Escrever não é uma tarefa fácil. Em linhas gerais, podemos dizer que o escritor é o artista que se expressa por meio da escrita, ou seja, da arte literária, que para nós é a mais sublime das artes, criando e recriando textos, compondo ou estudando escritos históricos, técnicos e artísticos. Assim, leva-nos a enxergar, como expressão maior, o ideal de registro e beleza das obras humanas. Sem a escrita, não teríamos arquivos de nada na história da humanidade.
Todavia, não esqueçamos nem desmereçamos as demais artes, que têm importância crucial para o desenvolvimento da humanidade. Afinal, são as Artes a real expressão da Cultura. E tudo, assim, em face do fecundo potencial de riqueza, eloquência e beleza, que são manifestas por seus geniais artistas em literatura, música, escultura, pintura, dança, teatro e na oratória, que completa o conjunto das sete artes tradicionais. Estas a cada dia mais crescem, a exemplo do cinema e da fotografia.
Contudo, não fugindo do cerne da questão, o que vem a ser um escritor? Não é tarefa fácil definirmos, a não ser pelos inúmeros dicionários ou, ainda, pela dimensão de um Honoré De Balzac (que dividiu a história da literatura) ou dos gênios de William Shakespeare, Fiódor Dostoievski, Dante Alighieri e Machado de Assis (o expoente-mor da literatura brasileira). Acrescenta-se a essa grei o paraibaníssimo Augusto dos Anjos, nosso divino poeta e escritor, que nos deixou apenas um livro (Eu), mas através dele se imortalizou à vista do Brasil e do resto do mundo, que a cada dia mais se encanta com a sua poesia.
Nesse diapasão, é impossível falarmos sobre célebres e geniais escritores e poetas da humanidade, e não registrarmos a importância cabal do poeta e escritor Gibran Khalil Gibran, que teve, e ainda tem, notável e decisiva importância em nossa formação literária e humanística. Logo, não mencioná-lo seria uma enorme falta de reconhecimento do meu “Eu maior”, que transcende meu individualíssimo, bem como uma vil ingratidão com quem primeiro nos deu asas ao coração.
Por fim, resumo dizendo que enxergo o escritor como “uma águia”, quase sempre solitária, mas de grande acuidade visual, dotada de coragem e força. Essas são as suas características mais latentes, bem como não voar em bando; quando muito voam juntas duas ou três, por não ser do seu perfil ser mais uma na multidão.
Afinal, creio que elas sabem para onde vão.