Ao abrir o armário cruzei o umbral. Vi maravilhas como a liberdade, descobri meu lugar de fala, de choro, de grito, desesperacão e rai...

Ninguém pode deter meu grito

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Ao abrir o armário cruzei o umbral. Vi maravilhas como a liberdade, descobri meu lugar de fala, de choro, de grito, desesperacão e raiva, de canto, acalanto, assovio e silêncio.

Descobri que poderia ser elegante, amorosa e cuidadosa, mas também ser reativa, impulsiva e irascível...

Descobri que o mundo não pertence aos machos e machistas, às mulheres amarguradas, invejosas e complexadas, mas a todos nós: mulheres, homens, crianças, jovens, maduros, idosos, com necessidades especiais, portadores de deficiências físicas e mentais, portadores de cérebros neurotípicos ou atípicos, transexuais, heteroafetivos, homoafetivos e/ou outros.

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Taeshin T.
Que o mundo não pertence aos farsantes e impostores, aos que não respeitam os diferentes, com suas necessidades e particularidades, posto que em sua ganância, ausência de empatia e arrogância, esquecem de aproveitar as benesses desse mundo, com dores e quedas, mas também com belezas e oportunidades de soerguimento e Ascenção.

Aos que não têm olhos para ver o belo, o simples, o detalhe, as cores em suas multifacetas, para ver a contribuição do outro em qualquer edificação ou construção, quer se trate de uma choupana ou soberba mansão.

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Khongor Ganbold
Que cada contribuição é importante e necessária, cada talento enobrece o grande tear da vida, em se tratando de fios de rami, linho ou algodão, aço, prata, ou ouro. Que cada mão é necessária nesse tecido, quer seja familiar, educacional, jurídico, filosófico, corporativo e em outras áreas ou instituições!

Não pertence aos covardes de quaisquer sexos, de qualquer etnia ou nação, mas aos que amam, abraçam, cuidam e acima de tudo respeitam o espaço do outro, as lutas, a história, as marcas, as caminhadas e seus êxitos e fracassos.

Descobri que ninguém pode deter meu choro, meu grito, repúdio, desprezo, minha revolta com a injustiça, machismo, misoginia, etarismo, e todas as formas de discriminação e racismo.

Que ninguém pode me mandar calar, quando for meu momento de fala, me mandar sair, quando eu estiver no meu espaço, decidir onde devo estar!

Descobri que a vida é bela para os corajosos, autênticos e aventureiros, para os curiosos, ávidos de conhecimento, poesia e beleza.

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  1. Anônimo8/9/24 07:07

    Texto maravilhoso! Penso que a vida deve ser exatamente como você descreve; com todas essas emoções. Parabéns! DENISE CARVALHO

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  2. Anônimo8/9/24 10:05

    O mundo deve ser igualitário e aberto às diferenças! O texto me emocionou muito! DENISE CARVALHO

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