Quando o vento é o maestro, Faz valer a sinfonia, E tudo é pura beleza, E tudo é pura poesia: As folhas se entrelaçando, As...
Quando o vento é o maestro
Poemas em cenas de Agosto Agosto voltou, Com mar distraído. Coqueiros dançando, O verde provido. O céu emplumado, Em belo ve...
Poemas em cenas de Agosto
Agosto voltou, Com mar distraído. Coqueiros dançando, O verde provido. O céu emplumado, Em belo vestido.
ESSÊNCIA FEMININA No mês de junho, em Campina, Em arretado forró, No bairro Bodocongó, Vi a essência feminina. Coisa l...
Coisa linda, nordestina
No mês de junho, em Campina, Em arretado forró, No bairro Bodocongó, Vi a essência feminina. Coisa linda, cristalina, Conquistou meu coração, Me pegou de supetão, Com vestido todo em flor: Encontrei o meu amor, Numa noite de São João.
O MEU MOTE Ele vem devagarinho, Se aloja dentro de mim. É uma inspiração sem fim, É o cantar de um passarinho. Se achega...
Poemas de Abril
Ele vem devagarinho, Se aloja dentro de mim. É uma inspiração sem fim, É o cantar de um passarinho. Se achega que nem carinho, _ E me trata com respeito _ O seu cortejar aceito, Num mês de do outono chuvoso:
MULHER, PRIMAVERA TODO DIA Se inspirado eu estivesse, o que diria? Quanto de afeto num poema escreveria? Que o meu olha...
Mulher, primavera todo dia
Se inspirado eu estivesse, o que diria? Quanto de afeto num poema escreveria? Que o meu olhar, ao vê-la, se enternece, E a natureza, no seu dia, resplandece?! Creio que moldaria uma escultura, Mesmo sendo poeta, e não escultor; Buscaria extrair a beleza e a doçura,
MEDITANDO Encontro-me pensando no passado... Minh’alma, flor rebelde, sem desgosto... Sorrisos abundavam no meu ro...
Sonetos para Fevereiro
Encontro-me pensando no passado... Minh’alma, flor rebelde, sem desgosto... Sorrisos abundavam no meu rosto... Um tempo frutuoso e desvairado. Hoje as dores encobertas que eu sinto... São fissuras que sangram ferimentos... São páginas rasgadas, são lamentos... Veredas tortuosas, labirinto.
QUANDO EU MORRER Quando eu morrer, não me enterrem em cova rasa - dispenso o canto dessa casa -. Não me deixem só no c...
Quando eu morrer, joguem ao vento pétalas de flores
Quando eu morrer, não me enterrem em cova rasa - dispenso o canto dessa casa -. Não me deixem só no cemitério, nesse espaço lúgubre, deletério. Quando eu morrer, que o meu coração seja doado e bata forte no peito de algum enamorado. Que os meus olhos sirvam para alguém ver, o que, displicente, não pude perceber.
Em mim, solidão e liberdade andam de mãos dadas. Solidão com poesia: eis a melhor companhia. Todos os dias uma boa dose...
Solidão com poesia: eis a melhor companhia
Quando eu (flor) for arrancado do jardim, deixarei de ser flor. A noite é da lua, das estrelas, do bom vinho, da ce...
Quando eu for arrancado do jardim, deixarei de ser flor
Ambiente de Leitura Carlos Romero Nobre espaço de escritores, de escritoras e contistas, de poetas e cronistas, grandes...
Nobre espaço de escritores
Nobre espaço de escritores, de escritoras e contistas, de poetas e cronistas, grandes mestres, professores. Universo em que os valores, desabrocham com ternura, enaltecendo a cultura, com amor e muito esmero, patrono é Carlos Romero, Ambiente de Leitura.
FADO Vou compor um doce fado, na taverna da Alfama, e com um verso que inflama, vou pedir, enamorado: Deixe eu ser...
Doce fado na taverna da Alfama
Vou compor um doce fado, na taverna da Alfama, e com um verso que inflama, vou pedir, enamorado: Deixe eu ser teu namorado, na manhã, linda e sonhada? Só estou, na encruzilhada, surja em mim, como quem flerta! Seja o sol que me desperta, venha ser a minha amada!
