Quando o vento é o maestro,
Faz valer a sinfonia,
E tudo é pura beleza,
E tudo é pura poesia:
As folhas se entrelaçando,
As palhas se balouçando,
E o céu azul de vigia.
É uma flor, ou borboleta,
Em poesia pujante?
É uma vida que dança,
Ou um poema de Dante?
Deve ser a natureza,
Exibindo-se em beleza,
Em momento exuberante.
Longe, no Lago Constança,
Jardim, na Ilha das Flores.
Abelhas polinizando,
Caleidoscópio de cores.
Tudo lindo, tudo belo,
Um azul no céu, singelo,
Palco para os sonhadores.
Vejo os verdadeiros mitos
Nas praias do Mar Egeu.
Sanguinário Minotáuro,
Abatido por Teseu.
Vejo ícaro no céu,
Dédalo chora o troféu,
O seu filho que morreu.
Nos belos Jardins de Mati,
A Grécia se mostra, então.
Os ventos são benfazejos,
O azul é todo emoção.
É tudo tão verdejante,
Colorido, flutuante,
Faz bem ao meu coração.
Estou de volta ao Atlântico,
_ O mais bonito Oceano _
Passeio pelas areias,
Sou daqui, um aldeano.
Os coqueiros me recebem,
As nuvens no céu percebem,
Sigo o meu cotidiano.
* Ao querido Germano Romero