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O sol da manhã se derramou sobre a aldeia no norte da Itália. As casas simples, de pedra e madeira, respiravam quietude. Sophia atrav...

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O sol da manhã se derramou sobre a aldeia no norte da Itália. As casas simples, de pedra e madeira, respiravam quietude. Sophia atravessava a pequena praça com um cesto de remédios e lençóis. Tomás, ao longe, ajudava um vizinho a consertar o telhado. A filha Clara corria entre as oliveiras, leve, livre.

Inspirado na vida de Santa Clara Na vastidão das terras de Dom Henrique de Alencar, um homem próspero e obstinado, erguiam-se os ...

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Inspirado na vida de Santa Clara

Na vastidão das terras de Dom Henrique de Alencar, um homem próspero e obstinado, erguiam-se os muros imponentes de uma casa onde duas jovens, belas como o alvorecer, viviam sob a vigília de um destino já traçado. Verônica, a primogênita, tinha olhos que pareciam conter o próprio céu, mas neles brilhava uma luz que seu pai jamais compreendia: a devoção por uma vida de renúncia, fé e espiritualidade. Sua irmã, Sophia, embora fosse religiosa, amava o riso e os pequenos prazeres da vida, além de possuir um coração que ansiava por liberdade.

O dia estava cinzento, nuvens espessas encobriam o céu. O navio Beagle deslizava pelo oceano, carregando provisões, mapas e pensamento...

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O dia estava cinzento, nuvens espessas encobriam o céu. O navio Beagle deslizava pelo oceano, carregando provisões, mapas e pensamentos inquietos. Charles Darwin observava o horizonte. Ao seu lado, estavam o capitão Robert FitzRoy, metódico e analítico, e o geólogo Adam Sedgwick, de espírito contemplativo.

O que faz alguém verdadeiramente feliz? Elias se perguntava desde pequeno. Sentia-se como um pássaro em uma gaiola — seguro, mas limit...

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O que faz alguém verdadeiramente feliz? Elias se perguntava desde pequeno. Sentia-se como um pássaro em uma gaiola — seguro, mas limitado. A vida em sua cidade era monótona, os dias previsíveis, as noites silenciosas. Todos pareciam conformados, mas ele queria mais. "Será que é só isso?", perguntava-se enquanto observava o céu. Estudou filósofos e pensadores, ciência e astronomia. Sem respostas, decidiu partir. Precisava encontrar o segredo da felicidade.

Trinta de janeiro já passou. É o dia internacional da saudade, um sentimento que traz de volta, em lembrança, o que, na verdade, não ...

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Trinta de janeiro já passou. É o dia internacional da saudade, um sentimento que traz de volta, em lembrança, o que, na verdade, não queria ir. A saudade é justamente esse "perto" que insiste em ficar, mesmo quando tudo parece distante.

Dona Zefinha é uma idosa que vive num sítio há muitos anos. A casa fica às margens de uma estrada; da janela da sala ela vê o movimento de...

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Dona Zefinha é uma idosa que vive num sítio há muitos anos. A casa fica às margens de uma estrada; da janela da sala ela vê o movimento de veículos e pessoas, de outra, que fica no quarto de dormir, avista boa parte da pequena propriedade. O mato está verde, o plantio cresce viçoso, mas o barreiro ainda não juntou água.

Meu avô materno estava morrendo, e reuniu os filhos para se despedir. Com a voz debilitada, perguntou: “Vocês sabem onde fica o rio Pó?” ...

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Meu avô materno estava morrendo, e reuniu os filhos para se despedir. Com a voz debilitada, perguntou: “Vocês sabem onde fica o rio Pó?”

Nenhum sabia onde ficava o rio Pó.

Nos anos de 1940, Cuité era um lugar mais conhecido por serra de Cuité ou lagoa de Cuité. Não tinha energia elétrica nem estrada, e as comunicações eram muito precárias. As notícias da Segunda Guerra eram anunciadas através do rádio e do Diário de Pernambuco.

Meu nome é Luiz e estou viajando há meia semana através de terras hostis, quase desertas. Não estou sozinho. Tenho a companhia de Augusto....

