Intermináveis desejos Triste de quem guarda Sonhos para si mesmo De quem esconde a alma Para dizer que não chora De q...

Intermináveis desejos

poesia paraibana leo barbosa
 
 
 
Intermináveis desejos
Triste de quem guarda Sonhos para si mesmo De quem esconde a alma Para dizer que não chora De quem demora Para confessar amor E quando confessa Logo transforma em mágoa. Desconhece o sol Nega a primavera Devora o verão E vive o inverno. Quem anda pelas estações Sem sucumbir Aos intermináveis desejos Está a anular a angústia Que nos move. Para nossa imaginação, Somos invencíveis. Para o nosso desejo; Insolucionáveis, Como o silêncio de Narciso Sobre a própria beleza. Penso e logo insisto, Mesmo que viver incomode muito. A gente vira bicho, A sombra vem à tona E dispara sobre o mundo A nossa imundície. Esse estranho familiar Sou Eu, Nós.

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  1. O poeta mais reflexivo que lírico, mais triste que alegre, decifrando o mundo, a vida e as paixões, na sombra, como o gauche drummondiano. Parabéns, Leo. Francisco Gil Messias.

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  2. Muito obrigado pela leitura e pelo comentário, Gil. Abraço.

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  3. Concordo com a leitura feita por Gil Messias. Tão brilhante quanto o poema . Parabéns, Leo Barbosa! Denise Carvalho.

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