas sim como consequência de quem os maneja mal". Não é sobre o que os outros dizem sobre nós que insistimos em respirar. É sobre sonhos, os nossos, aqueles que acreditamos serem possíveis de realizar na vida real, e compartilhar com alguém que tenha as mesmas aspirações.
Quem gosta de viver com a sombra dos outros é o cacau, cultivado em regiões com temperaturas superiores a 21 °C. O clima frio prejudica a qualidade das sementes. Por isso o plantio é recomendado em regiões mais úmidas e quentes. O cacaueiro necessita de arborização para ficar protegido dos raios solares. Seu brilho e sua vida dependem muito da sombra que o protege.
O ressentimento nasce na culpa que o indivíduo cria, em detrimento de algo que alguém pretensiosamente provocou para chegar em sua condição atual inaceitável. O mais difícil é entender o motivo pelo qual isso não passa. A versão provável desse drama é a de que a queixa se mantém porque a pessoa terá que assumir que foi ela quem fracassou em algum momento, e não os outros que provocaram o problema.