Se você frequentou na juventude bares ou restaurantes, com certeza deve ter ouvido falar ou até mesmo presenciou a atuação de um tipo fantástico; aquele amigo que sentava à mesa onde bebia-se geralmente Rum com Coca. Ao final da noite ele sempre se esquivava de participar do famoso racha da conta.
Vou relacionar aqui algumas técnicas usadas em situações absolutamente reais onde esses artistas desempenhavam com maestria essa admirável arte.
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Ainda nessa área havia um derivativo; o cara que cinco minutos antes da conta chegar inventava uma discussão, preferencialmente com o garçom e ia embora muuuuito ofendido, obviamente sem pagar a conta, né?
Um ator desse teatro de xexeiros que era mais sutil mostrava-se constrangido quando a conta era apresentada ao grupo porque sempre esquecia a carteira em casa.
Para mim, porém, o rei dos xexeiros sempre foi um amigo querido com quem durante muito tempo almoçamos em mesas geralmente frequentadas por dez, doze pessoas. Ele sempre pedia a conta ao garçom ao final da refeição e muito
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Por muito tempo nos fez esse favor prestando um serviço chato, conferindo cada item consumido. Só que numa determinada ocasião um gerente de banco participou do ágape e levava no bolso sua calculadora HP. Sem que notassem, simulou uma ida ao banheiro e conseguiu com o maitre do restaurante a cópia da nota das despesas. Fez e refez os cálculos sem acreditar no que descobrira. Porém como era malandro escolado não disse nada. No dia seguinte voltou ao almoço do nosso grupo e novamente repetiu a conferência da conta sem ser notado. Eureca!
Dava-se que o “tesoureiro” fazia a divisão de tal modo que não somente diluía sua parte na despesa pelas diversas contas dos outros como ainda...saia com um troco bem razoável.
Continuou com a prática em seus negócios e hoje é milionário.