Minha história com a escrita vem da infância. Desde criança, já mostrava aptidão para criar narrativas, quer na escola, nas atividades de produção textual, quer no dia a dia das brincadeiras com as amigas, fazendo roteiros para as aventuras que simulávamos estar vivendo.
Na adolescência, além do famoso diário que eu mantinha guardado a sete chaves, colocando, em palavras, minhas angústias, perspectivas e decepções, passei a enviar poemas para a coluna Novos Escritores, do antigo Diário da Borborema,
Celyn Kang
Em 1990, eu me aventurei a publicar, de forma independente e com recursos próprios, meu primeiro livro, Vida Roda, com cerca de 25 poemas. Foi uma grande alegria essa publicação, porque, naquela época, isso era muito complicado de se fazer. Foi difícil, mas gratificante, quando passei a ser reconhecida como escritora, pelo menos na minha cidade de origem.
Celyn Kang
A partir de 2004, comecei a desenvolver, nas escolas por onde passei, um projeto de leitura e artes integradas chamado Sarau Poético, que consistia em produzir um espetáculo envolvendo várias linguagens artísticas, com poemas de autores de épocas e temáticas diversas, o que faço até hoje.
Em 2020, no auge da pandemia, voltei a escrever poemas, como uma forma catártica de me abstrair das dificuldades enfrentadas no isolamento, e a divulgá-los em redes sociais, o que me encorajou a lançar, em 2021, meu segundo livro, Entre Parênteses: poemas. Esse livro foi bem recebido, traduzido para o espanhol e lançado em uma livraria de Buenos Aires, em 2023, o que me deu segurança para investir mais na escrita.
Em 2022, venci um concurso literário organizado pela União Brasileira de Escritores (UBE-PB), o que me possibilitou a publicação do meu terceiro livro, Ponteio: poemas. Vendidos os exemplares que recebi como prêmio, fiz uma nova edição pela Editora Ideia.
Em 2023, ao integrar o movimento nacional Mulherio das Letras, participei de um projeto da Editora Popular Vienas Abiertas, selo ligado ao coletivo, no qual lancei o livrinho de bolsa Da flor do olhar: poemas e outros escritos, acrescentando crônicas como novo gênero textual a que passei a me dedicar.
Creio que não vou parar por aí. Já está em produção, para 2025, o livro juvenil, De gatos e outros bichinhos, que já nasce com tradução em francês e projeto gráfico de uma querida e talentosa ex-aluna, Mina Minná.
Além dos livros, meus poemas são divulgados em outros espaços, como no Ambiente de Leitura Carlos Romero, no Suplemento Literário Correio das Artes, do Jornal A União, nas minhas redes sociais (@marineumaoliveira) e em diversas antologias e coletâneas.
No mais, é continuar produzindo projetos que levem a poesia para todos os lugares, com o intuito de formar leitores e plateias, por meio do acesso à arte, levando as pessoas a desenvolver seu olhar poético.