⏤ “O homem tropeçou no batente.” Qual o tipo de sujeito dessa frase?
⏤ Descuidado, professor. Se ele estivesse atento, não teria tropeçado.
⏤ Não é isso, Pedrinho. Refiro-me ao sujeito gramatical... É “simples”, pois tem apenas um núcleo. Mas deixa pra lá. Vamos ver se você conhece os complementos. “Diógenes jogou uma pedra na vidraça.” Classifique o objeto “uma pedra”. É direto ou indireto?
⏤ Depende. Se a pedra bateu em outro obstáculo antes de quebrar o vidro, o objeto é indireto. Se não, é direto.
⏤ Não tem nada de bater em outro obstáculo! “Pedra” é objeto direto, pois não se liga ao verbo por meio de preposição. Você está mal, mas vou lhe dar outra chance. “Busca por um emprego” ⏤ transforme esse tópico em oração.
⏤ “Senhor, fazei com que eu consiga arranjar um emprego. O mercado está difícil, por isso apelo à vossa misericórdia para...”.
⏤ O que é isso?!
⏤ Uma oração em busca de emprego, ora. O senhor não pediu?
⏤ Falei de um “enunciado com verbo”; é assim que a gramática define oração. Até agora você não acertou uma, e desse jeito vai ser reprovado. Como tenho bom coração, vou lhe fazer uma pergunta bem fácil. Diga uma frase em que apareça um artigo indefinido.
⏤ “O embrulho estava fechado”.
⏤ Aí não tem artigo indefinido.
⏤ Como não tem? Se ninguém desfez o embrulho, não se pode definir o artigo que há nele.
⏤ Essa sua lógica, Pedrinho! Já estou perdendo a paciência. Vamos sair da gramática e entrar nas figuras de linguagem. O que é “metáfora”?
⏤ O que não deve ser metido dentro. Por isso se manda meter fora.
⏤ Engraçadinho... Dê um exemplo de hipérbole. Vou ajudar: hipérbole é exagero.
⏤ “O senhor é um ótimo professor.”
⏤ Aí tem exagero? Você acha que não sou tão bom assim?
⏤ Depende da nota que vai me dar...
⏤ Está bem, vamos partir para outra figura. A metonímia, lembra? Ela permite que se altere o sentido das palavras com base em relações de causalidade ou proximidade. Pode-se designar, por exemplo, a parte pelo todo; o autor pela obra; o continente pelo conteúdo...
⏤ Isso é demais para a minha cabeça!
⏤ Excelente!! “Cabeça” no lugar de “inteligência”. O concreto pelo abstrato. Acertou.
⏤ Professor, eu não tive a intenção...
⏤ Não seja humilde, Pedrinho. Você está certo.
O mestre então o aprova. E suspira, aliviado: “Menos um para engrossar as estatísticas da evasão escolar...”.
⏤ Descuidado, professor. Se ele estivesse atento, não teria tropeçado.
⏤ Não é isso, Pedrinho. Refiro-me ao sujeito gramatical... É “simples”, pois tem apenas um núcleo. Mas deixa pra lá. Vamos ver se você conhece os complementos. “Diógenes jogou uma pedra na vidraça.” Classifique o objeto “uma pedra”. É direto ou indireto?
⏤ Depende. Se a pedra bateu em outro obstáculo antes de quebrar o vidro, o objeto é indireto. Se não, é direto.
⏤ Não tem nada de bater em outro obstáculo! “Pedra” é objeto direto, pois não se liga ao verbo por meio de preposição. Você está mal, mas vou lhe dar outra chance. “Busca por um emprego” ⏤ transforme esse tópico em oração.
⏤ “Senhor, fazei com que eu consiga arranjar um emprego. O mercado está difícil, por isso apelo à vossa misericórdia para...”.
⏤ O que é isso?!
⏤ Uma oração em busca de emprego, ora. O senhor não pediu?
⏤ Falei de um “enunciado com verbo”; é assim que a gramática define oração. Até agora você não acertou uma, e desse jeito vai ser reprovado. Como tenho bom coração, vou lhe fazer uma pergunta bem fácil. Diga uma frase em que apareça um artigo indefinido.
⏤ “O embrulho estava fechado”.
⏤ Aí não tem artigo indefinido.
⏤ Como não tem? Se ninguém desfez o embrulho, não se pode definir o artigo que há nele.
⏤ Essa sua lógica, Pedrinho! Já estou perdendo a paciência. Vamos sair da gramática e entrar nas figuras de linguagem. O que é “metáfora”?
⏤ O que não deve ser metido dentro. Por isso se manda meter fora.
⏤ Engraçadinho... Dê um exemplo de hipérbole. Vou ajudar: hipérbole é exagero.
⏤ “O senhor é um ótimo professor.”
⏤ Aí tem exagero? Você acha que não sou tão bom assim?
⏤ Depende da nota que vai me dar...
⏤ Está bem, vamos partir para outra figura. A metonímia, lembra? Ela permite que se altere o sentido das palavras com base em relações de causalidade ou proximidade. Pode-se designar, por exemplo, a parte pelo todo; o autor pela obra; o continente pelo conteúdo...
⏤ Isso é demais para a minha cabeça!
⏤ Excelente!! “Cabeça” no lugar de “inteligência”. O concreto pelo abstrato. Acertou.
⏤ Professor, eu não tive a intenção...
⏤ Não seja humilde, Pedrinho. Você está certo.
O mestre então o aprova. E suspira, aliviado: “Menos um para engrossar as estatísticas da evasão escolar...”.