Fui arrumar os livros na minha biblioteca, esta manhã, e um deles achou de cair em minhas mãos. E que livro era? Um livro do meu amigo, Onildo Farias, hoje na Espiritualidade, decerto, dando lições aos anjos.
Disse bem, anjo. Excelente pai de família, não menos excelente esposo, o meu amigo Onildo, magistrado íntegro, foi um homem que só teve um defeito: Não tinha defeito.
Fui promotor de Areia e ele juiz de Alagoa Grande. A gente se dava muito bem. Onildo teve uma esposa dedicadíssima, a Terezinha, que o compreendeu como ninguém, Foi mãe, esposa e filha do nosso jamais esquecido Onildo. Sei que ele está muito mais vivo do que era.
Voltando à queda do livro, será que o meu grande amigo e mestre quis me visitar?... Estou com a pulga atrás da orelha. Meu pai, espírita até os ossos, dizia que quando uma pessoa fica pensando muito em outra é porque deseja sintonizar com ela.
Retornando a Onildo, nunca o vi zangado. Que me diz Terezinha? E depois que ele se aposentou, deu para escrever livros, que valem por excelentes documentários da vida.
No plano que estou, nada posso fazer para o meu excelente e incomparável, a não ser enviar-lhe as boas vibrações de uma oração.
Nunca indaguei sobre a religião de Onildo. Só sei que a verdadeira religião é a conduta da pessoa. Um ateu caridoso é melhor do que um religioso hipócrita.
Terezinha, esta crônica não é para você chorar, mas para dar aquelas belas risadas. Nunca mais esqueci daquela visita que fiz em sua casa. Uma visita terapêutica. E a presença de Onildo iluminava o ambiente...
E novamente a interrogação: Será que foi o espírito do meu amigo que esteve na minha biblioteca? Que ele repita a visita.
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fevereiro 28, 2016
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Agradável surpresa
julho 20, 2014
G ostei de me reencontrar com o meu amigo Wilson Farias, procurador, globe-trotter dos melhores, que já pisou muito chão estrangeiro pelo mu...
A maior lição do mestre
Gostei de me reencontrar com o meu amigo Wilson Farias, procurador, globe-trotter dos melhores, que já pisou muito chão estrangeiro pelo mundo afora, e de onde sempre me mandou belos cartões postais, hoje residindo em Copacabana. Mas, vez por outra, Wilson está aterrissando na terrinha para visitar os familiares e amigos, a começar pelo seu irmão desembargador Onildo Farias e a cunhada Terezinha, ambos formando o casal mais distinto e feliz do mundo.
Logo que recebi o seu telefonema, reservei o fim da tarde da última quinta-feira para lhe fazer uma visita. E foi uma grande alegria rever Wilson, agora ostentando, com muito orgulho, uma elegante cabeleira branca. Na ocasião, batemos um agradável papo, sob a carinhosa hospitalidade do casal anfitrião, a que não faltou um delicioso lanche.
Acontece que a alegria desse reencontro veio acompanhada de tristeza. Informou-me Wilson o recente falecimento do mestre Mauro Coelho, magistrado federal, ex-professor do velho Lyceu Paraibano, onde ensinava com muito humor, amor e cultura, a História do Brasil.
Mauro Coelho, se não estou equivocado, era tio do desembargador do trabalho, meu amigo e ex-colega Carlos Coelho, atual presidente da nossa Corte Trabalhista.
Voltando a Mauro, diante dele, tenho certeza que o filósofo grego Diógenes, que andava em plena luz do dia, de lanterna em punho, à procura de um homem honesto, apagaria e guardaria a sua lâmpada ao encontrá-lo. E diga-se de passagem que o nosso amigo Onildo, seu irmão, não fica atrás.
Feliz daquele que sai deste mundo levando consigo o céu da consciência tranquila, isenta de remorsos e ressentimentos. É o caso de Mauro Coelho, cuja vida foi um exemplo de dignidade e bom caráter, seja como magistrado, seja como chefe de família.
Lembro-me dele com muita fidelidade, um homem profundamente religioso. Seu espírito está em paz pela vida exemplar que levou, aqui no mundo. Uma vida que foi uma lição para todos nós.
Logo que recebi o seu telefonema, reservei o fim da tarde da última quinta-feira para lhe fazer uma visita. E foi uma grande alegria rever Wilson, agora ostentando, com muito orgulho, uma elegante cabeleira branca. Na ocasião, batemos um agradável papo, sob a carinhosa hospitalidade do casal anfitrião, a que não faltou um delicioso lanche.
Acontece que a alegria desse reencontro veio acompanhada de tristeza. Informou-me Wilson o recente falecimento do mestre Mauro Coelho, magistrado federal, ex-professor do velho Lyceu Paraibano, onde ensinava com muito humor, amor e cultura, a História do Brasil.
Mauro Coelho, se não estou equivocado, era tio do desembargador do trabalho, meu amigo e ex-colega Carlos Coelho, atual presidente da nossa Corte Trabalhista.
Voltando a Mauro, diante dele, tenho certeza que o filósofo grego Diógenes, que andava em plena luz do dia, de lanterna em punho, à procura de um homem honesto, apagaria e guardaria a sua lâmpada ao encontrá-lo. E diga-se de passagem que o nosso amigo Onildo, seu irmão, não fica atrás.
Feliz daquele que sai deste mundo levando consigo o céu da consciência tranquila, isenta de remorsos e ressentimentos. É o caso de Mauro Coelho, cuja vida foi um exemplo de dignidade e bom caráter, seja como magistrado, seja como chefe de família.
Lembro-me dele com muita fidelidade, um homem profundamente religioso. Seu espírito está em paz pela vida exemplar que levou, aqui no mundo. Uma vida que foi uma lição para todos nós.
julho 20, 2014
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