O que faz alguém verdadeiramente feliz? Elias se perguntava desde pequeno. Sentia-se como um pássaro em uma gaiola — seguro, mas limitado. A vida em sua cidade era monótona, os dias previsíveis, as noites silenciosas. Todos pareciam conformados, mas ele queria mais. "Será que é só isso?", perguntava-se enquanto observava o céu. Estudou filósofos e pensadores, ciência e astronomia. Sem respostas, decidiu partir. Precisava encontrar o segredo da felicidade.
O Caminho dos Quatro Sábios
Primeira Parada: O Filósofo da Vontade
Primeira Parada: O Filósofo da Vontade
GD'Art
— A felicidade? — ele riu. — Você não a encontra, você a cria. Supere seus limites, imponha sua vontade ao mundo! Só os fortes moldam o próprio destino.
Elias sentiu um arrepio na espinha. Perguntou: “Nietzsche?” O homem apenas sorriu. Elias o olhou por alguns segundos, sacudiu a cabeça. Agradeceu e partiu novamente.
Era uma ideia poderosa, mas será que apenas força bastava? Nietzsche acreditava que a felicidade não era um estado passivo, mas algo a ser conquistado pela afirmação da própria existência. Elias queria mais do que apenas superar limites, por isso seguiu em frente.
Segunda Parada:
O Imperador do Presente
O Imperador do Presente
Depois de muito tempo, chegou na cidade grande, onde encontrou um governante respeitado, que o recebeu em meio a grandes colunas de mármore.
GD'Art
— Jovem, pare de olhar para trás ou para frente. A felicidade está aqui, agora. Se estiver sempre esperando algo, jamais a encontrará. Viva o momento, pois o passado já se foi e o futuro ainda não chegou.
Elias estava tão emocionado que mal se mantinha em pé. "Meu Deus, estou diante de Marco Aurélio!? Ele é o mais sábio dos imperadores, pois fala com a firmeza de quem já enfrentou batalhas, com a serenidade de quem aprendeu a governar a si mesmo."
Elias concordou, mas sentia que a resposta ainda não estava completa. E assim, continuou sua busca.
Terceira Parada:
O Filósofo Estoico
O Filósofo Estoico
Semanas depois, o tempo mudou e começou a esfriar. Nas montanhas cobertas de neve, encontrou um homem solitário, que observava a vastidão da planície.
GD'Art
— A felicidade está dentro de você, jovem. — disse o sábio, sem desviar os olhos do horizonte. — O que acontece ao seu redor não importa. Aceite o que não pode mudar e fortaleça seu espírito.
— Então basta aceitar tudo? — Elias franziu a testa.
— Aceitar o que é inevitável e mudar o que está ao seu alcance. Assim, não será escravo das emoções.
— Então basta aceitar tudo? — Elias franziu a testa.
— Aceitar o que é inevitável e mudar o que está ao seu alcance. Assim, não será escravo das emoções.
Elias respirou fundo, imaginando que, se não estivesse sonhando, acabara de conhecer Sêneca em carne e osso. E pensou:
“Isso mesmo, pois segundo Sêneca, devemos aceitar o que não podemos mudar e agir diante do que está ao nosso alcance."
Eduardo Barron
Apesar de tudo, insatisfeito, continuou sua viagem através do tempo, sentindo que ainda faltava uma peça no seu quebra-cabeça da felicidade.
Quarta Parada:
O Mestre da Harmonia
O Mestre da Harmonia
Já exausto de tanto seguir e muito duvidar, chegou a uma colina, cercado por jardins impecáveis. Ali Elias encontrou um velho mestre sentado em um banco de madeira.
GD'Art
— Você busca a felicidade? — perguntou o mestre, enquanto procurava, na bengala, equilíbrio para seu corpo cansado.
— Sim, senhor. Quero saber onde ela está.
O velho sorriu e apontou para o horizonte.
— A felicidade está na harmonia entre seus deveres e relacionamentos. Seja correto, respeite os outros e cumpra suas obrigações. Assim, você encontrará paz.
— Sim, senhor. Quero saber onde ela está.
O velho sorriu e apontou para o horizonte.
— A felicidade está na harmonia entre seus deveres e relacionamentos. Seja correto, respeite os outros e cumpra suas obrigações. Assim, você encontrará paz.
Elias agradeceu e seguiu viagem. No caminho refletiu sobre aquelas palavras e em tudo mais que o sábio falou. E disse, rindo de si mesmo: "Não, não, não pode ser... Esse velho deve ser algum discípulo de Confúcio. Confúcio não é, claro, pois quem sou eu para estar diante dele?!"
Encontro com a Senhora do Destino
Caminhou sem rumo até chegar a uma vila esquecida pelo tempo, onde encontrou uma velha senhora de olhos brilhantes.
— Ainda buscas a felicidade? — ela perguntou, com um sorriso enigmático.
Elias assentiu.
— Então siga este mapa. O segredo que buscas está a um dia daqui, na direção do poente.
— Então siga este mapa. O segredo que buscas está a um dia daqui, na direção do poente.
Ele pegou o mapa, e sem hesitar, seguiu as instruções.
GD'Art
A árvore e a Revelação
No dia seguinte, encontrou um baú antigo, enterrado no ponto descrito no mapa: uma árvore grande e frondosa. Com as mãos trêmulas, abriu a tampa.
Lá dentro, apenas um pedaço de papel que dizia:
"A felicidade sempre esteve dentro de você. Enquanto procurava, era a vontade de encontrar que te movia. A felicidade é essa busca."
Elias sorriu. Os sábios estavam certos em suas perspectivas, mas a resposta final sempre esteve nele. A felicidade não era um destino, mas um caminho.