Cem anos de solidão é um romance complexo, dando oportunidade a inúmeras possibilidades de leitura. Não há nenhuma novidade nessa af...

''... allí siempre era marzo y siempre era lunes''

macondo revolucao gabriel garcia marquez cem anos solidao
Cem anos de solidão é um romance complexo, dando oportunidade a inúmeras possibilidades de leitura. Não há nenhuma novidade nessa afirmação. Embora seja um dos maiores símbolos do Realismo mágico latino-americano, dele se desgarrou, indo muito além de qualquer classificação que tenha tido a pretensão de prendê-lo. Tentar enquadrá-lo em um movimento estético qualquer é diminuir a magia, sem trocadilhos,
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dessa narrativa imensa de Gabriel García Márquez, publicada em 1967.

Dentre as muitas possibilidades de análise que ele nos oferta, preferi ficar com aquela que alegoriza a tragédia da América Latina, o que não pude perceber, quando da primeira leitura que dele fiz, há quase 40 anos. Dessa leitura, ficaram os nomes de alguns personagens, o mais permanente era o do coronel Aureliano Buendía; algumas cenas, como a do sangue de José Arcadio Buendía, o filho do patriarca José Arcadio Buendía, que desafia a gravidade e o calor de Macondo, para avisar Úrsula, a mãe, de sua morte (Cem anos de solidão; tradução de Eliane Zagury, 53ª ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2003, Capítulo 7, p. 130), e algumas frases, como a irretocável abaixo, que cai como uma luva para a opção da análise alegórica, por ser uma das chaves do que proponho, a saber, o fracasso renovado e recorrente (Capítulo 6, p. 103):

“O Coronel Aureliano Buendía promoveu trinta e duas revoluções armadas e perdeu todas.”
O que me levou à sua releitura foi a série homônima da Netflix (Laura Mora e Alex García López, 2024), cuja primeira temporada, com oito capítulos, cobrindo apenas um terço da obra, é muito boa, mas, como sói acontecer, está aquém do que se constrói nas quase 400 páginas desse romance inigualável.


Como sabemos, a ficção não deve satisfação à realidade, atendo-se apenas a uma verossimilhança interna, nem sempre clara ao leitor que, muitas vezes, tem de se desdobrar, para encontrar um caminho de leitura. E quando digo "se desdobrar", refiro-me diretamente à definição que dei dessa obra, como complexa, atendendo às necessidades da etimologia, em que “complexo” significa algo "com dobra, com entrelaçamento" (complexŭs, ūs, de complector, formado por cum e plecto). No caso específico, com muitas e muitas dobras. Se uma narrativa, digamos, tradicional, não tem compromisso de se explicar, muito menos uma como a de Gabriel García Márquez, que, fugidia, vai escapando,
Gabriel García Márquez ▪ 1927—2014
sempre que pode, de qualquer lógica rasteira que tente engessá-la.

Quando me refiro a Cem anos de solidão como a tragédia da América Latina, reitero o que disse no início: não estou à procura de engessar o romance, em uma classificação, diminuindo o seu universo simbólico, apenas vejo como uma, dentre muitas possibilidades de leitura, permitida pela estrutura de sua narrativa, não sendo, portanto, uma arbitrariedade. Trata-se, de uma alegoria que se constrói num crescendo da família Buendía a Macondo, de Macondo à Colômbia, da Colômbia à América Latina.

