Minha história com a escrita vem da infância. Desde criança, já mostrava aptidão para criar narrativas, quer na escola, nas atividades...

A escrita como porta-voz da poesia

poeisa marineuma oliveira literatura paraibana
Minha história com a escrita vem da infância. Desde criança, já mostrava aptidão para criar narrativas, quer na escola, nas atividades de produção textual, quer no dia a dia das brincadeiras com as amigas, fazendo roteiros para as aventuras que simulávamos estar vivendo.

Na adolescência, além do famoso diário que eu mantinha guardado a sete chaves, colocando, em palavras, minhas angústias, perspectivas e decepções, passei a enviar poemas para a coluna Novos Escritores, do antigo Diário da Borborema,
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Celyn Kang
jornal bem conhecido em Campina Grande. Lembro, também, que, nas festas em louvor à padroeira da cidade, publicávamos um jornalzinho que circulava no pavilhão central. E lá estavam poemas ou algum texto escrito por mim. Nesse período, escrevi algumas peças teatrais que foram, vez por outra, encenadas em produções do município. Uma delas teve uma apresentação em um festival estudantil promovido pelo SESC, em João Pessoa, o que foi um feito para nós, jovens idealistas de uma pequena cidade do interior da Paraíba.

Em 1990, eu me aventurei a publicar, de forma independente e com recursos próprios, meu primeiro livro, Vida Roda, com cerca de 25 poemas. Foi uma grande alegria essa publicação, porque, naquela época, isso era muito complicado de se fazer. Foi difícil, mas gratificante, quando passei a ser reconhecida como escritora, pelo menos na minha cidade de origem.

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Celyn Kang
Após esse tempo, as obrigações profissionais de professora, em três turnos, afastaram-me das escrituras literárias, dando lugar às produções acadêmicas. No entanto, no meu dia a dia como docente, sempre houve espaço para as artes, já que eu levava à sala de aula textos poéticos de diversos autores a fim de trabalhá-los com meus alunos.

A partir de 2004, comecei a desenvolver, nas escolas por onde passei, um projeto de leitura e artes integradas chamado Sarau Poético, que consistia em produzir um espetáculo envolvendo várias linguagens artísticas, com poemas de autores de épocas e temáticas diversas, o que faço até hoje.

Em 2020, no auge da pandemia, voltei a escrever poemas, como uma forma catártica de me abstrair das dificuldades enfrentadas no isolamento, e a divulgá-los em redes sociais, o que me encorajou a lançar, em 2021, meu segundo livro, Entre Parênteses: poemas. Esse livro foi bem recebido, traduzido para o espanhol e lançado em uma livraria de Buenos Aires, em 2023, o que me deu segurança para investir mais na escrita.

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Em 2022, venci um concurso literário organizado pela União Brasileira de Escritores (UBE-PB), o que me possibilitou a publicação do meu terceiro livro, Ponteio: poemas. Vendidos os exemplares que recebi como prêmio, fiz uma nova edição pela Editora Ideia.

Em 2023, ao integrar o movimento nacional Mulherio das Letras, participei de um projeto da Editora Popular Vienas Abiertas, selo ligado ao coletivo, no qual lancei o livrinho de bolsa Da flor do olhar: poemas e outros escritos, acrescentando crônicas como novo gênero textual a que passei a me dedicar.

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Neste ano de 2024, trago a público o livro Eu vim de lá, composto por poemas e crônicas que remetem a minha terra natal, através de lembranças e de sentimentos suscitados pela saudade de um tempo bom vivido por lá.

Creio que não vou parar por aí. Já está em produção, para 2025, o livro juvenil, De gatos e outros bichinhos, que já nasce com tradução em francês e projeto gráfico de uma querida e talentosa ex-aluna, Mina Minná.

Além dos livros, meus poemas são divulgados em outros espaços, como no Ambiente de Leitura Carlos Romero, no Suplemento Literário Correio das Artes, do Jornal A União, nas minhas redes sociais (@marineumaoliveira) e em diversas antologias e coletâneas.

No mais, é continuar produzindo projetos que levem a poesia para todos os lugares, com o intuito de formar leitores e plateias, por meio do acesso à arte, levando as pessoas a desenvolver seu olhar poético.
Nota da autoraEste texto foi publicado recentemente na coletânea 1989: Uma ideia nas entrelinhas, organizada pela Editora Ideia, por ocasião da comemoração dos seus 35 anos de existência.

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  1. Maria das Dores Oliveira de Albuquerque14/12/24 13:37

    Texto encorajador que nos faz reviver as nossas memórias. É só registrar com palavras o que e sente pela Parabéns

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    1. Obrigada, minha querida amiga.😀🌷

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  2. Parabéns, professora. Seu texto, certamente vai influenciar muitos jovens que, apesar de envolvidos no mundo virtual, ainda sentemo desejo de expressar emoções e sentimentos.

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    1. Obrigada pelas palavras de incentivo. (Marineuma)

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