Os reis egípcios refletiam profundamente sobre a vida e a morte, considerando seu papel sagrado, legitimado por uma extensa rede de...

Mar das Redes

antigo egito evolucao humana
Os reis egípcios refletiam profundamente sobre a vida e a morte, considerando seu papel sagrado, legitimado por uma extensa rede de templos e sacerdotes. Deuses originalmente distintos eram venerados em diferentes cidades, mas, com o tempo, suas histórias se entrelaçaram em uma narrativa unificada, simbolizando tanto a fusão do
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Alto Egito e do Baixo Egito quanto a jornada do monarca, antes e depois da morte.

Culturalmente, os egípcios tinham conhecimentos avançados nas mais diversas áreas, como a matemática e a medicina. Eles também eram ótimos astrônomos. Dividiram o calendário em 365 dias e um dia em 24 horas. Adoravam a vida e mumificavam os mortos para que pudessem ter uma pós-vida semelhante. Divertiam-se com jogos de azar, luta, natação e com um esporte similar à esgrima. Relacionavam-se com o próximo de uma maneira muito intensa e mantinham sua inteligência ativa na busca de uma qualidade de existência melhor.

Aquela foi uma vida completamente analógica.

Em 2025, nasce a geração chamada Beta, que herda a consequência grave da poluição do ar, das novas tecnologias ditas IA, que não passam de banco de dados gigantes. As novas referências individuais são as aparências nas redes (sociais) de pesca humana, estabelecidas pelas gerações anteriores, criadas e esfomeadas pela aparência. Essas vidas seguem na busca pela quantidade de likes em suas postagens comprometidas com a verdade, muitas vezes falsas promessas de um bom
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humor ou estratégia perfeita para faturar muito dinheiro de seu bolso apertado.

De certa forma, entendo que essa geração tem menos interesse no contato pessoal. O digital passa a ser o endereço que proporciona viver em qualquer lugar do planeta, inclusive como um eremita nos altos das montanhas da cidade de Matera, ao sul da Itália, nas casas escavadas na rocha, onde já habitavam humanos há 25 mil anos.

Não posso acreditar que da caverna viemos e para lá voltaremos em breve, quase em segundos de um tempo humanitário.

No despertar de uma nova era, acomoda-se esse ponto crucial do sumiço humano. Em breves 20 anos essa crônica vai se auto destruir. Nem ela irá suportar os desmandos de uma geração de eremitas.

Pense bem no que você será capaz de se transformar, caso mergulhe no mar das redes.

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