Intermináveis desejos
Triste de quem guarda Sonhos para si mesmo De quem esconde a alma Para dizer que não chora De quem demora Para confessar amor E quando confessa Logo transforma em mágoa. Desconhece o sol Nega a primavera Devora o verão E vive o inverno. Quem anda pelas estações Sem sucumbir Aos intermináveis desejos Está a anular a angústia Que nos move. Para nossa imaginação, Somos invencíveis. Para o nosso desejo; Insolucionáveis, Como o silêncio de Narciso Sobre a própria beleza. Penso e logo insisto, Mesmo que viver incomode muito. A gente vira bicho, A sombra vem à tona E dispara sobre o mundo A nossa imundície. Esse estranho familiar Sou Eu, Nós.
Triste de quem guarda Sonhos para si mesmo De quem esconde a alma Para dizer que não chora De quem demora Para confessar amor E quando confessa Logo transforma em mágoa. Desconhece o sol Nega a primavera Devora o verão E vive o inverno. Quem anda pelas estações Sem sucumbir Aos intermináveis desejos Está a anular a angústia Que nos move. Para nossa imaginação, Somos invencíveis. Para o nosso desejo; Insolucionáveis, Como o silêncio de Narciso Sobre a própria beleza. Penso e logo insisto, Mesmo que viver incomode muito. A gente vira bicho, A sombra vem à tona E dispara sobre o mundo A nossa imundície. Esse estranho familiar Sou Eu, Nós.