De um episódio homérico, da Odisseia (Canto II, versos 96-105), em que Penélope tece e destece a mortalha de Laertes, o pai de Ulisses, seu sogro, Gabriel García Márquez nos oferece uma das pistas, para vermos a tragédia, até então, ofuscada, por tantos acontecimentos mágicos, irreais e surreais; por tantos descendentes, com tantos nomes repetidos, e tantos comportamentos semelhantes, tudo levando à ruína. Trata-se da atitude de Amaranta (Capítulo 13, p. 249), tecendo e destecendo a mortalha, que fabrica para si mesma:

“Afirmava-se que bordava durante o dia e desbordava durante a noite, e não com a esperança de vencer deste modo a solidão, mas, ao contrário, para sustentá-la.”
O que se passa no menor dos núcleos, embora seja o mais importante, a casa da família Buendía, reflete-se no maior de todos, a América Latina, nunca denominada, mas sempre presente, magia operada pela alegoria. O tecer e destecer a manta, de Amaranta, assemelha-se ao seu arrancar e repregar botões, à espera de um acontecimento que mudasse a sua vida, no caso específico da morte de Rebeca, mas simbolizando, no contexto maior, algo que mudasse o curso da vida da Colômbia/América (Capítulo 14, p. 266):

“Arrancava botões para tornar a pregá-los de modo a que a ociosidade não tornasse mais longa a angustiosa espera.”
Trata-se da mesma ação inútil e viciosa, que acomete a família, sem levá-la adiante. Amaranta Úrsula “resolvendo problemas domésticos que ela mesma criava e fazendo mal certas coisas que corrigia no dia seguinte, que teria feito Fernanda [sua mãe] pensar no vício hereditário de fazer para desfazer” (Capítulo 19, p. 361). Quem é brasileiro sabe que, a cada governo, recomeçamos, porque saímos de um que nos arruína, para outro que nos desgraça. E quedamos estagnados, na mesma poça de inércia e desperdício, como os hábitos perdulários de alguns Buendía. É o que também ocorre em toda a América Latina, México incluído.

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No romance, essa tragédia do fracasso, a que os Buendía estão fadados, é diferente da tragédia grega que procura ensinar com o sofrimento. Na família, como na América, o ambiente em que o romance se circunscreve, inúmeras são as tentativas de renascimento da casa, operadas por Úrsula, Amaranta, Fernanda del Pilar ou por Amaranta Úrsula sua filha; similares ao fazer e desfazer, fundir e refundir os peixinhos dourados do Coronel Aureliano Buendía, como são semelhantes às suas trinta e duas tentativas de revolução armada ou aos 18 filhos com o seu nome; similaridade que se encontra na metáfora do galeão espanhol, um esqueleto carbonizado, preso em terra firme, a doze quilômetros do mar (Capítulo 15, p. 281), espelho das ilusões fracassadas do patriarca José Arcadio Buendía. Tudo resulta em fracasso ou morte.

Parece a vida girando em círculo plano, não helicoidal, fadada, portanto, a não sair do canto. Úrsula Buendía, na sua condição de matriarca e sibila doméstica sabe disso. Perde a visão, mas sabe de tudo, encolhe, “foi-se reduzindo, fetizando-se, mumificando-se em vida [...] parecia uma anciã recém-nascida”, termina por ser enterrada “num caixãozinho que era pouco maior que a cestinha em que fora trazido Aureliano” (Capítulo 17, p. 325-326), dito o decifrador, o penúltimo, com este nome, filho não reconhecido de Remédios (Meme), e Maurício Babilonia. Úrsula, contudo, verbaliza a sensação dos recomeços recorrentes, na tentativa de entender o seu profeta, o marido José Arcádio Buendía e sua fala oblíqua, de Apolo colombiano, afirmando que tudo se sabe:

“Úrsula confirmou a sua impressão de que o tempo estava dando voltas num círculo vicioso.”
Capítulo 11, p. 214
“Estremeceu com a comprovação de que o tempo não passava, como ela acabava de admitir, mas girava em círculo.”
Capítulo 17, p. 319).
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É a mesma sensação de Fernanda del Carpio, ao ver Aureliano Segundo tentar consertar e reerguer, mais uma vez, a casa (Capítulo 16, p. 300):

“Vendo-o colocar os trincos e desmontar os relógios, Fernanda se perguntou se não estaria também caindo no vício de fazer para desfazer, como o Coronel Aureliano Buendía com os peixinhos de ouro, Amaranta com os botões e a mortalha, José Arcadio Segundo com os pergaminhos e Úrsula com as lembranças.”
É sensação idêntica para Aureliano Babilonia, o decifrador, para quem “a história da família era uma engrenagem de repetições irreparáveis, uma roda giratória que continuaria dando voltas até a eternidade, se não fosse pelo desgaste progressivo e irremediável do eixo” (Capítulo 19, p. 375).

