O que você pensaria se eu dissesse que tudo o que sentimos, olhamos, cheiramos e tocamos é falso?
Todos fomos condicionados e doutrinados desde o início de nossas vidas, a acreditar que o mundo em que vivemos tem uma realidade material absoluta. Aprendemos a ver o mundo como algo externo, independente e autônomo, onde a realidade é concreta e objetiva, e nossos cérebros, sentimentos e ideias não interferem em nada no que acontece lá fora.
Mas, se tudo isso não for a verdade absoluta, como descreveu Platão em sua famosa alegoria da caverna, que nos ofereceu uma reflexão através de uma metáfora, na qual as sombras na parede, geradas por luzes por trás de figuras do lado de fora, eram tudo que acreditavam ser verdade ou realidade naquela prisão, e ali preferiram ficar. Ao saírem para a rua, encontraram uma situação completamente diferente da cela, se depararam com as figuras, uma luz intensa por trás delas, e o cenário preparado para que acreditassem naquela falsa realidade.
Toda informação que possuímos em nosso cérebro é transmitida pelos cinco sentidos. O cérebro monta o que nossos olhos veem, o que os ouvidos ouvem, o que nossos narizes cheiram, o que nossas línguas provam e aquilo que o corpo toca. Desde o nascimento dependemos desses sentidos. Os feixes de fótons que entram nos olhos são transformados em sinais elétricos que viajam até nosso cérebro na escuridão. O que vemos, na verdade, é um misto de sinais elétricos apenas, numa cabeça totalmente escura, onde nada brilha e não tem cor. Tudo o que se passa é uma ilusão elétrica, porque os objetos, na verdade, têm uma cópia elétrica que navega em nossa cabeça.
Então o que é real?
Um punhado de sinais elétricos que entre um e outro choque também nos fazem pensar?
A verdade oculta é que a vida nos foi dada a bilhões de anos. Mesmo que sejamos um punhado de eletricidade ambulante, você sabe o que fazer com ela, ou está bem acomodado em sua sela virtual?
Não seria uma reação muito saudável ter um ataque de raiva por essa descoberta, porque seu corpo pode levar até sete horas para retornar aos níveis normais de cortisol, que impede a redução do desempenho cerebral e o desregular de sua glicose.
Por isso, fique atento a mudança de comportamento, ela pode combinar com você, e não tenha medo em seguir um caminho diferente da multidão.