Que se ergam das colinas Os vulcões E que varram com seu vômito As civilizações Aos seus pés As colunas de fumo A amea...

Que se ergam das colinas os vulcões

poesia paraibana aurelio cassiano vulcao

Que se ergam das colinas Os vulcões E que varram com seu vômito As civilizações Aos seus pés As colunas de fumo A ameaça A dor da devastação Os gritos e alaridos Na consumação Quanto clamor aos deuses Em busca de salvação Mas nada dá certo Nenhum Deus atende E tudo jaz sob cinzas Os homens e seus impérios Torram Viram pedras Registros de pó Como escrita em carbono Deus agora é castigo "E não há mais nada Negro amor" Pegue sim Sua esperança e vá dando o fora Era uma linda comunidade De formigas Alojadas num lindo jardim Para elas somente comida Para o Deus dono invasão Foi assim Que uma mangueira de jardim Virou sentença de morte Na mão dos Deuses Cheios de Deus Sem saber da dor das formigas Não tenham medo Formigas Nós humanos também Somos precários Como vocês



O Velho Cachorro Negro Voltou a comer na minha casa Chegou dono e sensível Pediu comida e. água Deitou sob minha rede E não prescindiu de afago Depois partiu A porteira estava aberta Ele é lindo e amável Olhou pra mim e seus olhos ficaram Ficaram nos meus Amantes das madrugadas Ele não tem nome Mas é o Rei das esquinas Mora na noite e no meu coração Ele sou e na noite Pois que seja nua a noite Para nós Ele Deus das encruzilhadas E eu encruzilhada e ele Se me desejares para socorro Chamas Exu que ama brincar Esse sou O que passa e auxilia Como a luz do sol Auxilia enxergar Eu sou Baraô Exu O quase nunca se revela



Fui longe Na noite de ontem Buscar um chapéu de Massa Não a Massa de humanos Das que conhecemos mas Era um chapéu (preto) Ele cobria meu pai Sobre o seu cavalo E através da lua cheia De casa eu via um homem Sobre o seu cavalo Silhueta através da Lua cheia E ele se movia como num filme De faroeste americano Só lhe faltava uma capa negra Meu pai Sobre a Lua E sob ele a cerca de madeira Sobre a cerca os pés de Pereiro A lua O homem dentro da luz E eu na calçada, entre berduelgas Flores da tarde Jardim Era meu pai voltando do Poço Em seu Alazão Branco Sobre a lua cheia No horizonte do Deserto E eu, com meus dois longos anos Ao vê-lo chegar em casa Lá no Sítio Deserto Lugar que vivi os primeiros dias De memórias poucas Mas ricas...



O que não sei Alumbra outra mente E eu em busca Não quero outra mente Só o alumbramento Que lhe urge e serve Abrir sons Viagens no tempo Trocar demências Quisera eu Djavan E também faria um disco Onde cuidaria do pé de milho Alumbrae Prata noturna Lua de carmim E um jardim Cheio de praças Bancos e saudades Por fim um trem de Tom Waits "A train Just takes me away from here But this train can't bring me home!" De resto a lua Que flutua no céu dos esquecidos Só o Mar a vê e ama

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  1. Anônimo8/3/25 12:14

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