Quantas vezes a América Latina já não reiniciou para continuar girando no mesmo eixo, como a bolandeira de seu Tomás? A cada governo que entra, um novo reinício, sem que dê resultado favorável ao povo, que experimenta,
o mais das vezes, miséria e opressão. Os maiores exemplos são o delegado de Macondo, Apolinar Moscote, com sua opressão governamental, e Arcádio, o bastardo, com ares de caudilho bufo.

Apolinar Moscote chega a Macondo, para trazer a intromissão governamental e suas leis convenientes, cuja finalidade é, sob a capa da legalidade administrativa, quebrar a ordem feliz e sem hierarquias do povoado, legalidade instrumentalizada pelas ordens burocráticas traduzidas em papéis e carimbos, numa cidade cujo mando se faz sem papéis e que não precisava de delegado, porque, no dizer de José Arcadio Buendía, lá, “não há nada para delegar” (Capítulo 3, p. 59).

A ausência de um governo formal é um bem para Macondo, “uma aldeia feliz”, cujo maior empreendedor, José Arcadio Buendía, havia realizado a sua organização de modo igualitário, com todas as casas recebendo a mesma quantidade de sol ou fazendo o mesmo esforço para se abastecer da água do rio (Capítulo 1, p. 15). É uma espécie de República platônica, perdida no meio do nada. O governo, como sempre, só existe para atrapalhar ou para se locupletar (Capítulo 3, p. 59):

“Não estava magoado pelo governo não os haver ajudado. Pelo contrário, alegrava-se de que até então os tivesse deixado crescer em paz, e esperava que continuasse deixando, porque eles não tinham fundado um povoado para que o primeiro que chegasse lhes fosse dizer o que deviam fazer.”
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Com a destituição de Apolinar Moscote, pela revolução liberal, o Coronel Aureliano Buendía coloca em seu lugar o sobrinho José Arcadio, o bastardo, que se torna um chefete, ridículo, fantasiado de Napoleão, com dragonas de marechal (Cap. 6), que acaba por ser fuzilado pelo Capitão Roque Carniceiro, ao retomar o poder para o governo (p. 117-119). São os dois extremos em que oscila a Macondo/América Latina, que se recusa a um ponto de equilíbrio, porque a balança pende mais para a ambição pelo poder e pela opressão do que para a sociedade igualitária.

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O diferencial está na chegada do Coronel José Raquel Moncada, feito alcaide de Macondo, ao fim da guerra (capítulo 8, p. 143). Mesmo sendo o representante do governo conservador, o Coronel Moncada faz uma administração decente e equilibrada, cuja intenção é juntar “os elementos populares de ambos os partidos, para acabar com a influência dos militares e com os políticos profissionais, e restaurar um regime humanitário que aproveitasse o melhor de cada doutrina” (p. 144). Essa consciência política de Moncada não impede o ataque de Aureliano a Macondo, retomando o poder, e determinando um novo início, sem resolver os problemas cruciais da população. A carta de Moncada a Aureliano é bastante sintomática de uma situação repetitiva que não se quer resolver ou que se imagina resolver com extremismos (Capítulo 8, p. 153):

“Nessa mesma noite foi capturado, depois de escrever uma extensa carta ao Coronel Aureliano Buendía, na qual lhe recordava os propósitos comuns de humanizar a guerra e lhe desejava uma vitória definitiva contra a corrupção dos militares e dos políticos de ambos os partidos.”

Sintomática, porque uma das críticas de Moncada a Aureliano Buendía consiste no fato de que, de tanto o Coronel odiar os inimigos, estava ficando igual a eles e “não há ideal na vida que mereça tanta baixeza” (p. 156).