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Meu nome é Luiz e estou viajando há meia semana através de terras hostis, quase desertas. Não estou sozinho. Tenho a companhia de Augusto. Aos poucos vamos deixando a civilização para trás, e vemos poucas pessoas, quase nenhuma moradia. A vida sem homens se torna silenciosa. Em certas ocasiões sentimos paz no silêncio; noutras, solidão e medo. Mas o medo se desfaz quando se tem objetivos. Precisávamos chegar, e foi para isso que viemos!

COMO MUDEI MINHA VIDA Você não pode acreditar só em Deus, você não pode acreditar só em você, precisa acreditar em Deus e em você. É o...

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COMO MUDEI MINHA VIDA

Você não pode acreditar só em Deus, você não pode acreditar só em você, precisa acreditar em Deus e em você. É o que Ele quer e espera. Veio o acidente e minha vida capotou, e foi tudo junto: sonhos, adolescência, todas as expectativas.

E quando você acha que está tudo perdido, você para e começa a pensar. E o que você precisa fazer?

Um rapaz andou dezenas de quilômetros para encontrar um mestre muito respeitado em sua aldeia por sua destacada sabedoria. Quando ali chego...

Um rapaz andou dezenas de quilômetros para encontrar um mestre muito respeitado em sua aldeia por sua destacada sabedoria. Quando ali chegou o mestre estava no centro de uma pequena multidão que, silenciosa e atentamente, ouvia seus ensinamentos. O rapaz se aproximou e, como os demais, passou a ouvi-lo. O mestre disse:

Ela tinha marcas no corpo e na alma, e estava decidida a mudar. Foi assim que Helena – ela me pediu para não revelar seu nome verdadeir...

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Ela tinha marcas no corpo e na alma, e estava decidida a mudar. Foi assim que Helena – ela me pediu para não revelar seu nome verdadeiro - iniciou a jornada rumo a uma grande transformação em sua vida. Ela não precisava de ajuda de ninguém pois, para ela, naquele momento a ajuda estava dentro dela, não fora. Ela precisava se redescobrir, descobrir uma nova versão de si mesma. Essa versão estava em seu interior, adormecida, pronta para ser despertada, explorada e vivida.

Eu sou o que penso, e não o que quero. O pensar leva ao querer, é o querer quem provoca a ação. Ação sem querer é o mesmo que fazer sem vo...

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Eu sou o que penso, e não o que quero. O pensar leva ao querer, é o querer quem provoca a ação. Ação sem querer é o mesmo que fazer sem vontade. Não existe caminho distante, o distante é o caminho sem propósito. Se penso, existo, se não penso não vou além de um organismo que permanece vivo, impulsionado por um coração que bate indiferente à minha vontade. Portanto, cuidado com o que pensa e deseja.

Eu ouvi um grito, um ruído de pneus riscando o asfalto, vi uma bola atravessando a estrada. Olhei para um lado assustado, meu espanto se r...

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Eu ouvi um grito, um ruído de pneus riscando o asfalto, vi uma bola atravessando a estrada. Olhei para um lado assustado, meu espanto se refletiu no espelho, mais assustado do que eu era o rosto de um menino que, poucos metros dali, mirava para debaixo do carro.

Aconteceu perto de casa, essa semana, quando eu voltava de viagem. Eu vinha desligado, pensando no mundo frenético, grande e fascinante que é lá fora.

Sempre que ouço Avôrai, uma das mais belas canções de Zé Ramalho, que fala do seu avô, um tipo bonachão e ao mesmo tempo árido como a terr...

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Sempre que ouço Avôrai, uma das mais belas canções de Zé Ramalho, que fala do seu avô, um tipo bonachão e ao mesmo tempo árido como a terra do agreste, vem à lembrança mestre Horácio. Como Avôrai, Horácio era um velho de botas longas, barba longa e branca, e alforje de caçador. Morava numa casa simples de duas águas, num cabeço de serra cercado por mato denso, cortado por caminho de pedras, serpenteado, difícil de subir.

