Na ausência de um momento saudável regado à saúde, família, amigos e um lar, desenhamos uma história com muitos instantes em um vazio criado para ser preenchido a partir das possibilidades mais secas. Alguns questionam: lutar para quê? Para tudo. Lutar pela vida ainda presente.
Não é o suficiente sofrer? Releve. Aproveite os dias que passam. Abrace esse dom que ganhou, essa coisa linda que deram a você. O fato de não lutar eventualmente, abandonar-se e desapegar da escolha pela busca é escolher a morte, essa que dança com o nada e simplesmente é o sinônimo de desfecho do que foi respirado e sentido em toda plenitude.
A vida é tão única quanto a morte. O poder vindo do universo para trazer uma criatura à existência se entende como um ato de exclusividade temporal nas coisas mundanas, sendo necessária muita coragem para ter o direito a esse ato envolto a mistérios e segredos, que compartilhamos por diversas existências.
Somos um pouco de cada emoção, que traça lentamente um destino desenhado por pincéis delicados. A raiva que sentimos após um evento catastrófico é uma reação comum e direcionada a você ou alguém, à sua fé, aos amigos e até a familiares. O medo que espreita nossas esquinas é do futuro e de não darmos conta do novo necessário, que deverá ser transpassado aos trancos.
Nessa jornada, encontre aquela pessoa que se comporta como a raiz de uma árvore. Essa é a mais importante, porque ela não faz coisas para serem vistas. O desejo dela é apoiar você e ajudá-lo a viver.
Esqueça as pessoas-folha, quase de papel, porque elas surgem somente por uma estação. Assim que esfriar ou bater um vento, elas se vão. As pessoas-galho são fortes e mais robustas, mas você necessita testá-las antes de pôr um peso. Elas podem ficar com você por alguns verões, mas quando as coisas apertarem elas quebram e o abandonam.
A escolha certa é o resultado que você deve gostar de estar inserido, confortável e com desejo de quero mais. Por vezes, escolher é renunciar àquilo que te alimenta agora e partir para uma sucessão de novas esquinas apresentadas pouco depois que sua resiliência entrega as novas cartas.
É importante manter o respeito às suas próprias decisões, porque elas são as bases para a manutenção de sua felicidade e paz de espírito. Não se julgue em demasia. Falar mal de seu espelho é como falar mal do adversário durante a campanha. Fica ruim para você. Por isso, não se maltrate. Aquele rosto é do seu partido.