Título: | LIVRO SEM NOME |
Autor | Paulo Henrique Passos |
Este é um livro sobre a fabulação. Simples assim: um livro que fala sobre o contar. E, nisso, nos abre surpresas a cada momento. O leitor jamais terá tédio. Narrativas curtas, independentes, mas às vezes emendadas de modo sutil. Com elas, o autor nos abre sempre novas perspectivas para entender nossa existência e, ainda, o papel da literatura.
E esse contar vai desde a ausência das palavras à brotação inesgotável de histórias. Uma caixa de Pandora às avessas, que só liberta deslumbramentos. Permita-se levar por cada segmento, aceite as descobertas, não se deixe tomar pela razão. Será recompensado com momentos inesquecíveis. Não exagero em dizer que, pelo uso de constante originalidade, pela prosa flexível e colorida, cheia de ideias, Paulo Henrique Passos se apresenta como uma das melhores vozes de nossa literatura. (Luiz Antonio de Assis Brasil)
E esse contar vai desde a ausência das palavras à brotação inesgotável de histórias. Uma caixa de Pandora às avessas, que só liberta deslumbramentos. Permita-se levar por cada segmento, aceite as descobertas, não se deixe tomar pela razão. Será recompensado com momentos inesquecíveis. Não exagero em dizer que, pelo uso de constante originalidade, pela prosa flexível e colorida, cheia de ideias, Paulo Henrique Passos se apresenta como uma das melhores vozes de nossa literatura. (Luiz Antonio de Assis Brasil)
Biografia do autor
É professor e escritor. Mestre em literatura pela Universidade Federal do Ceará. Faz parte do Pintura das Palavras (@vanessapassos.voz), espaço online no Instagram, YouTube e Facebook destinado à formação de escritores de ficção. Publicou os livros de contos Sindicato dos deuses (Substânsia, 2015) e Reality (independente, 2022). Participou da Oficina de Criação Literária da PUCRS com o professor Luiz Antonio de Assis Brasil em 2022. Gosta de ler, assistir e escrever histórias fantásticas, absurdas, insólitas. Livro sem nome é seu primeiro romance.
É professor e escritor. Mestre em literatura pela Universidade Federal do Ceará. Faz parte do Pintura das Palavras (@vanessapassos.voz), espaço online no Instagram, YouTube e Facebook destinado à formação de escritores de ficção. Publicou os livros de contos Sindicato dos deuses (Substânsia, 2015) e Reality (independente, 2022). Participou da Oficina de Criação Literária da PUCRS com o professor Luiz Antonio de Assis Brasil em 2022. Gosta de ler, assistir e escrever histórias fantásticas, absurdas, insólitas. Livro sem nome é seu primeiro romance.
Comentário sobre a obra
Paulo Henrique Passos nos apresenta uma obra que, sob uma premissa simples – a fabulação – constrói uma obra de múltiplas camadas e nuances. O leitor se depara com uma estrutura fragmentada, composta por narrativas curtas e aparentemente independentes, mas que, como apontado, emendam-se perfeitamente, revelando uma arquitetura sofisticada por trás da simplicidade inicial. Esse jogo narrativo, ao invés de criar distância, aproxima, convidando o leitor a participar ativamente do processo de construção de sentido.
A obra é, de fato, uma celebração do ato de contar histórias, do poder transformador da narrativa. O que chama a atenção não é apenas a originalidade de cada segmento, mas a capacidade que o autor tem de transitar entre o silêncio e a abundância verbal, entre o que é dito e o que se insinua. Ao propor um constante recomeço em cada conto, o autor cria um fluxo narrativo que nunca cansa, mas que, ao contrário, mantém o leitor em estado de descoberta contínua.
A metáfora da "caixa de Pandora às avessas", que libera deslumbramentos ao invés de desgraças, capta com precisão o efeito da leitura. Cada conto oferece uma nova janela para o entendimento do mundo, da literatura e de nós mesmos. Ao nos afastar da razão pura, o autor nos convida a uma entrega mais sensível, intuitiva, recompensando o leitor com lampejos de beleza, ironia e profundidade.
A prosa de Paulo Henrique Passos é flexível, adaptando-se às diferentes exigências narrativas, ora concisa e direta, ora colorida e imagética. A fluidez de suas ideias e a forma com que transforma pequenas cenas em grandes reflexões revelam uma voz madura e inventiva na literatura contemporânea. A julgar por essa obra, sua posição como uma das melhores vozes de nossa literatura não é um exagero, mas uma constatação que apenas o tempo confirmará.