Quanto mais adentramos o livro, mais sentimos o chamado Realismo mágico desfazer-se e tornar-se a nossa banal realidade cotidiana. Eis a magia da ficção e da alegoria: ao falar de algo que parece longe de nós, a narrativa está falando de nós. É o que diz o poeta latino Horácio, em uma de suas sátiras: Quid rides? Mutato nomime, de te fabula narratur (De que ris? Mudou-se o nome, mas é de ti que a fábula trata). Para quem tem alguma dúvida, veja-se o que o Coronel Aureliano Buendía constata, na assembleia com os principais comandantes rebeldes e liberais convocada por ele (Capítulo 9, p. 162):

“Encontrou de tudo: idealistas, ambiciosos, aventureiros, ressentidos sociais e até delinquentes comuns. Havia inclusive um antigo funcionário conservador, refugiado na revolta para fugir a um julgamento por desvio de fundos. Muitos não sabiam sequer por que lutavam.”
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A cada reinício, novos projetos mirabolantes, chega-se à conclusão de que falta objetividade. O conhecimento erudito do patriarca José Arcádio ou de Aureliano Babilonia, o decifrador, não contribuem “para inventar uma nova maneira de preparar o feijão” (Capítulo 19, p. 368), alegoria das melhores para se falar de que conhecimento pelo conhecimento não mata a fome, nem gera crescimento, nem igualdade.

A tragédia da América Latina faz-se clara: os tantos reinícios não impedem as rachaduras na casa, o capim de nascer nas gretas, de haver mofo nas paredes, de o cupim roer os móveis e os livros,
de as formigas ruivas de ajudarem a solapar a casa e determinar a ruína final da família. Eis aí, a nossa triste América Latina nas mãos de caudilhos perdulários, concupiscentes, obscenos, opressores, idealistas sem objetividade... Não há profecia, nem cigano Melchíades, nem decifração de pergaminhos em sânscrito que dê jeito ao fado funesto de uma América triste e tão dessemelhante do que é civilização.

José Arcádio Buendía, o patriarca, é a idealização de uma sociedade que se sustenta e não precisa de leis formais, porque baseada na cooperação. O delegado Apolinar Moscote é um dos lados, mostrando como o governo intervém, para estabelecer uma ordem no que não precisa, além de cobrar por isto; José Arcádio, o bastardo é o outro extremo, daquele que se opõe ao governo conservador, mas quer se beneficiar a si mesmo, oprimindo os que foram libertados da opressão; o General José Raquel Moncada é a mediação, o Coronel Aureliano é a revolução, que não tem fim... A tragédia é ver que, raramente, a mediação e contemporização aparecem. Os extremos sempre estão gerando revoltas que dão em nada, porque se corrompem em seus ideais. De nada adiantam os progressos feitos: lâmpada elétrica, trem, telégrafo, indústria, telefone, automóvel. De nada adiantam as várias renovações operadas na casa e na família. A triste América Latina é o trem de Macondo que, em lugar de levar desenvolvimento, é metáfora de sua própria deterioração (Capítulo 17, p. 328):

“Um desengonçado trem amarelo, que não trazia nem levava ninguém e que mal se detinha na estação deserta, era a única coisa que restava do trem multitudinário no qual o Sr. Brown enganchava o seu vagão com teto de vidro e poltronas de bispo e dos trens fruteiros de cento e vinte vagões que demoravam uma tarde inteira para passar.”
Cíclica, a narrativa gira em torno de histórias repetidas, como a de uma criança nascida com rabo de porco, pelos recorrentes casamentos e relações íntimas entre parentes próximos, como primos, e sobrinhos e tias – José Arcadio Buendía e Úrsula, Fernanda e o filho Arcádio, o Papa; Amaranta e Aureliano José, Amaranta Úrsula e Aureliano Babilonia, o único remanescente da família. Assim como é cíclica a recorrência nos nomes da família: os José Arcadio e Aureliano se multiplicam, as Remédios são três, apenas Úrsula e Amaranta se unem na última da estirpe, para dar nome a Amaranta Úrsula. O ciclo se fecha: começa e termina com Aureliano, o Coronel, e Aureliano Babilonia, dito o penúltimo ou o decifrador.

