Descobri uma preciosidade. Pense num privilégio de desfrutar do convívio diário com o nosso ilustre escritor e político paraibano, José Américo de Almeida, durante a sua última década de vida. Muito mais que privilégio, isso foi uma honra para nosso renomado cardiologista Dr. Ítalo Kumamoto.
A meu ver, nenhum outro cantor entrou em cena, atravessou gerações, tornou-se "rei" e nunca perdeu a Majestade. Esse cara é Roberto Carlos.
Reconhecido mundialmente, ele é quase unanimidade, com seu carisma, emoções e detalhes. No auge dos seus bem vividos 83 anos, hoje conquista até a admiração dos descendentes de filhos e netos de seus fãs de outrora.
Ao abrir a janela, na bela manhã ensolarada de um sábado, me deparo com uma cena fantástica, que só a mãe-natureza é capaz de produzir. Num prédio em frente, lá estava um bando de pássaros partindo em revoada. Em poucos segundos retornaram. Mais uns minutinhos e repetiram a ação. E na busca de tentar entender, fui brindada com várias sessões.
Sábado, 17 de agosto de 2024, data que ficará marcada na história da Televisão, para não dizer no Brasil. O país amanheceu com a impactante notícia da morte de Sílvio Santos.
"O essencial é invisível aos olhos” Antoine Saint Exupéry
¨Ver bem não é ver tudo: é ver o que os outros não veem” José Américo de Almeida
Inicio essas linhas exaltando o pensamento desses dois grandiosos escritores que norteiam os passos do meu caminhar e inspiram o teor dos meus escritos. O francês Exupéry imortalizou a frase, no clássico universal O Pequeno Príncipe. O nosso nobre escritor paraibano José Américo é, igualmente, conhecido por sua magnífica dicção de lucidez e beleza.
Uma simples imagem, porém profunda, me atraiu desde criança, impactou positivamente minha mente, repercutiu por longos anos, fez uma pausa, e voltou com força total. É a figura de Nossa Senhora de Fátima, com três pastorinhos aos seus pés.
Passeando entre o mar e a colina verde de José Américo de Almeida, entre eles, encontro o senhor tempo decorrido e os bons frutos construídos entre os dois encantos. E assim, poucos metros separam as preciosidades, intercalados pela moradia do ilustre escritor.
Há momentos inesquecíveis em nossas vidas. Um deles aconteceu no dia 28 de março de 2002, às 23h40, quando fiquei frente a frente com Chico Xavier, em sua residência, onde tive um privilégio extra de ali me hospedar, com a amiga Lisle Lucena. Ela já desfrutava da amizade de Chico, há vários anos, e me convidou. Já ouvira falar da energia emanada por aquele ser de luz, mas a sensação sentida, ao vivo, é indescritível, tipo uma transfusão energética. Foi exatamente Lisle quem me proporcionou este presente especial.
A experiência tem me mostrado que é das adversidades que se pavimenta o caminho da regeneração, rumo ao progresso pleno. Em vários aspectos da vida. O tempo, ah o velho e atual tempo. Este é uma escalada, palmilhando e se renovando nas quatro estações físicas e no interior correspondentes de cada um de nós, como se fôra matérias escolares, integrando o elenco do nosso Currículo de vida.
No dia 5 de maio, o médium baiano, com projeção internacional, Divaldo Pereira Franco, completou 97 anos de vida e 77 de trabalho, em prol do bem. Raríssimas são as pessoas que chegam a este auge e, principalmente, com lucidez plena.
Para comemorar trinta anos de emancipação política, a cidade de Boa Vista (Cariri paraibano) presenteou a comunidade com o Núcleo de Atenção Integral à Saúde Mental (NAISM), uma referência na região. Na inauguração da sede, o ponto alto foi a série de depoimentos, por pessoas que tiveram suas vidas transformadas, a partir dos serviços implantados em janeiro/2017.
Fundação Casa de José Américo, 25 de março de 2024. Tudo pronto para a reabertura do Museu Casa, após oito meses fechado para reforma e retornando repaginado. A diretoria e servidores davam os últimos retoques e aguardavam a noite chegar para o momento apoteótico de conferir o visual revitalizado e receber autoridades e público. A Imprensa, por motivos óbvios, teve acesso antes, para divulgar. E, naquela tarde de Outono, como assessora de Comunicação Social da instituição, acompanhei os colegas de uma das TV's, no tour pela casa "nova", concluindo a visita na varanda.
A definição do Google diz, literalmente: 'autistas são crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante'.
De repente, me deparo com meu retrato em pintura (arte do artista plástico Gláucio Figueirêdo - 2002) e o observo com um novo olhar. Lá estou eu e, aos meus pés, com o fruto do amasso e modelação de minhas mãos na argila, delineando as formas e resultando em peças representativas de movimentos da minha alma: minhas cerâmicas.
Na próxima quinta-feira (26), pela manhã, irei autografar meus dois livros: "Encontro com Consciências - Diálogo da unidade com a diversidade" (2004) e "Infinito Amor: a Síntese da Vida" (2019), em stand, no pátio do estacionamento do centro administrativo estadual. O evento integra a programação da Semana do Servidor, promovida pela Secretaria de Estado da Administração.
Sento-me num dos bancos dos jardins da Fundação Casa de José Américo, repetindo o gesto de quando preciso meditar um pouco. Respiro, sentindo a brisa leve da praia, o cheirinho da Mata Atlântica e ainda recebendo a energia plena do ponto mais oriental das Américas, no bucólico e aprazível Cabo Branco. Não existiria cenário mais encantador, para acolher o patrono, nos últimos anos de sua jornada terrestre.
E eis o gatilho!! As últimas chuvas, no Cariri, acenderam minhas lembranças e instigaram minha alma...
O brilhante escritor José Américo de Almeida, minha inspiração como grande autor de frases impactantes, desperta minhas memórias afetivas e o meu particular museu imaginário, num processo de maturidade, que acessa as boas reminiscências. Cada frase de efeito reverbera na minha alma. "O que tem de acontecer tem muita força". Essa é uma das minhas preferidas.
Chegando o São João e minhas memórias retrocedem para 2013. Oh vida!! Cortes, ciclos, mudanças, guinadas, mas sobretudo aprendizados... Daqueles dias juninos, há a foto de um quarteto de mulheres, como marco de vida, que testemunha o bem-estar vivido e compartilhado em três dias. As personagens: minhas sobrinhas Adriana, Maria Eugênia, Carolina e eu. O cenário: Campina Grande (Maior São João do Mundo) e cidades adjacentes. Foram dias intensos, juntas, aproveitando cada momento, no "aqui, agora" daqueles instantes. Como curtimos e nos divertimos, longe de imaginarmos que toda apoteose da felicidade era, sobretudo, uma despedida.
Quando quinta-feira (3) chegar, completará 120 anos que nasceu, em berço paraibano, um ilustre escritor, que conquistou projeção além-continente, com obras traduzidas em diversos idiomas, inclusive o russo: José Lins do Rego. Considerado um autor eclético, qualquer aspecto que se pense é encontrado em sua obra, inclusive o ontológico e o sensualismo, além de narrativas que contemplam do erudito ao popular.
José Américo de Almeida é conhecido como admirável escritor e político, do século passado. Além de ser orgulho para o nosso Estado, ele povoa minha mente sob outro ângulo: intérprete da essência da Vida. A didática é simples e direta: suas brilhantes frases, exemplificadas por lições objetivas, se encontram revestidas de pura sensibilidade.