O Natal chegará, mesmo que ninguém mais saiba sua data exata, mesmo que alguns não acreditem, mesmo que não possuam árvore ornamentada para recebê-lo. Ele chegará.
Porque Natal significa nascimento. Mesmo para quem não é cristão, para muita gente, é um desejo bom, um ciclo que se encerra e outro que renova. A esperança em novo tempo.
Claro que hoje não são mais os anjos que anunciam a sua chegada, são as lojas, os shoppings, os supermercados. Os enfeites natalinos se espalham por toda a cidade: guirlandas, laços e pica-picas enfeitam, iluminam e espalham brilho pelas ruas e casas. Espantando, por alguns dias, o escuro, as dores.
Hoje, o Natal deixou de ser espiritual, tornou-se mais comercial. Celebram-se mais o Papai Noel, do que o Menino que veio do céu. Alguns se preocupam mais com a ornamentação, do que com a comunhão. As famílias mais abastadas prepararam suas casas para a vinda, para o Natal que chegará. Montam árvores, compram presentes, preparam a mesa, a ceia. As menos afortunadas não têm nem o que comer.
Torço para que um dia o Natal não seja só de enfeites, luzes, presentes e encenações, que em todos os lares, as mesas estejam fartas, que entre as famílias haja harmonia. Quem mora na rua, encontre moradia. Quem precisa de apoio, encontre um ombro amigo. Que a economia seja bem destruída. Que a sociedade seja mais unida. Que o ser humano tenha mais empatia, não tenha preconceito, nem explore o outro. Que não haja mais guerras entre as nações, por poder, dinheiro e munição.
Enquanto esse Natal não chega, não nos esqueçamos do mais puro ensinamento deixado pelo aniversariante que nesta data celebramos: amar o próximo como a ti mesmo.
É certo que o Natal sempre chegará.