A Utopia é imponderável, real e possível. Quem cultiva a Fé na continuidade, em contraponto à propalada finitude humana, sabe conviver...

Dia da Saudade

A Utopia é imponderável, real e possível. Quem cultiva a Fé na continuidade, em contraponto à propalada finitude humana, sabe conviver com a Realidade Última. A serenidade amanhece constante no complexo construir-se de cada pessoa. Mesmo em tempestades, a Esperança da Claridade se mantém firme. Há abrigos no descanso que antecede a experiência mais íntima e integrada em Deus. Existe em nós, os que maturam na adesão à Palavra e aos ecos retumbantes das afirmações do Ressuscitado, uma vocação,
Muverrihhanim
um chamado afirmativo. Estes pontificam, mesmo lanhados pelos desconcertos circunstantes, como testemunhas corajosas em pregar a Vida vencedora da morte. A vida que continua deixando atrás de si andrajos e securas que, decerto, irão deteriorar-se no tempo e no espaço.

A morte não canta vitória: ”A morte foi tragada pela vitória/ Morte, onde está a tua vitória? /Morte, onde está o teu aguilhão?” (2ª. Carta de São Paulo aos Coríntios, 15, 55). A Palavra sai da sepultura, da escuridão, das trevosas alamedas e passeia liberta e libertadora em Si Mesma, pois é Caminho, Verdade e Vida. O Ressurreto toca a cítara, encanta, canta o hino de louvor e de Esperança, trazendo à luz quem dormia em seus jazigos de desespero. Todo homem e mulher padecem o sinete da finitude. Mas o ser do humano, a perenidade essencial de cada filho de Deus supera, espiritualmente, vence e extrapola os limites de todas as leis da natureza. É a Verdade incontestável, a inalcançável determinação do Criador. A imponderabilidade exige contato com o Intocável que habita nas entranhas da unidade misteriosa que integra o Humano e o faz imortal imagem e semelhança de Deus.

G. Hoffman
Todos permanecemos no tempo e na eternidade, pelo Amor, seguros e conservados em nossas individualidades, mantendo os traços da personalidade formatada ao longo dos permitidos anos.

Levem sempre-vivas aos túmulos, dia dois de novembro. Conforto na lembrança. Eles estão em Deus.

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  1. Belo texto, amigo Guerra, fundado na Fé e na Esperança de um autêntico cristão. Parabéns. Francisco Gil Messias.

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    1. Grato, amigo Gil, pela deferência . Deus o abençoe.

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