O Natal marca o início da visita física a este mundo do nosso Mestre e Senhor, como Ele Próprio nos autorizou a chamá-Lo em João 13:13.
Desde então nos foi revelado que temos um Exemplo Seguro e Firme a seguir a caminho da luz e da felicidade verdadeira: Jesus. O seu próprio nascimento já é um ensinamento sem palavras. A lição e o exemplo da manjedoura nos mostram que o Maior e mais Útil de todos os poderes se dispôs a atuar na discrição, na simplicidade e na humildade, revelando-se, antes, aos mais pobres e inocentes que aos influentes e prestigiados, como descrito na passagem que encerra em si o sentido mais profundo do Natal. Ela está em Lucas 2:10-14:
“E o anjo lhes disse: não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.”
O Natal é o momento em que o Céu parece tocar espiritualmente a Terra, trazendo alento e esperança para todos. A passagem presente em Lucas nos revela o sentido profundo desse evento: a vinda de Jesus Cristo, o Salvador, simbolizando o ápice do amor divino pela humanidade, num convite à paz, à reconciliação e à boa vontade entre as pessoas.
O Natal deve ser vivenciado além das festividades exteriores, como um período de efetiva reflexão sobre o natalício do Cristo em nossos corações. Ele nos ensina que o nascimento de Jesus na simplicidade de uma estribaria é um chamado à humildade e à essência do amor fraterno. É o símbolo do desapego e da busca por valores eternos, como a caridade, a solidariedade e o perdão.
O anúncio do anjo aos pastores destaca a universalidade do amor divino: "não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo." A vinda de Jesus é uma dádiva destinada a todos, sem distinção, mostrando que a verdadeira felicidade está em servir e promover a paz.
O Natal é uma oportunidade para que cada um seja um canal do bem, a espalhar luz e harmonia em seu derredor. É uma data que nos convida a refletir sobre aquele que nos mostrou o caminho do amor incondicional, da fé e da esperança.
O cântico dos exércitos celestiais – "Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens" – resume o propósito maior do Natal: glorificar a Deus por sua infinita bondade e nos comprometer a viver em paz, cultivando boas obras e pensamentos elevados. Celebrar o Natal, portanto, é mais do que recordar um fato histórico; é um compromisso de renovação espiritual para vivermos em comunhão com os ensinamentos de Jesus e sermos instrumentos de sua mensagem transformadora no mundo.
Jesus foi Generoso em Se oferecer em sacrifício em favor da humanidade, pois sem Ele em nossas vidas viveríamos na contínua barbárie da entrega aos vícios, aos instintos e às disposições mais inferiores, iludindo-nos com tudo o que jamais nos poderia preencher ou realizar. Só mesmo a ignorância e a perversidade humanas poderiam deturpar tanto as lições de Jesus, a ponto de usá-las como desculpa para a criação de estruturas de poder e de alienação coletivas, nas quais castas de representantes religiosos manipulam carências emocionais e deficiências intelectuais para se enriquecerem através das fragilidades dos outros.
Apesar disso, a mensagem do menino no berço improvisado na palha, resiste. Ladeado por seus pais, pelos pastores, pelos animais e cultuado pelos visitantes que vieram adorá-Lo na condição que decidiu nascer, Jesus nos deu o seu primeiro ensinamento: tudo deve ser posto à disposição do amor a Deus e ao próximo, pois Ele Próprio Desceu das Mansões Celestiais para Ajudar as pessoas a encontrarem o caminho certo.
Mesmo cercado das convenções, incompreensões, más interpretações e deturpações humanas, o Natal ainda é a Expressão da maior declaração do amor de Deus pela a humanidade.
A razão do Natal é paradoxal, porque ela não passa pela mente, mas pelo coração: pois a razão do Natal é o amor que deve iluminar todo entendimento.