Diz o poeta: “Pra que casa cercada por muralha Se a cova é cercada pelo pranto Se pra Deus todos têm do mesmo tanto Tanto faz a ...

Relações

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Diz o poeta:

“Pra que casa cercada por muralha Se a cova é cercada pelo pranto Se pra Deus todos têm do mesmo tanto Tanto faz a fortuna ou a migalha Pra que roupa de marca se a mortalha Não requer estilista na costura Se o cadáver que a veste não procura Nem saber se a costura ficou boa Família é onde encontras com o melhor e o pior dos outros e, principalmente, de ti mesmo" (Zé Adalberto)


É no convívio com as pessoas que te foram “impostas” pela natividade que experimentas as mais doloridas tristezas; inveja e raiva; crueza; decepções e desilusões, já que esperas uma primavera de sentimentos e atitudes como companheirismo, fidelidade, carinho, consideração, partilha e não a inversão no agir que torna a convivência inexplicavelmente dolorida.

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Andrej Lišakov
Conviver é viver em via de mão dupla, por isso quando ocorrem os atropelos os machucados se fazem presentes em ambos os lados.

Porém, não só de dores essa relação familiar é composta, nela podes testemunhar de perto o nascer do amor incondicional nos corações das tuas crias; nos corações dos teus netos; nos corações dos teus irmãos; nos corações das crias deles. É esse amor incondicional que precisas deixar brilhar.

Se propaga, mundialmente, que nessa época de Natal e Ano Novo haja harmonia, perdão, humildade, caridade, sentimentos bons, positivos, e que toda escuridão do nosso
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Khanh Nguyen
coração seja colocada num lava-a-jato, para que ele possa ter um novo olhar sobre os próximos 12 meses.

Não é fácil!

Ainda mais quando você tem consciência que as convivências com aqueles que dividem o mesmo DNA contigo não é um mar de flores, que os espinhos existem, ferem; deixam marcas, e as dores sangram de forma impiedosa. Mas, é possível!

Basta que não haja a obrigatoriedade e sim o respeito pelas diferenças, pelos diferentes olhares, pelas individualidades de cada um. Conviver é espelhar-se.

Fato!

Sem que seja programado, um dia irás ver espelhado no outro teu “descabelado” ser. O outro verá em ti o desleixado ser que está sendo. O que fazer?

Conversar, dialogar.

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Sophie Gerasimenko
Conversar sem ter uma arma a punho, pronta para ser disparada. Atitude que requer, acima de tudo, convocar a humildade como aliada.

Dialogar, é ligar-se ao outro com disposição para escutar.

As diferenças nas atitudes do viver, não são corrigidas impondo teu ponto de vista, tuas maneira de ver e agir, que podem ser as mais corretas de todas, mas é mostrando que o outro pode deixar o melhor dele dirigir ações e comportamentos, que terás tido atenção sobre aquilo que foi dito.

A construção do melhor em nós e, principalmente, nos irmãos, filhos, maridos, esposas, enfim, na “família”, é uma difícil empreitada que demanda muita energia. Que tenhamos a franqueza e sensibilidade; humildade e caridade, como ferramentas para melhorarmos as relações conosco mesmos, com os familiares e amigos.

Que a única muralha em nós seja contra a autodesvalorização.

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