O motor ainda não havia esfriado. Pudera, depois de uma considerável quantidade de quilômetros de percurso, o anjo de duas rodas apenas descansava, imaginando recuperar-se para outra viagem adiante.
Ao lado, com olhar distante e um tímido sorriso que iluminava seu rosto, a jovem contemplava a obra de arte da indústria de motores. De frente ao dragão de aço, ela encarou o olhar do farol que parecia piscar-lhe, agradecendo pela jornada tranquila daquele dia.
DG_Art
Uma pequena e teimosa lágrima – de saudosismo, carinho e boas lembranças – até correu por seu rosto queimado de sol. E ela levantou a fronte e fitou a abóbada azul e balbuciou: – Obrigado, meu velho!
Era hora de se hospedar no hotelzinho de passagem, tomar um banho e comer alguma iguaria para o preparo do seguimento da viagem.
Acervo do autor
Mas ela, a dama do asfalto e sua cor de ouro velho sabiam: o melhor de viajar é o momento de voltar!