A sós Eu e o tempo Aqui no meu quarto Conversamos um pouco Pergunto se ele sabe O quanto ele passou por mim E ele me di...

Logo o arco-íris se abre

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
A sós Eu e o tempo Aqui no meu quarto Conversamos um pouco Pergunto se ele sabe O quanto ele passou por mim E ele me diz que não foi ele E que fui eu quem passou Deixo-o quieto então E revejo a minha bagagem Muitas coisas imprestáveis Muito pó acumulado E um rasgão no fundo da mala Por onde caíram e ficaram pela estrada Tantas preciosidades (Ainda bem que guardo cópias perfeitas Na memória e no meu coração) De novo olho pra ele em silêncio Sei que não é sua culpa passar Mas também não precisava Deixar Tanta saudade... Por fim me convenço Que passamos juntos Com a mesma velocidade E agora carrego só As tralhas de um velho jovem!

No que o acaso Esquece Florece ou morre Gira mundo Brota flor Vibra Acorde Morre homem Choram olhos Vida segue O verde das campinas O milharal pendoado O ventre cheio e nutrido As cores de florir Vale a falta de sorrir na dor Porque logo o arco-íris se abre O amor...

Acaso A cor Os ocasos A dor A luz Relâmpago Apego ao instante A infância Acorde perfeito A dor Lua no céu Mar a arrebentar Bola de gude no bule O som do mar Gaveta de conchas sagradas Meu pé raiz A minha cor O meu respeito O meu amor E o Mar Bola de gude feliz No bule E o mar cheio de Yemanjá

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  1. 🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️✂️

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