A Ressurreição de Jesus foi a prova cabal e definitiva da imortalidade da alma, para uma humanidade até então descrente, indiferente ou desinteressada da Eternidade. Não foi algo oculto. Houve testemunhas.
Depois de sua Ressurreição, Jesus apareceu a várias pessoas em diferentes ocasiões, como registrado nos Evangelhos e nas cartas do Novo Testamento. A primeira a revê-lo foi Maria Madalena, sozinha, diante do túmulo vazio.
Harold Copping (1910)
Mais tarde, à beira do mar da Galileia, Jesus apareceu a sete discípulos: Pedro, Tomé, Natanael, Tiago e João, e mais dois que não foram nomeados.
A maior aparição registrada após a Ressurreição foi a uma multidão de mais de quinhentas pessoas ao mesmo tempo, também na Galiléia, segundo Paulo na Primeira Carta aos Coríntios, Capítulo 15, versículo 6. Embora os Evangelhos não relatem diretamente esse episódio, entende-se que ocorreu após a Páscoa, em um momento de reunião dos discípulos, e antes da Ascensão.
Apóstolos Pedro e João diante da aparição de Cristo Eugène Burnand (1898)
Essas aparições mostram não apenas a confirmação da vida após a morte, mas também a demonstração pública de sua sobrevivência à morte.
Antes do martírio de Jesus, no episódio da ressurreição de Lázaro, houve um esforço das autoridades religiosas para impedir o conhecimento e divulgação
Rembrandt (1632)
A própria Ressurreição de Jesus, então, representava um risco ainda maior. Por isso, houve esforços intensos para negar e ocultar o fato, como narrado em Mateus 28:11-15, onde os soldados que guardavam o túmulo foram subornados pelos sacerdotes para dizerem que os discípulos roubaram o corpo de Jesus, numa tentativa de abafar o ocorrido, acompanhada por perseguições implacáveis contra as testemunhas pública do fato.
Tanto no caso de Lázaro quanto no de Jesus percebemos a reação violenta das autoridades, movida pelo medo de perder o controle religioso e político diante da força da verdade espiritual revelada.
A Páscoa, portanto, é a celebração da vitória definitiva da vida sobre a morte e todos os seus instrumentos. É a afirmação da imortalidade da alma humana. A ressurreição de Jesus, acontecimento central desta data, não é apenas um marco da fé cristã, mas a revelação profunda de que a vida espiritual continua além da morte do corpo físico.
A Ressurreição Sebastiano Ricci (1715)
A Páscoa marca a vitória do espírito sobre a matéria. É a esperança que se concretiza, demonstrando que a vida continua após a morte e proclamando, para todos os tempos, que o espírito sobrevive e reencontra o amor, pois a morte não é o fim, mas somente uma passagem...