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* De José Nêumanne Pinto sobre seu amigo Vladimir Carvalho, em 24 de outubro de 2024, data de sua morte Carlos Aranha me apresentou ...

cinema brasileiro vladimir carvalho
* De José Nêumanne Pinto sobre seu amigo Vladimir Carvalho, em 24 de outubro de 2024, data de sua morte

Carlos Aranha me apresentou a Vladimir Carvalho no final dos anos 1960, quando dava com a ajuda de Manfredo Caldas cursos de cinema emprestados por João Córdula, diretor da Ancine em João Pessoa e tio do artista plástico Raul Córdula. Ele fazia parte da leva de cineastas paraibanos como Linduarte Noronha, cujo documentário, Aruanda, mereceu um capítulo inteiro da nossa bíblia cinéfila, Revisão Crítica do Cinema Brasileiro, de nosso ídolo-mor Glauber Rocha. Vladimir dizia que foi parceiro no filme, Linduarte negava. Sempre acreditei na versão de Vladimir. Sempre acreditei em Vladimir, conterrâneo do maestro Sivuca, de Itabaiana, sim, senhores.

Fui várias vezes a Caracas. Na primeira, em 1975, em entrevista para o Jornal do Brasil, do então presidente adeco (social democrata), ...

caracas venezuela
Fui várias vezes a Caracas. Na primeira, em 1975, em entrevista para o Jornal do Brasil, do então presidente adeco (social democrata), Carlos Andrés Pérez, colhi seu inesperado apoio ao acordo nuclear Brasil X Alemanha, combatido pelos ianques.

O CHAMADO CICLO REGIONALISTA DO NORDESTE Meu amigo Antônio Torres, sertanejo como eu e baiano como Jorge Amado, me contou, certa...

jose americo paraiba
O CHAMADO CICLO REGIONALISTA DO NORDESTE

Meu amigo Antônio Torres, sertanejo como eu e baiano como Jorge Amado, me contou, certa vez, que o autor de Gabriela, Cravo e Canela considerava José Américo o pai dos grandes romancistas de uma geração magnífica como a dele próprio. Com todo o devido respeito ao autor de A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água, sua mais brilhante novela, e ao de Querida Cidade, obra-prima de Seu Tonho do Junco, o grapiúna nosso rei é exatamente o melhor exemplo de que não existe uma literatura regional monofásica, como se pretende por aí. Itabuna e Ilhéus

A edição centenária especial da obra mais importante de José Américo de Almeida, A Paraíba e Seus Problemas , é algo que os antigos cha...

jose americo paraiba bagaceira
A edição centenária especial da obra mais importante de José Américo de Almeida, A Paraíba e Seus Problemas, é algo que os antigos chamariam de “oportunosa ensancha” para repor no lugar correto da memória literária brasileira um dos mais depreciados de seus pilares.

O Brasil é isso aí mesmo. Fernando Henrique Cardoso para João Moreira Salles       Para Rolando Boldrin O Brasil é...

poesia paraibana jose neumanne pinto
O Brasil é isso aí mesmo.
Fernando Henrique Cardoso
para João Moreira Salles


 
 
 
Para Rolando Boldrin O Brasil é isso aí: munganga de sagui, moqueca de siri, delícia de abacaxi e licor de pequi. O Brasil é isso mesmo: um índio a esmo, um negro forro, tutu com torresmo. O Brasil é isso: um enguiço, chouriço, espinho de ouriço,

O Anjo, porém, acrescentou: "Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz u...

poesia paraibana jose neumanne pinto
O Anjo, porém, acrescentou: "Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi" (Lucas 1:30-32)
 
 
 
Vieste dizer que vinha o Sol e veio o galo cantar três vezes só para negar o Menino; viajaste nas nuvens para que chovesse e uma tempestade de pó cobriu plantas, casas e animais com um manto seco e sinistro; carregaste bênçãos em teu bornal e a serpente da maldição

Nesta tentativa, certamente maçante para vocês, de refazer o itinerário lírico de minha turma na Campina Grande mítica dos anos 60, pe...

historia paraiba campina grande jose neumanne
Nesta tentativa, certamente maçante para vocês, de refazer o itinerário lírico de minha turma na Campina Grande mítica dos anos 60, pelas ruas poéticas de tantas cidades que povoam o mundo, eu, de uma certa forma, submeto-me, diante de todos vocês, que me honram com sua presença e com sua paciência, a uma verdadeira sessão psicanalítica. Como Octávio Paz no seu poema, falo de gente que existe, mas também de fantasmas, os fantasmas guardados no armário ancho de minha geração. O fantasma de John Lennon assassinado em frente ao edifício Dakota, em Nova Iorque. Mas também de uma energia, cuja pilha está aqui, escondida entre a pedra do reino da serra de Teixeira e a Itacoatiara do Ingá do Bacamarte. Esta usina, com água do açude velho, produz a luminosidade própria de uma estrela espantosa como Elba, como eu um sobrevivente desta cidade mítica dos anos 60, aqueles nos quais descobrimos o amor e o espanto.

“Dizes: “Eu vou para outras terras, eu vou para outro mar. Hão de existir outras cidades melhores do que esta. De todo o esforço feit...

campina grande paraiba jose neumanne
“Dizes: “Eu vou para outras terras, eu vou para outro mar. Hão de existir outras cidades melhores do que esta. De todo o esforço feito – estava escrito: nada resta e sepultado qual um morto eu tenho o coração. Até quando vai minha alma ficar nesta inação? Onde quer que eu olhe, para onde quer que eu volte a vista, a negra ruína de minha vida é o que se avista, eu que anos a fio cuidei de a estragar e dissipar”.