Começa o ocaso E o céu vibra em cores O Sol se recolhe E a noite se anuncia Nos homens O desejo do descanso E as estre...

Como feliz deve ser o pássaro que voa

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
Começa o ocaso E o céu vibra em cores O Sol se recolhe E a noite se anuncia Nos homens O desejo do descanso E as estrelas já se apressam Em aparecer Nos travesseiros Preces Angústias Prazeres Por fim o sono E o mergulho (É Morfeu Na noite plena) Gozos ou horrores Destinos Premonições Sonhos Mas de repente o galo canta A barra já se ergue E o nascente se ilumina É o mesmo sol apagando a madrugada



Para Germano Romero, por sua delicadeza e sapiência.
É bom ser feliz No raio primeiro Do sol No Lilás do ocaso Na cor da blusa Da menina Ou do menino Que amo... É bom ser feliz Como feliz Deve ser o pássaro Que voa A mão que acena Num adeus Que abençoa É bom ser feliz E fazer contagiar Como as grandes febres Depositar nos vales Os cabides do arco-íris E pendurar neles todos os amores.



É certo que o certo não há Nem nos astros da noite Nem nas estrelas do mar A verdade A vereda que leva A vontade O tempo definido A prata que ocupa A honra que encerra É certo que tudo Se transfigura E nos arrasta para um novo voo Mas é certo também Que o ser racha e vaza Dores, flores, fontes d'água Amores... Certo, sim, é amar Florir o mundo de cores Com mão de liberdade O coração de alegria E um certo trem de Veloso... O certo é ser Deixar os outros serem E viver feliz!



Nada haverá Depois do último Suspiro E ele há de vir Antes À luz do saber As cores E os sinais Eles determinarão As formas da vida As esquinas O tempo E a temperatura das coisas Na tempestade O Templo também Será devastado e Voarão os Deuses de gesso E as almas de flandres Mas os amores de verdade Resistiram às intempéries E flutuarão leves Como as pétalas Ao sol a se abrir Cores belas Grãos de areias Cantos para os Anjos A lua vista de uma cancela: Eu retiro o chapéu e choro de alegria

COMENTE, VIA FACEBOOK
COMENTE, VIA GOOGLE

leia também