Ritinha surgiu na sala, de repente. Ao ver Luizinho, espantou-se. E não entrou. Surpreendida, quis fugir mas limitou-se a observá-lo. O c...

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Ritinha surgiu na sala, de repente. Ao ver Luizinho, espantou-se. E não entrou. Surpreendida, quis fugir mas limitou-se a observá-lo. O coração disparou, o de Luizinho também. Ela encostou-se na moldura da porta e deixou-se ficar. Em coisa de instante o vento morno da tarde formou um pequeno redemoinho e varreu tudo em volta. O alpendre ficou cheio de folhas e poeira, as coxas de Ritinha completamente nuas. Em vez de prender o vestido com as mãos, ela ergueu os braços e entrançou os cabelos jogando-os para um lado, sobre o ombro, um meio de esconder os seios firmes que sobravam no decote, talvez tivesse mesmo essa intenção, talvez o fosse para acentuá-los, como ficou mais evidente.

Eu tinha dezesseis anos de idade, e isso já faz muito tempo, quando me mudei com minha mãe para Brasília. Meu destino era o hospital Sar...

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Eu tinha dezesseis anos de idade, e isso já faz muito tempo, quando me mudei com minha mãe para Brasília. Meu destino era o hospital Sarah Kubitschek, um projeto de reabilitação inovador, dirigido por Dr. Campos da Paz, que tive o privilégio de conhecer.

O Sarah nascera como referência em reabilitação e reunia destacada equipe interprofissional, além de técnicas e equipamentos empregados com grande sucesso na Europa e Estados Unidos.

O menino se chamava Bem-te-vi e só estivera na escola ano e meio, depois não foi mais. Também a mãe não fazia questão, preferia que ficass...

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O menino se chamava Bem-te-vi e só estivera na escola ano e meio, depois não foi mais. Também a mãe não fazia questão, preferia que ficasse pela praia na travessia da balsa onde conseguia umas moedas, ou ajudando os pescadores na volta do mar, ou na cata de tainha na pesca de arrasto.

Em certa época do ano os barcos regressavam vazios, e não tinha lanço porque a tainha não vinha e também quase não havia ninguém para atravessar o rio. No entanto, ainda havia os jangadeiros que saíam pela madrugada.

Bem-te-vi avistou as jangadas chegando, correu para ajudar com os cepos e empurrar a embarcação para terra firme. Semana boa não precisava ir longe,

Ontem eu saí para ver a rua. Estava deserta e silenciosa. Uma mancha prateada no céu dizia que a lua estava lá. As nuvens esvoaçavam lembr...

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Ontem eu saí para ver a rua. Estava deserta e silenciosa. Uma mancha prateada no céu dizia que a lua estava lá. As nuvens esvoaçavam lembrando páginas de um livro que pareciam contar histórias de um passado distante.

Veio uma brisa fria com cheiro de chuva. E como numa espécie de encanto ouvi uma nuvem dizer:

“Se você quiser posso contar uma história?! “

Então ela começou a contar...

Cuité, julho de 1974.

Luizinho tem 10 anos, completou faz seis meses, perto do Natal. Como acontecia todas as manhãs, no dia do seu aniversário um beijo doce d...

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Luizinho tem 10 anos, completou faz seis meses, perto do Natal. Como acontecia todas as manhãs, no dia do seu aniversário um beijo doce de mãe o acordou cedo, chamando para as aulas remotas dos tempos de pandemia. Estava em cima da hora. Comeu um pão com manteiga e tomou leite achocolatado enquanto conectava o celular e se debruçava na mesa cheia de material escolar.

Alexandra caminhou sentindo os pés descalços tocarem a água espumosa que morria mansamente na praia. Antes, e isso não fazia muito tempo, ...

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Alexandra caminhou sentindo os pés descalços tocarem a água espumosa que morria mansamente na praia. Antes, e isso não fazia muito tempo, essa sensação lhe dava muito prazer. Adorava ver as ondas espocando contra as pedras, o sol caindo no horizonte e as palhoças dos pescadores.