VIDA Meu poema é liberdade, é cheio de inspiração. Colhido no coração, me tira a passividade. Expressa a minha saudad...
No Sanhauá escrevi
Meu poema é liberdade, é cheio de inspiração. Colhido no coração, me tira a passividade. Expressa a minha saudade, faz o peito latejar, não é fácil epigrafar. Meu poema é sem medida, eu vou chamá-lo de vida, para Aninha se encantar.
POESIA Dela somos dependentes. Dissecamos a poesia. Hermenêutica magia Das estradas convergentes. Dois poetas, complacen...
Vou subir velhas montanhas
Dela somos dependentes. Dissecamos a poesia. Hermenêutica magia Das estradas convergentes. Dois poetas, complacentes, _E esta dama prazerosa_, A flor da terra, formosa, Que nos beija, induz, fustiga, Nos botecos, nobre amiga, Na boemia dadivosa.
DESPEDIDA... OU ATÉ BREVE? Levanto a mão e dou adeus em despedida... Escondo os olhos para ocultar a lágrima teimosa. C...
Despedida... ou até breve?
Levanto a mão e dou adeus em despedida... Escondo os olhos para ocultar a lágrima teimosa. Chegou o momento em que preciso decidir a minha vida e, espero, que não seja uma decisão tão dolorida. Repenso o meu gesto, antes que seja tarde... Por que não trocar a despedida por um até breve? A vida é luta, não foi feita para os covardes, não vou deixar que a tristeza nos braços me carregue.
TRISTEZA NO OLHAR Quem me vê, assim, contente, Sorrindo por todo canto, Não percebe que o meu pranto, Habita em mim, aq...
É uma alegria ter meu verso recitado
Quem me vê, assim, contente, Sorrindo por todo canto, Não percebe que o meu pranto, Habita em mim, aquiescente. Sinto o que o coração sente, Preciso compartilhar, Escrever, desabrolhar, O meu verso é profundeza, E o meu olhar traz tristeza, Muita tristeza no olhar.
JARDIM DE AMORES O meu poema é litorâneo, Inspirado numa gamboa; Suave, contemporâneo, Um preito pra João Pessoa. ...
Jardim de Amores
O meu poema é litorâneo, Inspirado numa gamboa; Suave, contemporâneo, Um preito pra João Pessoa. Aldeia do Sanhauá, Nascida numa colina, Cartão postal pra se amar, Luz do Sol que fascina.
EM ESTADO DE POESIA Em estado de poesia, Ela deixa este poeta. É flor viçosa, discreta, No jardim da fantasia. Ela é...
Flor viçosa, discreta, no jardim da fantasia
Em estado de poesia, Ela deixa este poeta. É flor viçosa, discreta, No jardim da fantasia. Ela é forte, é melodia, Flutuante, é todo encanto, O seu colo é acalanto, Onde deito e me deleito: É poema no meu peito, Alegria e doce canto.
SUSSURROS DA NOITE Da minha janela eu vejo Solidão na rua escura Imagino a desventura De quem vive no despejo Aflora...
Sussurros da noite
Da minha janela eu vejo Solidão na rua escura Imagino a desventura De quem vive no despejo Aflora em mim o desejo De poder lhes dar ajuda Rogo a Deus que lhes acuda Livrando-os dessa aflição Quem presta mais atenção Vê que a noite não é muda.
GALOPE À BEIRA MAR I Um mundo de cores pra mim vem surgindo, Com Sol escaldante descendo a ladeira; Guardei a poesia ...
Galopes à beira-mar
Um mundo de cores pra mim vem surgindo, Com Sol escaldante descendo a ladeira; Guardei a poesia na minha algibeira, Formei, bem depressa, o poema mais lindo. Um verso, maneiro, surgiu me despindo, Chamei meu amor pra comigo nadar, A moça faceira me fez suspirar, O céu azulado se abriu de repente, E a moça bonita abraçou loucamente,