Aí, vem a Sainte-Chapelle de Paris, angélica, magnífica envergadura, além das basílicas de San Giovanni in Laterano e d...

A relíquia não tem rival

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Aí, vem a Sainte-Chapelle de Paris, angélica, magnífica envergadura, além das basílicas de San Giovanni in Laterano e de San Paolo Fuori le Mura, que em comum têm a Lança do Destino, a Sagrada Lança e a Lança de Longino, cada qual com a celebridade de ter sido aquela com que – sem piedade – o centurião vazou o peito divino.
Vêm a catedral de Nápoles e as igrejas de Saint-Denis, San Felice de Siracusa, Saint-Germain de Tolouse – todas de grande beleza - e a dos Apostoli, de Veneza, com pregos que prenderam à cruz as mãos e os pés de Jesus.
O sagrado cálice, tríplice, vem no Louvre e na exótica Rosslyn Chapel e na fantástica cenografia de Santa Sofia, cada qual o Graal da demanda épica de Parsifal. O títulus crucis vem – com seus três idiomas - na igreja de Santa Croce in Gerusalemne, de Roma, e a esponja, cruel, com vinagre e fel, não difere: vem na Santa Maria di Trastevere e no palaciano templo de San Giovanni in Laterano; entre os arcos de San Marco; e no – cáspite, com´è bello - San Silvestro-in-capite; na Sainte-Chapelle, flor-de-lis de Paris; e na Santa Maria Maggiore, cada qual com a prova cabal de que a relíquia não tem rival, pra que o povo, ante ela, se ajoelhe e adore.
(*) Trecho do poema longo Marco do Mundo, ed. Ideia.

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