O ciclo, tendendo ao seu fechamento, mas ficando em aberto, é, mais uma vez, representado pela compreensão mútua de José Arcadio Segundo e de Aureliano Babilonia, o decifrador, de que “ali sempre era março e era sempre segunda-feira” (Cap. 17, p. 331). Tudo se resumindo a um processo constante de reiniciar e findar, sem parar, tendo março como o (re)início da Primavera (a Colômbia fica no hemisfério Norte); a segunda-feira, como o (re)início da semana de trabalho. Macondo e a família Buendía – a América Latina e seu povo – vivem ciclos de passados,
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de ruínas, sempre iniciadas, “um passado cujo aniquilamento não se consumava, porque continuava se aniquilando indefinidamente, consumindo-se dentro de si mesmo, se acabando a cada minuto mas sem acabar de se acabar nunca” (Capítulo 20, p. 382).

A grandeza do romance está na demonstração de que a realidade nua e crua é insuficiente para explicar a América Latina; a lógica não dá conta de uma realidade que se repete sem encontrar saída, de uma experiência inútil, porque jamais ensina a não se repetir. No resultado da carnificina provocada pela revolução liberal, sobre pessoas inocentes que brincavam o carnaval, é que se percebe que só a magia da ficção nos oferece um caminho, para que renunciemos às centenas de anos de solidão e de ignorância calculada, numa região em que o absurdo é a norma (Capítulo 10, p. 195):

“Quando se restabeleceu a calma, não restava no povoado um só dos falsos beduínos, e ficaram estendidos na praça, entre mortos e feridos, nove palhaços, quatro colombinas, dezessete reis de baralho, um diabo, três músicos, dois Pares de França e três imperatrizes japonesas.”

Triste América Latina, refém de um absurdo calculado e aplaudido por muitos.

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  1. Apreciamos seu texto e contexto evocando e apreciando - de forma sucinta - essa memorável obra do escritor Gabriel Garcia Marques.

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  2. Gratidão Professor Milton pela belíssima imersão crítica e contextualizada da obra-prima de Gabriel Garcia. Um convite à releitura e acompanhamento dos episódios. Grande abraço
    Marco Lima

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    1. Eu que agradeço a sua leitura e comentário, Marco Lima.

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  3. Cem Anos de Solidão é um livro fantástico, que detém a dignidade de haver sido escrito por Prêmio Nobel. Com esse introito, afasto qualquer tentativa de cometer o desatino de julgar esta obra cantada e decantada pela Crítica.

    Eu seria intelectualmente desonesto, contudo, se não manifestasse minha incompreensão sobre a extensão de determinados parágrafos. Na 41° edição da RECORD, por exemplo, há um parágrafo que começa na página 148, bem no início, para terminar no final da página 150; portanto, ao longo de três páginas. Coisa inédita para minha modesta experiência como leitor. Não obstante, considero inusual esse tipo de estrutura que pôs em cheque minha capacidade de reter a atenção no que estava a ler.

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  4. Cem Anos de Solidão é um livro fantástico, que detém a dignidade de haver sido escrito por Prêmio Nobel. Com esse introito, afasto qualquer tentativa de cometer o desatino de julgar esta obra cantada e decantada pela Crítica.

    Eu seria intelectualmente desonesto, contudo, se não manifestasse minha incompreensão sobre a extensão de determinados parágrafos. Na 41° edição da RECORD, por exemplo, há um parágrafo que começa na página 148, bem no início, para terminar no final da página 150; portanto, ao longo de três páginas. Coisa inédita para minha modesta experiência como leitor. Não obstante, considero inusual esse tipo de estrutura que pôs em cheque minha capacidade de reter a atenção no que estava a ler.

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